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BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

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O JESUS DA BÍBLIA

S. Mestre, 26.09.09

Você realmente sabe o que Bíblia ensina acerca do Senhor Jesus Cristo? Está realmente informado sobre a verdadeira natureza do Filho de Deus? Ao longo dos anos tem havido muito debate acerca disto e muitos livros controversos têm sido escritos apresentando um leque de pontos de vista diferentes. Algumas pessoas afirmam que Jesus nunca existiu, ou que as histórias relacionadas com ele são mais mito que realidade. Neste artigo Mervyn Aucott examina o que a Bíblia diz acerca da natureza e pessoa de Jesus Cristo.

 

Isto Realmente é Importante

 

A fé Cristã está centrada na vida, obra, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus. A Bíblia diz categoricamente que é vital para nós perceber a verdadeira natureza de Jesus se queremos ter a vida eterna. Por isso , isto é claramente de grande importância.

 

O que importa mais que tudo é que devemos estar informados pelo que lemos na Palavra de Deus, e não o que lemos em outras publicações não importando o quão bem intencionadas possam ser. Isso inclui esta publicação, claro, que serve uma útil função somente se a sua mensagem for corretamente baseada no que a Bíblia ensina.

 

No Centro

 

As Escrituras enfatizam vez após vez quão importante Jesus é no plano e propósito de Deus. Sem o conhecermos e sem entendermos o que isso significa para nós estaríamos sem esperança e desamparados. Como ponto de partida vejamos as palavras do próprio Jesus:

 

"Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:1-3).

 Eis aqui alguns pontos para meditar:

 

-> Jesus chamou Deus de seu Pai

-> Referiu-se a si mesmo como Filho de Deus

-> Tem o poder e autoridade de conceder a vida eterna

-> É importante que aqueles que creêm conheçam o verdadeiro Jesus

-> Deus enviou Jesus com um propósito especial

 

Vejamos agora uma curta história de Jesus, e examinemos a sua verdadeira natureza e humanidade.

 

O Lugar de Cristo no Plano de Deus

 

O nascimento virginal de Jesus, como registado no evangelho de Lucas, é bem conhecido, mas eis aqui alguns dos versículos relevantes para você considerar:

 

"Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus" (Lucas 1:31-35).

 

Maria concebeu quando ainda era virgem através da influência do Espírito Santo - O folego ou poder de Deus - agiu sobre ela. Assim José,  a quem tinha sido prometida em casamento, não era o verdadeiro pai de Jesus, e sem a interação do Espírito Santo, Jesus - o Filho de Deus - não teria nascido nem vindo à existência. Lemos em João 3:16 que Jesus foi "gerado(uni+génito= "único gerado")" por Deus, e isto em contraste marcado com Génesis 2:7 onde é nos dito que Adão foi "criado" ou "formado" do pó da terra. Esta diferença de terminologia ajuda-nos a entender a proximidade que Jesus tinha com Deus e a relação especial que existia entre Pai e Filho.

 

O Salvador Há Muito Tempo Prometido

 

Cristo estava no plano e propósito de Deus desde o princípio. Podemos dizer isso porque a sua vinda e obra que ele faria tinha sido prometida fazia muito tempo. Mesmo no Jardim do Éden houve indicações que num dia especial uma criança nasceria e seria a "semente da mulher", mas não gerada por por um pai humano (Génesis 3:15). Deus providenciaria Ele próprio um Salvador (Génesis 22:8-14), o que permitiu que os fiéis desses tempos olhassem para o futuro com antecipando a vinda dessa criança (Isaías 7:14; 9:6-7).

 

Foi prometido que um Filho nasceria de uma virgem e que estava destinado a ser notável porque seria o próprio Filho de Deus. E assim foi, Jesus veio à existência física através do seu nascimento por Maria e cumprindo assim a promessas de longa data feitas aos Patriarcas Judeus. Era agora que o plano de Deus estava a ser maravilhosamente realizado, como o Novo Testamento reconhece completamente quando reflete os grandes eventos que se seguiram ao seu nascimento:

 

Considere o seguinte:

 

-> Jesus era a peça central do evangelho. Ele foi "prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras" (Romanos 1:1-4).

-> Porque ele ia morrer, a sua posição era inferior à dos anjos na sua vida mortal. (Hebreus 2:7) - sendo os anjos imortais - pois Jesus tinha que ser sujeito a todas as tentações que nos assediam (Hebreus 2:14; 4:15).

-> Devido à sua perfeita obediência, Jesus mais tarde foi exaltado a uma grande honra porque era Filho de Deus e perfeita obediência aos mandamentos do seu Pai (Filipenses 2:5-11).

 

Resumindo, Jesus foi:

 

-> Prometido no Antigo Testamento - o seu nascimento foi uma parte crucial do propósito de Deus

-> Gerado como uma pessoa física através do nascimento virginal, e assim tornou-se descendente do Rei David - Deus sendo o seu Pai

-> Devido à sua vida perfeita em obediência, Jesus foi ressuscitado dos mortos pelo poder de Deus e exaltado para a glória e honra no céu.

 

Não é de admirar que nos seja dito:

 

"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4:12).

Mervyn Aucott

Tradução: S. Mestre

(Article: The Jesus of the Bible, Glad Tidings 1454, pag. 18,19)

DEVEMOS PAGAR O DÍZIMO?

S. Mestre, 25.09.09

Existem algumas igrejas que insistem que os seus membros entreguem dez por cento dos seus rendimentos para os cofres da igreja. Os Mormons e os Adventistas do Sétimo Dia ambos adotam esta regra e, como consequência, as suas organizações tornaram-se muito ricas. Afirmam que pagar o dízimo está fundado no ensino das Escrituras. Talvez você tenha-se perguntado se deve pagar o dízimo também. Neste artigo, David Pearce examina o ato de dizimar na Bíblia, para ver se era uma caraterística da igreja d primeiro século.

 

Precedentes em Génesis

 

Embora associamos o dizimar com a Lei de Moisés, as primeiras duas menções  ao dízimo na Bíblia encontram-se na realidade no livro de Génesis. Primeiro foi quando Abraão voltou vitorioso de uma batalha, tendo resgatado o seu sobrinho Ló dos exércitos dos reis do Oriente. Ele veio ao sacerdote do Senhor em Jerusalém, e deu-lhe o dízimo dos despojos da vitória.

 

"Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Génesis 14:18-20).

Se bem que não diz aqui em Génesis que dizimar era dez porcento(a palavra original em Hebraico não incluí o sentido de 10%), o escritor aos Hebreus confirma quanto ele recebeu (Hebreus 7:2 (no original Grego: "Deu a décima parte"). É razoável especular que Abrão tenha feito um voto a Deus antes de ir para a batalha, prometendo devolver-Lhe a décima parte se ele tivesse êxito. 

 

O Voto de Jacó

 

A segunda ocasião foi quando Jacó deixou fugiu de casa por causa da ira do seu irmão Isaú. Receoso dos perigos e incertezas que viria a enfrentar, prometeu a Deus em Betel que se Ele cuida-se dele e o trouxesse de volta a casa em paz, ele daria a Deus um décimo das suas possessões.

 

"Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo" (Génesis 28:20-22).

A Lei de Moisés

 

É digno de nota que estes exemplos de pagar o dízimo são casos 'isolados', de agradecer Deus pela Sua ajuda. A próxima vez em que lemos sobre o dízimo, no entanto, a situação é diferente. Desta vez a oferenda do dízimo faz parte da Lei de Moisés. É compulsório, e deve ser repetido de anualmente. Levítico 27:30-32 diz que um décimo de todas as colheitas e animais em Israel deveriam ser dados a Deus, e Números 18:24 sugere que dar a Deus significava dar aos Levitas, Seus servos.

 

No entanto, existe uma complicação.

 

Deuteronómio 14:23 diz que os dízimos eram para ser levados ao lugar santo que Deus escolheria, identificado anos mais tarde como Jerusalém. Contudo, diz que os dízimos deveriam ser comidos lá pelo Israelita e a sua família. Presumivelmente só comeriam uma parte simbólica de entre os dízimos, porque haviam muitos carros cheios de produtos de uma herdade de tamanho médio.

 

Parece provável que a maior parte seria dada aos Levitas para serem guardadas no santuário - temos um exemplo disto no tempo de Ezequias, em 2 Crónicas 31:6,7, e também na promessa de Deus de bênçãos em Malaquias 3:10. Em Deuteronómio 14:28 descobrimos que a cada terceiro ano, em vez de levar os dízimos a Jerusalém, as pessoas entregavam-nos aos Levitas e aos pobres nas suas cidades, espalhadas pelo país.

 

No geral, está claro que a décima parte dada pelas outras onze tribos era a fonte principal de receitas dos Levitas, deixando-os livres para ensinarem a Lei e fazê-la cumprir sem se preocuparem com dinheiro. Se o povo falha-se com as suas obrigações, os Levitas seriam obrigados a voltar ao cultivo das terras, e a Lei cairia em desuso. Isto é o que realmente aconteceu no tempo de Neemias - veja Neemias 13:10-12.

 

Até agora mostramos que o dízimo podia ser uma oferenda como agradecimento pelos benefícios recebidos, ou um imposto nacional regular e compulsório pago aos Levitas.

 

A Igreja do Primeiro Século

 

O que acontece quando vamos para o Novo Testamento? Quando os Gentios eram batizados e tornavam-se Cristãos, tinham que pagar o dízimo dos seus rendimentos anuais a Deus? No início da pregação do evangelho haviam debates ferozes entre os Cristãos Judeus de Jerusalém e o Apóstolo Paulo e Barnabé sobre se os Gentios precisavam de guardar a Lei de Moisés. A questão foi resolvida numa importante Conferência  em Jerusalém, descrita em Atos capítulo 15. Depois de muita discussão, foi concordado enviar uma carta aos Cristãos Gentios na qual era lhes dito que não precisavam ser carregados com o fardo da Lei. Lá diz o seguinte:

 

"Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde" (Atos 15:28,29).

Mais tarde o Apóstolo escreveu uma carta aos Romanos e aos Hebreus, explicando que a Lei era temporária, e que o seu objetivo era ensinar as pessoas sobre a vinda de Cristo como sacrifício perfeito. Guardar a Lei, disse ele, não salvaria ninguém, só a fé em Jesus, aquele que Deus enviara. Eis aqui uma afirmação clara que ele fez numa das suas cartas:

 

"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo" (Colossenses 2:16,17).

A Lei e o sacerdócio levítico ficaram redundantes, disse o Apóstolo, e o estado Judaico com todas as suas instituições estava prestes a desaparecer.

 

Cristianismo Corrupto

 

Infelizmente, as palavras de Paulo foram rapidamente esquecidas. Depois da morte dos Apóstolos, os homens trouxeram de volta ao Cristianismo todas as coisas que ele mencionou na lista - dietas especiais, dias santos e guardar o Sábado. E não pararam aí. Reintroduziram da Lei de Moisés, altares, incenso, e sacerdotes em roupas especiais - e, claro, o dízimo, porque o dízimo era uma maneira útil de aumentar os rendimentos da Igreja.

 

Na aldeia onde eu costumava viver existe uma herdade chamada "Tithe Barn Close("Cercado Celeiro do Dízimo"), porque nesse lugar existiu no passado um celeiro enorme. Durante centenas de anos os agricultores do nosso distrito eram obrigados a entregar uma décima das suas colheitas aos majestosos abades da Igreja de Roma. Estas práticas eram impostas por uma igreja apóstata, muito depois do primeiro século.

 

Contribuições na Igreja Primitiva

 

Até agora, vimos que a igreja primitiva não fez nenhuma provisão para doações regulares a Deus. O que dizem os Apóstolos, então, acerca de dar dinheiro para a obra do Senhor? Está claro que o próprio Paulo beneficiou de contribuições enviadas pelos seus irmãos e irmãs na fé. Na sua carta aos Filipenses ele diz que a igreja de lá em duas ocasiões o ajudou desta maneira - veja capítulo 4:15, 16).

 

Em 1 Coríntios Paulo também encoraja os irmãos e irmãs Cristãos na Grécia em fazerem uma coleta especial para os irmãos e irmãs pobres em Jerusalém. Ele sugere que coloquem o dinheiro de parte para este propósito todos os Domingos. Quando ele os visitar, pegará no dinheiro e o levará para Jerusalém.

 

"No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes" (1 Coríntios 16:2,3).

Note que ele não disse para que cada um desse uma décima dos seus rendimentos. Mas que cada um desse "conforme a sua prosperidade". A decisão era deles, em relação a quanto dariam. Na sua segunda carta ele volta aos mesmo tema, avisando os Coríntios que ele estava a caminho para ir buscar o dinheiro. Outra vez, ele enfatiza que a quantia que eles escolhiam dar era decisão deles, mas ele prometeu que Deus recompensaria aqueles que fossem generosos.

 

"E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria" (2 Coríntios 9:6,7).

Conclusão

 

Fica claro O Novo Testamento não requer que um discípulo dê regularmente uma décima dos seus rendimentos. Espera-se que ele dê conforme surgem situações onde ele vê a necessidade, tão generosamente como possa dar. Ao aparecer situações que necessitam do nosso dinheiro, ponhamos as mãos nos bolsos. Se somos ricos, talvez demos mais que um décimo, e muitos estão gratos pela generosidade voluntária daqueles que Deus abençoou com riqueza. Mas por outro lado, ninguém deve se sentir pressionado a dar mais do que aquilo que pode dar.

 

David M Pearce

Tradução: S. Mestre

(Article: Should We Pay Thithes?, Glad Tidings 1477, pag. 10-12)

LIÇÕES SOBRE O PECADO

S. Mestre, 25.09.09

A Queda do Homem é descrita em Génesis Capitulo Três e tem consequências de longo alcance. Na Sua sabedoria, Deus explicou o que aconteceu para que possamos aprender lições importantes acerca da nossa natureza, nosso mundo, e princípios base sobre os quais Ele agrada-se em nos perdoar e aceita-nos como Seus filhos e filhas, Dudley Fifield agora nos explicará isso.

 

Em conversa com Eva, a serpente disse: "Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (Génesis 3:4,5).

 

Por outras palavras a serpente plantou na mente de Eva o pensamento que Deus era mentiroso. De fato disse: "É uma ameaça vã; de fato se vocês comerem da árvore, vocês se tornarão deuses(Heb. "Elohim"), conhecendo o bem e o mal". Vocês serão como os anjos. Agora, como já apontámos, Adão e Eva estavam rodeados pelas provas do amor e fidelidade de Deus. Só poderiam testar a veracidade das palavras de Deus de uma maneira, que era comer da árvore. Eles realmente comeram e à sua própria custa verificaram que a palavra de Deus era verdadeira.

 

Ao acreditarem e terem agido segundo a mentira da serpente, Adão e Eva caluniaram e acusaram falsamente Deus e isto mostra-nos a verdadeira natureza do pecado. Fundamentalmente é não crer na palavra de Deus. Este também é o caso da nossa própria vivência, embora não possamos estar conscientes do fato quando pecamos. Na Sua Palavra, Deus diz, "Este é o caminho, andai por ele" (Isaías 30:21). Se acreditarmos nisso sabemos que, porque Deus é o fiel Criador, Ele sempre nos dirigirá no caminho da satisfação e felicidade.

 

"Seja Deus Verdadeiro!"

 

Muitas vezes, seguimos o nosso próprio caminho, e não o de Deus. Não acreditamos na Sua Palavra; em vez disso procuramos satisfação e contentamento ao cumprir os nossos próprios desejos e ambições. Na realidade, também estamos chamando Deus de mentiroso. Dois importantes fatos surgem aqui:

 

1 -> Se o pecado é "caluniar e falsamente acusar Deus" é de grande significado que a palavra Grega "diabolos" (muitas vezes transcrita "diabo" no Novo Testamento) signifique isso mesmo (veja 1 Timóteo 3:7; 2 Timóteo 3:3; Tito 2:3). Poderíamos ter uma indicação mais forte de que o termo "diabo" descreve o pecado humano?

 

Podemos ilustrar o assunto na forma de uma simples equação, por ligarmos duas passagens das Escrituras que dizem a mesma coisa mas de maneiras diferentes:

 

"Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele(Cristo), igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo" (Hebreus 2:14).

"Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte" (Tiago 1:14,15. Veja também Romanos 5:12; 6:23).

Se você tem algum jeito para resolver equações matemáticas será capaz de chegar à conclusão que é "o diabo" que tem o poder da morte na primeira equação e que é "o pecado" que gera a morte na segunda. Daí podemos ver que a expressão "o diabo" é uma maneira da Bíblia descrever o pecado, em todas as suas manifestações. Esta é a conclusão que chegámos quando considerámos o primeiro pecado em Génesis Capítulo 3.

 

2 -> Porque o pecado é uma rejeição da Sua palavra, Deus magnificou-a acima de tudo (Salmo 138:2). O maior elogio que podemos dar a Deus é crer na Sua Palavra. Esta crença (fé) na Sua Palavra, torna-se um do princípios básicos da obra de salvação de Deus. É por isso que nos é dito no Novo Testamento: "sem fé é impossível agradar a Deus" (Hebreus 11:6).

Considerados Justos

 

Numa noite estrelada Deus convidou Abrão a olhar para o céu:


 

"Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça" (Génesis 15:6).

Abrão era um pecador, no entanto porque ele creu na Palavra de Deus, isso foi contado como justiça. Deus perdoou-lhe os pecados e aceitou-o como justo. A passagem é citada pelo menos três vezes no Novo Testamento. Uma dessas sublinha para nós a importância deste princípio:

 

"E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera. Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça.  E não somente por causa dele está escrito que lhe foi levado em conta, mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação" (Romanos 4:19-25)

Justificar significa "declarar justo". Deus também nos justificará, como Ele fez a Abraão (como Abrão foi chamado mais tarde), se pusermos a nossa fé na Sua obra de Salvação em Jesus Cristo.

 

Uma Coberta dada por Deus

 

3 -> Outra lição que pode ser aprendida acerca do pecado surge da reação de Adão e Eva depois de terem comido o fruto proíbido. O registo inspirado diz que:

 

"Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si" (Génesis 3:7).

 

Tornaram-se consciêntes da sua nudez e porque sentiam um vergonha e culpa, cobriram-se. Note que desde dessa altura a nudez tornou-se um símbolo do pecado, vergonha e culpa (veja Apocalipse 3:17, 18).

 

Foi uma reação natural. Isto é como homens e mulheres têm reagido desde então; tentam esconder a sua vergonha e culpa; fazem uma coberta - uma mera fachada que esconde o que eles realmente são. Mas, perante Deus, tais cobertas não valem nada, como Adão e Eva rapidamente descobriram. Já que quando ouviram a voz do SENHOR Deus no jardim, esconderam-se. A resposta de Adão à pergunta "Onde estás?" foi: "Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi" (Génesis 3:9,10).

 

De fato eles não estavam fisicamente nus quando ele disse isso: eles tinham-se coberto com a folhas de figueira. Mas esta coberta que eles tinham preparado para si mesmos não tinha qualquer efeito sobre a sua nudez espiritual: ainda sentiam a vergonha e culpa. Só Deus poderia retirar isso.

 

Note o processo pelo qual Deus fez isso: Primeiro Adão e depois Eva fizeram um confissão franca e aberta sobre o que tinham feito (versículos 12 & 13). Alguns leitores pensam que eles só estavam tentando passar a culpa, mas certamente este não é cerne da questão. Existe outro princípio básico que está enfatizado. Ele livremente reconheceram a sua culpa perante Deus; e isto é como sempre deve ser para os que desejam o perdão de Deus. O Salmista certa vez disse:

 

"Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo. Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado (Salmo 32:1-5)

Enquanto tentamos esconder o nosso pecado de Deus, a vergonha e culpa permanecem. Mas, marvilhosamente, quando confessamos o nosso pecado, Deus esconde-o e remove toda a vergonha e culpa. Assim foi para Adão e Eva e pode ser para nós também:

 

"Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu" (Génesis 3:21).

Dudley Fifield

Tradução: S. Mestre

(Article: Lessons about Sin, Glad Tidings 1489, pag. 8-10)

 

EXISTE UM DEUS DO MAL? - Parte 2

S. Mestre, 23.09.09

Na primeira parte deste artigo David Caudery mostrou que o Deus Todo-Poderoso é supremo e único. Não existe ninguém que O possa rivalizar ou desafiar e não existe um diabo sobrenatural. Em vez disso somos tentados quando somos atraídos pelos nossos desejos e pecamos quando nos deixamos vencer por eles. Mas essa conclusão leva a uma questão importante.

 

Diabo e Satanás

 

Isto leva-nos a considerar como são usadas as palavras "diabo" e "Satanás" na Bíblia. O que significam realmente estas palavras? Entender o que a Bíblia quer dizer com estas palavras pode se tornar mais difícil em algumas traduções da Bíblia. Versões em idiomas como Tamil e Telegu usam uma palavra que, na língua local, significa Deus do mal ou espírito mau. No entanto, quando a Bíblia foi originalmente escrita, as palavras diabo e Satanás não tinham esse sentido.

 

A palavra diabo não aparece nem uma única vez no Antigo Testamento - e a palavra Satanás, que não significa necessariamente a mesma coisa, é a tradução da palavra sathan, que tem o significado primário de "adversário". Quando a Bíblia foi traduzida para o Português faz 250 anos, a crença num poder do mal sobrenatural estava generalizada, e os tradutores identificaram em sathan, uma palavra que eles pensaram podia se referir a tal poder.

 

Adversários Satanás

 

-> Antigo Testamento

 

Sete vezes no Antigo Testamento a palavra sathan foi traduzida para o Português como adversário, uma vez como inimigo e outra vez como acusador e não Satanás nessas 9 vezes, porque era óbvio desde o contexto que esse era o seu significado. Para ilustrar isto, vejamos alguns exemplos;

 

David estava fugindo do invejoso Rei Saul para salvar a sua vida, a sua situação era tão desesperada que ele tomou refugiu entre os Filisteus em Gate mesmo tendo anteriormente matado o heroi deles, Golias. Naturalmente, alguns dos Filisteus não confiavam nele, e quando rebentou a guerra com os Israelitas eles queixaram-se ao chefe dos Filisteus dizendo que não seria sábio que ele fosse com eles para lutar pois poderia mostrar-se ser um traidor. Eles disseram: "Porém os príncipes dos filisteus muito se indignaram contra ele; e lhe disseram: Faze voltar este homem, para que torne ao lugar que lhe designaste e não desça conosco à batalha, para que não se faça nosso adversário no combate" (1 Samuel 29:4). A palavra traduzida "adversário" é a palavra Hebraica sathan.

 

A primeira referência a sathan no Antigo Testamento refere-se a esse tempo quando um anjo de Deus foi um adversário para Balaão, o falso profeta. I anjo foi enviado por Deus para evitar que Balaão passasse e só a mula de Balaão o viu, pois o profeta estava cego para tudo o que ele não queria ver.

 

Os que acreditam que Satanás é um deus do mal podem ficar perplexos pela referência a Satanás no primeiro capítulo de Jó. O sathan em questão vem até à presença de Deus e fala com Ele, e Deus concorda em permitir que Satanás (ou adversário) teste Jó para ver como é a sua fé. Através de todo o livro, Jó sabe, no entanto, que a ação é de Deus, que está controlando o teste, não uma força maligna. E o livro termina com a confirmação:

 

"Então, vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; (Jó 42:11).


-> Novo Testamento


No Novo Testamento lemos como Pedro, discípulo do Senhor Jesus, tentando persuadir o seu Mestre para que não fosse para Jerusalém depois que Jesus lhe ter dito que iria, e que seria preso e que o matariam lá. Jesus viu Pedro nesse momento como um adversário - alguém que estava tentado evitar que a vontade de Deus fosse feita, por isso ele chamou-o de "Satanás" e depois definiu a fonte da má influência:

 

"Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. (Mateus 16:23).

 

Pedro tinha sido motivado pelo pensamento humano e isso levou-o a errar. Ninguém colocou isso na cabeça dele: a sua própria natureza humana instigou-o para que encoraja-se Jesus a evitar a cruz, se pudesse.

 

Os Diabos no Novo Testamento

 

É somente no Novo Testamento que encontramos a palavra diabo, e esta palavra é geralmente uma transliteração da palavra Grega diabolos.  É geralmente traduzida "diabo", mas nem sempre. Paulo usou a palavra nas suas cartas para Timóteo e Tito, onde é traduzida "maldizentes", "caluniadores" e "caluniadoras" (veja 1 Timóteo 3:11; 2 Timóteo 3:3; Tito 2:3). Num dos casos as mulheres idosas são admoestadas para não serem maldizentes, noutro caso as mulheres dos diáconos são admoestadas para não serem caluniadoras. Existem muitas outras passagens onde aparece a palavra diabolos e onde teria mais sentido se tivesse sido traduzida para uma destas palavras.

Numa passagem o discípulo que traiu Jesus - Judas Escariotes - é descrito por ele como um diabo, quando Jesus diz: "Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo." (João 6:70). É evidente que a mente de Judas estava baseada no seu pensamento; talvez ele pensasse que podia fazer dinheiro com os Fariseus e esperava que Jesus milagrosamente escapasse deles.

 

 

E Acerca dos Demónios?

 

As traduções mais antigas da Bíblia traduzem outra palavra Grega como "diabo" ou "diabos". As traduções modernas traduzem esta palavra Hebraica como demónios. Não tem relação com a palavra diabolos. Através do Antigo Testamento não há indicação de nenhuma crença em demónios. Mas, no tempo de Cristo, muita gente comçou a imaginar que lunáticos ou loucos tinham algum tipo de possessão sobrenatural sobre as suas mentes que causara a sua loucura.

 

Quando vamos à literatura Grega encontramos referências abundantes à sua crença em demónios, eles usavam a palavra daimonia, e acreditavam que estes eram espíritos dos humanos que tinham morrido. Mas a Bíblia ensina que a morte é um sono até à ressurreição; não existe consciência depois da morte até que ocorra a ressurreição. No entanto, os Gregos imaginavam que estes daimonia existiam, até ao ponto de crer que eles podiam possuir até ídolos que eram adorados.

 

Assim a imaginação humana pôs-se em ação, tanto que pessoas que evidentemente tinham algum problema mental, como por exemplo um ataque de epilético, era pensado que estavam possuídas por demónios. Infelizmente, esta crença ainda existe em alguma igrejas hoje, como demonstrado pelas tentativas de exorcisar um suposto espírito mau.

 

Nos dias de Jesus, tal era a oposição a ele, originada na inveja, que até o acusaram de ter demónio. Havia uma grande disputa entre as pessoas sobre isto, e alguns disseram "Este modo de falar não é de endemoninhado; pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?" Você pode ler isso em João Capítulo 10, versículo 20 e seguintes.

 

Uma vez, quando eles trouxeram um homem a Jesus que tinha nascido cego e mudo, eles até disseram que ele estava possuído por um demónio: "Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver" (Mateus 12:22). O homem era cego e mudo, mas porque ele do exterior parecia normal, as pessoas concluiram que ele deveria estar possuído por alguém ou por alguma coisa.

 

Jesus Destruiu o Diabo

 

Existe uma passagem intrigante na Carta aos Hebreus que merece ser estudada com cuidado. Ela diz-nos que o que é o diabo e o que Jesus fez para destruir o poder dele. Aqui está ela:

 

"Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo" (Hebreus 2:14).

 

Note o que diz aí: Jesus destruiu aquele que tem o poder da morte. Se você perguntar porque morrem as pessoas, a resposta terá ser que eles são mortais e isso é assim porcausa do pecado. Então aqui (assim como noutras partes da Bíblia) a palavra "diabo" está a ser usada como um sinónimo(uma palavra similar) para pecado. Como Paulo diz em outro lugar: "O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor"(Romanos 6:23).

 

Colocando isto em palavras simples, está a nos ser dito que todo o ser humano é pecador e por isso todos merecemos morrer. Jesus veio para destruir o pecado, ou seja, tornar o pecado incapaz de nos destruir. Jesus fez isso ao morrer como oferta pelo pecado - pelos nossos pecados - mas ao fazer isso ele retirou o poder do pecado - nosso adversário - de nos destruir.

 

Todos os que vêm a Jesus, sabendo que são pecadores, dedicando as suas vidas em serviço a ele, começam por ser batizados. Eles se apercebem que aquele que tinha o poder de os destruir eternamente, não mais tem esse poder. Através de Jesus têm a promessa da vida eterna. Então, eis aqui uma questão para ser considerada por você:

 

"Você segue Jesus sabendo o que ele realmente ensinou? Você entende a sua mensagem e procura a sua ajuda para livrar-se do diabo real?"

 

David Caudery

Tradução: S. Mestre

(Article: Is There a God of Evil, Glad Tidings 1484, pag. 16-18)

EXISTE UM DEUS DO MAL? - Parte 1

S. Mestre, 23.09.09

Em muitas religiões e crenças existe um conceito de um Deus ou Deuses do mal, sobre os quais é dito causarem, de alguma forma, tragédias, doenças e outras coisas mais. Neste artigo David Caudery examina o ensinamento da Bíblia  para ver se isto é algo em que devemos acreditar, ou não. Ele pede-nos que sejamos persuadidos pelo o que a Bíblia ensina, não pelas nossas ideias preconcebidas e superstições.

 

Mal-Entendidos

 

É a nossa convicção que a Cristandade foi influenciada pelas ideias de outras religiões e crenças e onde correm as palavras "diabo" e "Satanás", elas são mal entendidas.

 

Isto surge da generalizada impressão nas mentes de muita gente que um poder supremo é a causa de todo o mal. Mas existe um problema com esta crença.

 

Se você acredita na onipotência de Deus - que Ele é todo-poderoso - como a Bíblia claramente ensina, ver o mal como algo que é causado por outra divindade - um Deus do Mal - é, de fato, dizer que este Deus mau é mais poderoso e tem mais sucesso que o Deus que trás o bem. Esta é uma das muitas razões pelas quais rejeitamos o entendimento popular de que as palavras "diabo" e "Satanás" na Bíblia se referem a um Deus mau. Em séculos passados o ponto de vista era que Satanás era o diabo chefe e que a sua murada era nos fogos subterrâneos: pode-se ver ilustrações que mostram isto nos vitrais de igrejas bem antigas. A Bíblia não tem nada que ver com isso.

 

Um Criador Grandioso

 

Pense acerca de Deus por um momento. Todos os Cristãos acreditam que Deus é o grandioso Criador, o ser Todo-Poderoso que esta presente em todo o lado através do seu Espírito. O rei David, no Antigo Testamento, acreditava nisto também; veja só o que ele escreveu no Salmo 139:

 

"SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão.Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?" (139:1-7).

 

Não havia nenhum lugar para onde quer que David fosse que pudesse fugir de Deus, o mesmo que o profeta Jonas anos mais tarde aprendeu da maneira mais difícil quando tentou fugir de Deus. Para onde quer que fosse, Deus estava com ele; tal é o poder de Deus. Ele está presente em todo o lado. No entanto, se você acredita que o diabo da imaginação popular é a causa do mal, tem que acreditar que este ser sobrenatural do mal tem o mesmo poder, e tantos anjos como Deus! Também tem que acreditar que estes anjos diabólicos são capazes de ler os pensamentos dos homens e colocar tentações no caminho deles e nos seus pensamentos. Isto simplesmente não é verdade. 

 

Não, então como é?

 

Quando quer que seja que eu refira isto invariavelmente é-me perguntado: "Se o diabo não é a causa de fazer-nos pecar, porque pecamos?" Qual é a causa do mal no mundo? A resposta a isto é algo que muita gente se esforça por ignorar, porque ficam incomodados, mas aqui está, como a Bíblia explica isso: o coração é a causa do pecado humano. A Bíblia declara isto bem claro; eis aqui um único exemplo:

 

"Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte" (Tiago 1:13-15).

 

Assim, você está contradizendo a Bíblia quando diz que os seus maus pensamentos e ações são induzidos pelo diabo. Você é o culpado, e eu também. Todos temos o mesmo problema, uma vez que reconheçamos que somos responsáveis pelo pecado. Não mais podemos culpar alguém ou alguma coisa. O problema é nosso, e temos que encará-lo.

 

Mais apoio

 

O Apóstolo Paulo apoia o que Tiago escreveu, por exemplo, na sua carta aos Romanos. No primeiro capítulo ele escreveu sobre como o homem se afastou de Deus e adorou imagens de homens, aves, animais e répteis, e infelizmente as pessoas ainda fazem isso no nossos dias, em alguns países. Através dos séculos fizeram isso. No Capítulo Um de Romanos, Paulo diz o que Deus fez sobre isso - Ele permitiu que eles seguissem os seus caminhos pecaminosos, por certo tempo. Ou, como o Apostolo disse:

 

"Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes" (Romanos 1:24-28).

 

Abandonados!

 

Paulo diz-nos que Deus entregou-os à imundícia, concupiscências de seu próprio coração, a paixões e desejos que eles tinha, e a uma disposição mental reprovável. Ela não diz que Deus entregou a humanidade ao controle do diabo. O que a Bíblia diz, vez após vez, é que quando o homem se afasta de Deus a sua mente torna-se cada vez mais maligna. Torna-se focada em ambições humanas e desejos e Deus, e os princípios piedosos, são deixados na totalidade fora do pensamento.

 

Não há necessidade de acreditar que existe um diabo que faz ele fazer isso; esse tipo de comportamento é o resultado natural de tentar viver sem Deus na vida. Claro, aqueles que tentam viver crendo em Deus, também têm tempos quando falham. Mas quanto mais acreditam em Deus e mais próximos d'Ele estão em pensamento, então as suas falhas serão cada vez menos.

 

Então, o que significam realmente as palavras "diabo" e "Satanás"? Isso é algo que veremos na última parte deste artigo.

 

David Caudery

Tradução: S. Mestre

(Article: Is There A God of Evil?, Glad Tidings 1482, pag. 13-15)

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O RETORNO DE CRISTO?

S. Mestre, 23.09.09

 

As pessoas sempre acreditaram que quando o céu está avermelhado ao por do sol, o dia seguinte será de bom tempo. Como diz um ditado "Rosado sol posto; Cariz bem disposto."

 

Mas nem sempre é verdade, quer o ditado rime ou não. No tempo do Senhor Jesus existiam ditados similares que eram tidos como verdade, e naqueles tempos o tempo tinha grande importância, especialmente se você fosse agricultor. No entanto note como Jesus repreendeu essas pessoas que se atarefavam por uma coisa, mas que descuidavam do que realmente importava:

 

"Ele, porém, lhes respondeu: Chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado; e, pela manhã: Hoje, haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (Mateus 16:2, 3).

 

Sinais dos Tempos

 

Durante séculos a Bíblia deles - por nós conhecida como o Antigo Testamento - tinha predito o maior dos sinais, um profeta que anunciaria a vinda do Messias. Então isso aconteceu, pois João Batista veio com intrepidez proclamando a vinda do Senhor Jesus Cristo. Ele convocou toda a nação: para que se arrependessem e aceitassem o Messias. Multidões aceitaram o chamamento de João e felizes entraram nas águas do batismo, reconhecendo assim a necessidade de uma mudança nas suas vidas.

 

Homens grandiosos, são muitas vezes invejados e João, falou com toda a franqueza até ao fim, terminou a sua vida sob a espada do executor. Imediatamente depois deste acontecimento, o Senhor Jesus continuou o mesmo chamamento. Agora era Jesus que ordenava às pessoas que se arrependessem. Isto requeria que homens e mulheres tivessem uma completa mudança de mentalidade.

 

Estavam a ser chamados para uma vida diferente: para darem serviço amoroso e dedicado, como verdadeiros filhos de Deus. Não existia nada de triste nesse tipo de vida. Jesus oferecia boas novas e deu-lhes um pensamento maravilhoso:

 

" Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (Lucas 15:10).

 

Quão raramente acontece hoje, um pecador arrepender-se dos seus pecados. Dará você júbilo no céu? Responda agora. Amanhã pode ser tarde de mais.

 

O Grande Sinal

 

 Os líderes da religião oficial estavam muito irritados com o sucesso deste ensino, e eles estavam profundamente invejosos da sua influência e poder. Jesus sabia que esta inimizade iria crescer e predisse aos seus discípulos que eles sofreria muitas coisas por causa dos anciãos, e seria morto. Mas ele também lhes disse que seria ressuscitado no terceiro dia (Mateus 16:21).

 

A ressurreição de alguém de entre os mortos que tinha sido publicamente executado seria um grande sinal: sem paralelo na história. O único homem sem pecado que jamais viveu seria tomado pelas mãos invejosas e entregue aos soldados Romanos para uma morte horrível na cruz. No entanto, maravilha das maravilhas, ele ressuscitaria da sua sepultura como testemunho vivo da verdade das suas palavras, e do poder do seu Pai. E assim foi.

 

As palavras inesquecíveis dos capítulos 27 e 28  do evangelho de Mateus pintam um quadro vívido dos eventos desse dia. Na sua morte, um terramoto sacudiu a terra com tal ferocidade que até um soldado ímpio proclamou: "Verdadeiramente este era Filho de Deus." (Mateus 27:54). Reverentemente os seus seguidores colocaram o seu corpo no túmulo, mas os eventos dramáticos não estavam terminados: eles estavam só no início! Quando começou a amanhecer o primeiro dia de outra semana a terra tremeu outra vez e os guardas estremeceram quando a pedra do túmulo rolou.

 

Boas Novas!

 

Não podemos deixar de ficar excitados com o relato das mulheres tristes que foram ao túmulo, onde encontraram um anjo, que lhes disse palavras maravilhosas: "Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos!" (28:7). Foram correndo do cemitério para dizer esta mensagem da maior das alegrias. A sepultura tinha sido conquistada! Mas não terminava aqui. Durante seis semanas o Senhor ressuscitado ficou com os seus discípulos ensinando-os. Finalmente deu-lhes esta grandiosa missão:

 

"Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra." (Atos 1:8).

 

Que tarefa para um grupo tão pequeno,  e que privilégio - ser permitido continuar o seu trabalho e propagar estas boas novas! E ainda viriam mais boas novas importantes. Ao irem com ele para Betânia, através do Monte das Oliveiras, perante os seus olhos espantados ele ascendeu em glória ao céu. Enquanto ele ascendia os anjos que apareceram disseram isto:

 

"Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir."(Atos 1:11)

 

Gloriosas novas como essas não podiam ficar guardadas. Apesar de todos os obstáculos se espalharam pelo Império Romano, e estavam tão bem fundadas que chegaram até ao século XXI para comover os nossos corações.

 

Estamos Preparados?

 

Tudo isto coloca um questão urgente. "Estamos preparados para o nosso encontro como nosso Senhor?" Jesus predisse que grandes eventos precederiam a sua vinda como rei. Haveria um tempo sem comparação de incerteza e problemas, com grande ansiedade e tumultos no mundo. Só a vinda de Jesus pode fazer com que termine toda a dor e sofrimento e só então se o homem entregarem de livre vontade os seus corações a Deus. Mas o Senhor nos dará as boas-vindas com prazer, quando vier, ou nos rejeitará?

 

A maneira com que agirmos agora decidirá a reação dele quando vier. Existem algumas indicações? Sim, existem!

 

1 -> Precisamos de acreditar firmemente que nos Deus falou, e ter uma resposta que mostre que somos filhos de Deus. Sem fé é impossível agradar-Lhe, mas essa fé deve ser traduzida em ações.


2 -> Também temos que nos arrepender, entender que os nossos pecados devem ser lavados e começar de novo. O Senhor mostrou-nos o caminho quando ele desceu às águas do batismo. Temos que seguir o seu exemplo, pois entre as suas últimas palavras na terra estava este mandamento para os seus seguidores: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;" (Mateus 28:19)

 

3 -> Você foi batizado? O batismo Bíblico significa ser submergido em água, como um adulto que raciocinou e chegou à conclusão que precisa da graça de Deus. Não existe outro caminho, pois o Salvador disse, "importa-vos nascer de novo." (João 3:7). Ou acreditamos ou perecemos. O batismo leva-nos a um novo nascimento em Cristo, e entramos na família de Deus. Não existe privilégio maior. Mas não podemos parar aí pois se fomos tão honrados temos que mostrar que somos Cristãos. Não é? Responderemos já.

 

O que significa o Batismo

 

O batismo não é o fim mas o princípio de uma vida nova de dedicação, uma vida que deve durar para sempre. Como disse o apóstolo Paulo: "O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 6:23). A vida eterna é um presente do céu para aqueles que se estão preparando para o retorno do Senhor. Não poderemos recebê-lo se a nossa vida é um prazer sem fim, ou se participamos na imoralidade destes tempos, andamos em pecado, ou ficando obcecados com sexo.


É-nos mostrado um caminho melhor, um caminho mais nobre que leva a um futuro radiante. A era presente paralela aquela do tempo de Noé. Deus dizimou aquela era quando julgou-a e a encontrou em falta. Ele irá lidar com esta geração má também. Dentro em breve o Seu Filho retornará como Rei de Reis, para purgar este mundo da sua maldade, e aceitar aqueles que anseiam pela sua vinda. Estaremos lá?

 

Coloque o Egoísmo de Lado 

 

Como nos devemos preparar então para o retorno do Senhor? O Cristão tenta ao máximo ser um santo. Isso significa por o seu interesse de lado e vir à Bíblia com corações humildes e agradecidos. Não devemos somente ler o que Deus nos ordenou, mas devemos viver isso também. Se podermos fazer isso, isso apagará todo o egoísmo e orgulho. Significará que:

 

-> daremos mais amor aos nossos pais, filhos e companheiros;

 

-> nos esforçaremos para servir melhor os nossos patrões, e

 

-> teremos mais apreço pelos nossos empregados.

 

Isto não será o amor adulterado do século XXI, mas o amor paciente que é mostrado através da Bíblia aos pecadores. Veremos o empreendimento tremendo que o Salvador fez para se apresentar sem mácula perante o Pai. Tentaremos seguir os seus passos, não importa quão nos sintamos fracos e longe desse seu ideal. Podemos fazê-lo? Temos que tenar se queremos nos preparar para o maior evento de sempre.

 

A Oferta de Deus

 

É somente quando nos apercebemos da nossa desregramento perante Deus é que podemos aceitar a Sua oferta da salvação. Trará-nos a uma paz e qualidade de vida que leva a um novo paraíso aqui na terra. Veremos uma era de glória que nunca foi vista na terra anteriormente. Todos os homens e mulheres adorão a Deus que tudo tornou possível. Não importa se somos brancos, negros, vermelhos ou amarelos, Deus ama toda a Sua criação (João 3:16).

 

É importante não ter preconceitos ou ter preguiça acerca deste grandioso convite. O nosso próprio futuro depende da nossa vida agora. Pergunte questões e procure por respostas. Como é Deus? O que Ele me está dizendo? Existe mais alguma coisa que devo aprender? Como reajo a problemas na minha vida?

 

Se temos realmente certeza que Deus falou na Sua Palavra - a Bíblia - podemos contruir a fé que nunca nos deixará mal. Podemos ter confiança no futuro. Podemos ver cada dia como sendo nos dado para viver para a Sua glória. Toda a nossa vida girará à volta Dele. Ele abençoou-nos, e pela graça nós O louvamos para todo o sempre.

 

Você pode perguntar: "Porque não envia Deus o Seu Filho agora, quando existe tanto mal no mundo?" O apóstolo Pedro dá a resposta:

 

"Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento." (2 Pedro 3:9)

 

O Apelo de Deus

 

Deus está apelando-lhe agora. Podemos ler a Sua chamada em página a página na Bíblia, o livro mais dinâmico do mundo. Considere isso com oração, então responda com todo o seu ser, e saia e partilhe o seu tesouro com os outros. Podemos ver o desafio, rendamos a nossa vontade a Deus.

 

-> Deixe que Ele fale consigo.

 

-> Deixe que Cristo viva em si.

 

-> Creia, arrependa-se, seja batizado e deixe que toda a sua vida se converta a Ele.

 

Não existe caminho melhor. Não se sente no muro da indecisão, mas mostre a humildade do homem que clamou, "Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!" (Marcos 9:24). Que Deus nos dê estarmos preparados, a você e a mim, pois Cristo vai voltar.

 

Ken Clark

Tradução: S. Mestre

(Article: Are You Ready for the Return of Crist?, Glad Tidings 1486, pag. 11 - 14)

A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS

S. Mestre, 20.09.09

1 - O Registo em Génesis capítulos 2 e 3 dá-nos tanto um cenário e as circunstâncias da entrada do pecado e da morte no mundo. Já abordámos estes temas em artigos anteriores mas agora vamos examinar mais de perto os detalhes.

 

2 - Adão e Eva foram colocados num ambiente ideal, no qual os seus caráteres poderiam evoluir da maneira que Deus queria. Precisamos de lembrar que eles foram criados como adultos mas não tiveram a chance de crescer e desenvolver maturidade com o passar dos anos assim como acontece a nós. Por isso havia uma inocência e uma simplicidade neles que sem dúvida eram equilibradas pelo ensinamento que recebiam dos anjos com os quais tinham comunicação diariamente.

 

3 - É nos dito especificamente que haviam duas árvores que existiam no jardim; a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Eles receberam somente um mandamento:

 

"De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Génesis 2:16, 17).

 

4 - Podemos nos questionar como é que esta simples proibição poderia conseguir o desenvolvimento de caráter, com todas aquelas várias caraterísticas que Deus requeria.

 

Lembre-se de que eles viviam num ambiente ideal; isto comunicava-lhes em todos os seus aspetos, o amor e fidelidade do Deus que os tinha criado. O Seu aviso sobre as consequências de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal deve ser inserida neste contexto. Eles deveriam saber que o Seu aviso só poderia ser uma expressão do seu amor e preocupação por eles. Assim, quando a tentação veio, deu-lhes a oportunidade de mostrar a sua apreciação  pelo amor e fidelidade de Deus. Ao obedecerem ao mandamento de Deus estariam a retribuir o Seu amor e demonstrando a sua fidelidade n'Ele.

 

Ao terem triunfado no teste da sua fé produziria uma alegria mais completa e profunda do que aquela simples felicidade que eles conheciam no seu estado idílico e resultaria em paz de coração e mente que pertencem somente àqueles que amam a lei de Deus e assim não esquecem a Sua palavra.

 

O tempo de teste teria desenvolvido aquela tenacidade que cria carácter, e o espírito no qual se aplicavam a essa tarefa resultaria na qualidade de longanimidade, amor, fidelidade, alegria, paz, paciência. Esta lista de virtudes não é exaustiva, mas é suficiente para ilustrar como, na sabedoria de Deus, esta aparentemente inócua proibição seria suficiente para capacitar Adão e Eva desenvolverem um caráter que teria sido agradável a Deus.

 

5 - Quando o teste veio, foi através da ação da serpente. É de digno de nota que o último versículo o capítulo 2 de Génesis (versículo 25) pertence de fato ao registo da queda e é uma introdução para esse relato. Isto torna-se aparente por um jogo de palavras, a palavra original traduzida "nus" (2:25) e a traduzida "sagaz" (3:1) são ambas derivadas da mesma raiz Hebraica:

 

"Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus(arom) e não se envergonhavam. Mas a serpente, mais sagaz(aruwm) que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito" (2:25-3:1).

 

Antes deste tempo de teste o homem e a mulher eram inocentes - sem maldade e sem mancha. Que um teste fosse necessário sugere que se o caráter deveria ser desenvolvido, só o podia ser sob condições de provação. A nudez (inocência e inexperiência) do casal fez com que estivessem a descoberto (ou suscetíveis) à astúcia de outros.

 

6 - É importante colocar o papel da serpente na perspetiva correta - só assim podemos ter um entendimento correto da tentação de Eva. Temos que lembrar que somente o homem e a mulher foram feitos à imagem de Deus. Consequentemente existiam um fosso entre eles e a serpente assim como existia entre eles e todos os outros animais do campo. Note que as palavras de abertura de Génesis 3 dizem-nos que a serpente era um animal do campo: "Que o SENHOR Deus tinha feito". Daí se segue que. como todos os animais que Deus tinha criado, à serpente também lhe faltava o sentido moral e discernimento espiritual que distingue o homem da criação animal. Numa palavra, a serpente era amoral. Não tinha sentido do que é certo e errado, e consequentemente devemos entender que, embora depois ela torna-se num símbolo do pecado e pensamento errado, originalmente não havia nada intrinsecamente mau nela, e que aquilo que ela fez não foi motivado por nenhuma intenção maliciososa.

 

Sugerir o contrário é colocar a origem do pecado às portas de Deus, porque Ele criou a serpente assim - o que é impensável. O registo de Génesis capítulo 3 está minuciosamente equilibrado ao dizer como as várias parte envolvidas combinam-se para produzir o primeiro pecado. Deus criou o palco e os participantes do drama, mas ele não foi responsável pelo que eles fizeram depois.

 

7 - A serpente era astuciosa; a palavra não tem necessariamente associação com o mal. Literalmente significa que tinha uma "mente afiada" e enquanto que em certas ocasiões contém o sentido de manhosa, vale a pena observar que também significa "prudente" e que a mesma palavra Hebraica foi usada desta maneira num sentido obviamente bom no livro de Provérbios (veja 12:16, 23; 13:16; 14:8; 15 18; 22:3; 27:12).

 

A palavra pareceria significar, assim, não mais do que o fato da serpente ser uma criatura pensante com uma capacidade intelectual que excedia a de todos os outros animais do campo que o Senhor Deus tinha feito. A derivação da palavra traduzida "serpente" também é relevante. A Concordância de Strong diz que significa "sibilar, isto é segredar, prognosticar, aprender por experiência, observar diligentemente". (Em conexão com os dois últimos sentidos, veja Génesis 30:27 e 1 Reis 20:33 onde a palavra é usadas dessa maneira(experimentando, presságio).)

 

O quadro, então, é de uma criatura de inteligência superior que é capaz de raciocinar e que podia aprender ao experimentar as coisas que ela diligentemente observava. Através destes atributos foi levada a formar certas conclusões infundadas acerca das proibições que Deus tinha colocado a Adão e Eva em relação a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Estas ideias erradas foram a substância do conselho dado a Eva que, embora fossem erradas, enganaram-na, e ela caiu em pecado. Note que enquanto a serpente teve o seu papel na queda da humanidade, não foi pedido mais tarde que respondesse pelas as sua ações., porque o animal não tinha sentido do certo e errado e consequentemente faltava-lhe completamente a percepção moral e responsabilidade.

 

8 - Embora a mulher tenha sido a primeira a ser enganada comeu do fruto "e deu também ao marido, e ele comeu."(Génesis 3:6), foi o homem que teve afinal de contas a responsabilidade. O tinha precedência na ordem de Criação, pois a mulher tinha sido feita para o hoem e não o homem para a mulher. A autoridade sobre tudo o que Deus criara estava em sua mãos e finalmente a culpa foi colocada à sua porta. Isto não poderia ser dito de maneira mais clara do que as palavras do Apóstolo Paulo na sua Epístola aos Romanos:

 

-> "por um só homem entrou o pecado no mundo" (5:12)

 

-> "pela ofensa de um só, morreram muitos" (5:15)

 

-> "o julgamento derivou de uma só ofensa" (5:16)

 

-> "pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte" (5:17)

 

-> "por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação" (5:18)

 

-> "pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores" (5:19)

 

9 - Estes resultados terríveis do pecado não caíram somente sobre Adão e Eva mas sobre toda a sua posteridade. Hoje sofremos as consequências, na natureza que temos em comum em toda a humanidade:

 

"Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte" (5:12).

 

No final do versículo diz "porque todos pecaram". O capítulo 19 torna claro como pode ser isso, quando diz que pela desobediência de Adão muitos "foram feitos pecadores". Literalmente, fomos designados ou constituídos pecadores, já que Adão pela sua transgressão desencadeou o poder do pecado, a suscetibilidade para o mal que reside em toda a sua descendência e faz com que eles sucumbam ao incitamento da sua natureza corrupta. Quando Adão pecou tornou-se inevitável que herdássemos a sua natureza corrupta e nos tornássemos em pecadores como ele. Neste sentido quando Adão pecou todos pecaram, pois a consequência do seu ato adversamente afetou todos nós.

 

Não somos responsáveis pelo pecado de Adão. É o nosso infortúnio que soframos por causa disso. Somos responsáveis pelos nossos pecados e embora morramos por causa do pecado de Adão, são os nossos pecados que nos poderiam manter na sepultura para sempre, se não fosse pela esperança da salvação, que nos é oferecida através do Senhor Jesus Cristo.

 

Imagem Caída

 

Embora estas consequências não estejam explícitas no capítulo 3 de Génesis, todas estas verdades estão implícitas nesse capítulo. Só precisam um pouco de reflexão e consideração. Por exemplo, já alguma vez perguntou a si mesmo porque os eventos no Éden não poderiam ser corrigidos de uma maneira mais simples? Porque Ele não começou de novo com os filhos deles e esqueceu o que aconteceu com Adão e Eva? É porque as ações dos pais envolveu toda a posteridade na sua condição de caídos; é por isso que Deus atuou assim.

 

Todo o género humano agora leva a maldição do pecado na carne, e quando Adão teve filhos, nasceram "à sua semelhança, conforme a sua imagem"(Génesis 5:3). Infelizmente, mas inevitavelmente, a condição caída de Adão era a agora reproduzida nos seus filhos, e as consequências terríveis para toda a sua posteridade são enfatizadas pelas palavras que correm como um refrão através do resto do capítulo 5. Pois para esses todos que saíram de Adão o sumário das palavras que ecoam como um sino que retine são: "e morreu... e morreu... e morreu... e morreu" (Génesis 5:5, 8, 11, 14, 17, etc.)

 

Dudley Fifield

Tradução: S. Mestre

(Article: The Fall and its Consequences, Glad Tidings 1486, pag. 5-8)

CÉU, INFERNO OU OUTRO LUGAR? - Parte 3

S. Mestre, 17.09.09

 

Nesta série de artigos Mark Sawyer mostrou que existe muita concordância entre estudantes Bíblicos que não temos uma alma imortal. Em vez disso a Bíblia ensina que quando morremos morremos, porque a morte é um castigo pelo pecado. Assim sendo, que esperança existe de vida depois da morte? Isso é o que ele explica agora neste último artigo da série.
A Esperança Bíblica
 
A Bíblia ensina que existe uma experança real de vida depois da morte, através da ressurreição corporal. Isso acontecerá segundo o modelo estabelecido pela ressurreição de Jesus Cristo. Não será para todos nem todos os que ressuscitarem dos mortos receberão a vida eterna. Veremos o porquê ao prosseguirmos e examinarmos as Escrituras. Leia as passagens assim que elas vão aparecendo.
 
Em Daniel 12:1-3 é-nos dito o que foi revelado a Daniel. Foi dito ao profeta que, num tempo de tribulação sem precedentes no mundo, "muitos" (não todos) despertarão do "sono" inconsciente no "pó da terra" ... "uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno".
 
O próprio Jesus falou do seu papel no futuro da seguinte forma:
 
"Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação" (João 5:28-29, RC).
 
Por "todos," Jesus evidentemente quer dizer queles (referidos no versículo 24) que ouviram o seu ensino em alguma altura de suas vidas. Note que eles são ressuscitados dos "sepulcros", não trazidos do céu. A Bíblia nunca ensina isso.
 
Assim, nem todos serão ressuscitados, nem todos aqueles que forem ressuscitados receberão a vida eterna. Aqueles que tiveram oportunidade de responder às leis de Deus antes de Cristo, e nesta era Cristã, ao Evangelho de Cristo, serão ressuscitados quando Cristo voltar à terra. Cristo julga-los-á , juntamente com os que estiverem vivos nessa época. Alguns serão aceites enquanto que outros serão rejeitados.
 
Dentro ou fora?
 
Agora, mais alguns testemunhos de escritores inspirados:
 
 
Lucas 13:28 regista o ensino de Jesus que os ouvintes sépticos do seu ensino serão ressuscitados e verão Abraão, Isaque e Jacó com os profetas no Reino de Deus, mas eles excluídos dele.
 
Em contraste, João 6:40 regista Jesus dizendo que aqueles que acreditam nele serão ressuscitados e receberão a vida eterna "no último dia". Infelizmente, haverão muitos que o viram e ouviram, mas não creram.
 
O apóstolo Paulo, ao fazer a sua defesa perante o governador Romano Félix afirmou que a ressurreição envolverá "justos e injustos".
 
"Tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos" (Atos 24:15).
 
Esta é uma afirmação concisa da distinção Divina que será exercitada após a ressurreição. Ou seremos aceites ou seremos rejeitados - estar "dentro" ou "fora" do Reino de Deus.
 
Vida ou Destruição?
Paulo ensinou enfaticamente em 1 Coríntios 15:17-23 que a ressurreição de Cristo é indispensável para a nossa salvação. É somente porque ele foi ressuscitado dos mortos que podemos ter esperança de ser ressuscitados "na sua vinda". Se somos "de Cristo", ou seja, se pertencemos a ele, teremos uma esperança viva e real. Mas, atenção com o versículo 18 que para aqueles que "dormem em Cristo", a única alternativa à ressurreição é a destruição eterna:
"E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram" (1 Coríntios 15:17, 18).
 
 Note que, se podemos deixar de existir dessa maneira, não é possível que tenhamos almas imortais.
 
Em 2 Timóteo 4:1 & 8 Paulo escreve que Cristo julgará tanto os que estiverem vivos aquando da sua vinda como aqueles que serão ressuscitados dos mortos nessa altura quando ele "aparecer" para estabelecer o Reino de Deus. Ele galardoará aqueles que "amaram a sua vinda". Vemos então que todos estes eventos importantes - Vinda de Cristo, ressurreição, julgamento e o estabelecimento do Reino de Deus - acontecem basicamente no mesmo espaço de tempo.
 

Os últimos dois versículos de Hebreus 11 explicam que todos os fiéis do tempo do Antigo Testamento, listados neste capítulo não receberam o que lhes foi prometido por Deus porque ainda esperam pela recompensa prometida que partilharão com os fiéis de todas as eras. Nesse tempo todo o povo de Deus serão "feitos imortais". Assim, essas pessoas fiéis do passado têm que ser ressuscitadas dos mortos; senão as promessas de Deus nunca se tornarão realidade para eles.



O Vindouro Julgamento

Vimos a partir de algumas destas passagens que será necessário um julgamento para fazer divisão entre os que serão ressuscitados, ou os que estão vivos quando Cristo retornar, para determinar quem receberá a vida eterna, e aqueles que não a receberão.  Eis aqui uma só passagem que descreve este processo:



"Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo." (2 Coríntios 5:10)

Note que Paulo diz que "todos nós" devemos comperacer perante o tribunal. Ele claro, estava a escrever aos crentes em Cristo, e não ao mundo no geral.



SUMÁRIO

Nem todos serão ressuscitados dos mortos. Na sua vinda, o Senhor Jesus Cristo julgará aqueles que foram ressuscitados com aqueles que estiverem vivos nessa altura, que são responsáveis perante ele. A descrição "responsáveis perante ele" significa que serão pessoas que tiveram a oportunidade de responder a este evangelho, quer tenham o tenham feito ou não. Ele também, na mesma ocasião, ressuscitará as pessoas que viveram no tempo do Antigo Testamento como aqueles, mencionados por nome ou não, cuja fé está catalogada em Hebreus 11. De todos estes, alguns serão aceites e outros rejeitados por Cristo no seu tribunal.



E Então?

Assim, onde será o lugar de recompensa para os fieis? Certamente não será o céu, assim como o Inferno da tradição não será o lugar de castigo.

 

A Bíblia ensina que o Reino de Deus, que é prometido em ambos Antigo e Novo Testamentos, será estabelecido por Cristo nesta terra aquando da sua segunda vinda, a ressurreição e julgamento. Estes temas são longos. Mas, para far-lhe um gostinho, eis aqui um único exemplo de entre muitas passagens Bíblicas:



"E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra." (Apocalipse 5:9, 10).

Isto diz-nos que as pessoas glorificadas redimidas por Cristo serão governantes e sacerdotes

"na terra"

.



O que devo fazer?

O que

é

requerido de nós para fazermos parte deste plano? Temos que pertencer a Cristo e fazer o que ele manda. Isso começa com uma ação específica que é requerida de nós. A Bíblia diz-nos que só através do batismo - por imersão total - podemos pertencer a Cristo e tornar-nos membros da família de Deus. O ato liga aqueles que realmente acreditam no evangelho à morte redentora de Cristo e sua gloriosa ressurreição. Uma vida nova em Cristo deve seguir este ato de obediência. Este é um assunto abordado por outros artigos nesta revista de tempos a tempos. Por agora, aqui estão três passagens relevantes para você considerar:



* Em Marcos 16:16 Jesus ensina os seus apóstolos que alqueles que acreditam e são batizados serão salvos.


* Lemos em João 3:5 que nascer de água e do espírito é essencial para a nossa admissão no Reino de Deus.


* Em Gálatas 3:26-29 aprendemos que pela fé e batismo podemos "revestir-nos de Cristo", para ficarmos "em Cristo" ou ser "de Cristo" e assim tornar-mo-nos herdeitos das promessas que Deus fez a Abraão. E vimos que Abraão está destinado a estar no Reino de Deus.

Assim, se dermos ouvidos, entendermos, e acreditarmos e obedecermos ao evangelho do Reino de Deus e o nome de Cristo, e tentarmos viver as nossas vidas seguindo isso, temos uma esperança real  de ser ressuscitados dos mortos e receber a vida eterna quando Cristo retornar à terra para estabelecer o Reino do Seu Pai.

 

Se a vida depois da morte é um assunto importante para si, não fazer nada não é uma opção. Por favor pense seriamente sobre isso - com uma Bíblia aberta em suas mãos.

 

Mark Sawyer

Tradução: S. Mestre

(Article: Heaven, Hell or Somewhere Else? - Part Three, Glad Tidings 1474, pag. 14-16)

CÉU, INFERNO OU OUTRO LUGAR? - Parte 2

S. Mestre, 11.09.09

Neste artigo Mark Sawyer examina as nossas perspetivas de viver para sempre e começa por pesquisar se somos mortais ou imortais por natureza. Se você saber quais são as suas prespectivas de sobreviver a morte e acabar num lugar melhor, você precisa der ler este artigo. Mas prepare-se para ser surpreendido.

 

É Você Imortal?

 

Será que a Bíblia ensina a imortalidade da alma? Pode surpreender-lhe saber que ela certamente não ensina isso e que isto tem sido admitido francamente por numerosos teólogos. Não é só a opinião de Cristadelfianos, embora tenha-nos sido impossível encontrar esse ensino na Bíblia.

 

Eis aqui algumas citações de escritores religiosos e pensadores, nenhum deles Cristadelfiano, antes de vermos o que a Bíblia ensina sobre o que nos acontece quando morrermos e qual é realmente a verdadeira esperança para vida depois da morte.

 

Dr. F. S. M. Bennett, antigo Decano de Chester, escreveu:

 

"Foi (Agostinho) que pegou na doutrina de Platão da imortalidade inerente da alma, desligou-a das ideias da reencarnação e conseguiu para ela uma credibilidade geral que se manteve até aos dias de hoje... Nenhuma doutrina da imortalidade natural ou incondicional de uma parte ou núcleo do organismo humano, chamado de "alma", tem qualquer direito a um lugar dentro do precinto da verdade Cristã revelada."

 

O falecido Bispo Gore na sua obra, "A Espístola aos Romanos", escreveu:

 

"... a doutrina da necessária imortalidade ou indestrutibilidade de cada alma humana como foi afirmado por Agostinho ou Aquinas... não fazia parte da mensagem Cristã original... Foi sim uma especulação do Platonismo tomando possessão da Igreja."

 

Um relatório comissionado pelos Arcebispos de Canterbury e York foi publicado em 1945 com o título "Em direção à Conversão da Inglaterra" concluiu:

 

"A ideia da inerente indestrutibilidade da alma humana(ou consciência) deve a sua origem a fontes Gregas e não Bíblicas. O tema central do Novo Testamento é a vida eterna, não para qualquer um nem para todos, mas para os crentes em Cristo ressuscitado de entre os mortos."

 

Uma admissão mais recente foi comunicada pelo jornal "The Times", em Outubro de 2003, numa crítica do livro "Para todos os Santos", por Dr. Tom Wright, que é o atual Bispo de Durham, diz:

 

"Dr. Wright diz que os Anglicanos desviaram-se para "a confusão e desordem' sobre o que acontece às pessoas depois de morrerem. Eles juntaram "um pouco disto e daquilo' de tradições, ideias e costumes e criaram uma "coisa absurda" acerca dos conceitos escatológicos da morte, julgamento, morte e inferno... O conceito de uma alma como uma entidade preexistente e imortal tem pouca base no Novo Testamento e é derivada sim, dos ensinamentos de Platão. O Dr. Wright afirma, que, na era moderna, a perda de confiança nas promessas Bíblicas juntamente como desenvolvimento de teologias liberais levou a uma crença de uma espécie de salvação universal para todos, com todos alcançando o destino final, embora uns poucos parecem ter uma ideia clara sobre que destino é esse."

 

Que admissões surpreendentes! A Bíblia, admitem eles, não ensina a imortalidade da alma humana ou a salvação universal. Nem permite que as pessoas sejam ímpias e imorais. Então, o que diz a Bíblia acerca do estado dos mortos?

 

O que é a Morte?

 

A Bíblia ensina que a morte é um estado de esquecimento inconsciente. Em Génesis lemos que a sentença de morte passada a Adão e Eva significava voltar pó da terra:

 

"No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás" (Génesis 3:19).

 

Isto foi um castigo pelo que fizeram de mal no Jardim do Éden. Não era uma recompensa que lhes permitia começar uma nova vida no céu, como algumas pessoas pensam que a morte é isso. O "sopro da vida" de Deus, que tinha ativado os seus corpos, seria retirado.

 

Sejamos claros sobre isto. O "sopro da vida" pertence a Deus, não ao homem. Como ele, a humanidade vive. Quando Deus o retira nós morremos. Sem essa força de vida, a alma vivente ou ser torna-se numa alma "morta". O homem não foi criado como um ser imortal, nem tinha um elemento imortal implantado nele. Assim, a morte não era para ser o caminho para uma outra vida, mas um castigo pela desobediência.

 

E Quanto a Nós?

 

Qual é a nossa posição em relação a esta lei de Deus pela qual a morte vem como consequência do pecado? Na carta de Paulo aos Romanos mostra que herdamos a mortalidade de Adão e Eva e a tendência deles para pecar (veja Romanos 3:23, 5:12 e 6:23).

 

Todos morremos, não só porque somos todos mortais, mas porque todos nós pecamos. O pecado, como um patrão, paga os salários. Como Paulo diz: "O salário do pecado é a morte" (6:23).

 

Eis aqui mais passagens das Escrituras que dizem a mesma coisa:

 

Salmo 49:20 diz-nos que as pessoas "sem entendimento" morrem sem a esperança da ressurreição. O nosso "entendimento" então tem uma importante relação com as nossas perspetivas de vida depois da morte.

 

Salmo 146:3, 4 ensina que quando o sopro se vai os nossos pensamentos terminam. Ficamos inconscientes.

 

Eclesiastes 9:5, 10 explica que os mortos não têm consciência. "os mortos não sabem coisa nenhuma".

 

Isaías 26:13, 14 informa-nos que os opressores de Israel, que adoravam deuses pagãos, nunca ressuscitarão. "Mortos não tornarão a viver". 

 

Mas existe esperança de vida depois da morte e examinaremos isso no próximo artigo deste estudo. 

 

Mark Sawyer

Tradução: S. Mestre

(Article: Heaven, Hell or Somewhere Else? - Part two, Glad Tidings 1472, pag. 18, 19)

CÉU, INFERNO OU OUTRO LUGAR? - Parte 1

S. Mestre, 10.09.09

 

Existem muitas ideias acerca do nosso possível destino depois da morte, alguns deles são reconfortantes outros são perturbadores. Neste artigo Mark Sawyer analisa algumas dessas crenças, examina-as à luz da Bíblia e explica o que precisamos fazer para acabarmos onde realmente queremos estar.
 
Para onde estamos indo?
 
Para muita gente que se chamam a si mesmos Cristãos, o Céu é pensado ser o lugar de recompensa imediatamente depois da morte. É considerado como o lugar onde as almas imortais das pessoas "boas" acabam ficando. Reconhecidamente, existe muita flexibilidade acerca de quem se qualifica como suficientemente "bom" para ir para lá e hoje em dia, numa sociedade tolerante, as pessoas inclinam-se para a ideia que a maioria das pessoas serão salvas, embora exista muito mais incerteza sobre o que irá acontecer aos maus, especialmente se é pensado que eles viverão para sempre.
 
Em outras religiões, os conceitos de céu variam muito. Os Budistas, por exemplo, descrevem-no como Nirvana, o estado de existência no qual os desejos foram extintos. Os Hindus que adoram Vishnu acreditam que eles irã para o céu e viver na glória de luz eterna de Vishnu. Os Muçulmanos acreditam que o céu é o lugar do Paraíso para o qual vão os fiéis Muçulmanos, tendo de passagem passado por, ou através do inferno.

Os Islão vê o paraíso como um jardim prazeroso no céu no qual as almas imortais dos abençoados vivenciam a felicidade extrema do sensual e espiritual, depois da ressurreição e julgamento no fim do mundo. "Mártires" vão diretos para um lugar de felicidade absoluta e depois passam facilmente para o paraíso real no Dia do Julgamento. Estes pontos de vista fazem com que o martírio seja uma opção mais tolerável do que poderia de outra maneira ser o caso.
 
E acerca do Inferno?

Alguns Cristãos, embora certamente muito menos que em gerações anteriores, acreditam que o Inferno é um lugar de tormento pelo fogo e maldição para as almas dos maus. É considerado ser um lugar que é governado pelo Diabo sobrenatural, ajudado pelos seus anjos caídos, que agora se tornaram em demónios. Existem algumas ideias bem vívidas em certos lugares acerca de como será a vida no Inferno.

Os Muçulmanos descrevem o inferno como uma cratera enorme em fogo debaixo de uma ponte estreita e crêem que todas as almas têm que passar essa ponte para chegar ao paraíso. Aqueles que são malditos caem da ponte para sofrer o tormento ardente.

Os que seguem o ensino do profeta Persa do século VI a. C. Zoroastro acreditam que no quarto dia depois da morte as suas almas vão para a Ponte do Recompensador, onde os seus feitos são pesados. Se o bem é mais pesado que o mal, a ponte se alarga e as almas vão para o céu. Se o mal é mais pesado que o bem, a ponte se estreita e as almas caem no inferno e sofrem um tormento gelado até à ressurreição. Se o peso do bem e do mal é igual, as almas são mantidas num lugar onde tanto sofrem calor e frio.

O Judaísmo, antes da influência Persa e Grega, considerava o Inferno ou Sheol como a sepultura - era pensado como um lugar coberto para onde os mortos inconscientes tinham ido. Depois de serem influenciados pelo pensamento dos Persas e Gregos, os Judeus começaram a ver a Geena como a região infernal para castigo dos ímpios.

Purgatório ou Limbo?

Uma das maiores igrejas tem uma doutrina do Purgatório, sendo esta a condição da alma de uma pessoa que morreu num estado de graça mas que não se tinha purificado antes de entrar no céu. A mesma igreja também tem a doutrina do Limbo, sendo esta a fronteira entre o céu e o inferno para as almas que não são condenadas ao Inferno mas no entanto não estão qualificadas para o Céu. Desde meados do século XVI diferenças de opinião permaneceram acerca do Limbo e esta doutrina permanece problemática. Nem o Purgatório nem o Limbo são mencionados na Bíblia e, suficientemente interessante é o caso que este ensino não Bíblico está agora fora de moda até entre aqueles que anteriormente o ensinavam.

As religiões Asiáticas como o Hinduísmo, Jainismo, Budismo e Siquismo acreditam na reencarnação e na doutrina do carma - a lei de causa e efeito. Aquilo que se faz nesta vida determina a natureza da próxima. Transmigração das almas é infinita até que se alcance a salvação. Os Sikhs acreditam num julgamento final quando as almas, reencarnadas um certo número de vezes, serão absorvidas em Deus.

Cristianismo do Primeiro Século

Em contradição a todas as ideias mencionadas até agora, os Cristãos primitivos fervorosamente esperavam que a terra fosse a localização do vindouro Reino de Deus, centrado em Jerusalém, depois do regresso à terra de Cristo, ressurreição e julgamento. Eles acreditavam que a terra seria o lugar de recompensa para todas as pessoas fiéis, e consideravam-na destinada a encher-se da glória de Deus. Para eles, as palavras de Jesus, pareciam oferecer claramente uma promessa que lhes dava uma esperança real, tanto para eles como para a terra:

"Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra" (Mateus 5:5).

O céu era entendido como sendo o lugar da habitação de Deus, onde a vontade de Deus (e somente a Sua vontade) é feita. E acreditavam que Jesus tinha ido para o céu, onde ele agora está sentado à direita de Deus, até o tempo do seu retorno para reinar como Rei sobre a terra. Assim, o apóstolo Paulo pode explicar o futuro nos seguintes termos:

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.   Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Tessalonicenses 4:13 -16).

Sumário

Alguma destas crenças está de acordo como ensino da Bíblia? Vejamos se conseguimos retirar uma conclusão geral acerca destas ideias. É bastante óbvio. A fundação essencial para todas elas, menos a última, atríbuida na Enciclopédia Britânica aos primeiros Cristãos, é o conceito da imortalidade da alma e a crença que os seres humanos continuam a ter uma existência consciente depois da morte. Sem essa fagulha interior de imortalidade, estas crenças não têm qualquer substância!

Mas notamos algo acerca dessa passagem Bíblica? O apóstolo escreve acerca dos mortos como se estivessem inconscientes - dormindo um sono. E não faz menção a algo que as pessoas às vezes acham difícil -  como é que as suas almas imortais e corpos resurretos se reúnem, se isso é o que acontece.

Tudo isto levanta uma questão que precisamos de examinar cuidadosamente: "Será Bíblia ensina que temos uma alma imortal?" Isso será algo que veremos na parte seguinte deste artigo.
(Continua)


Mark Sawyer
 
Tradução: S. Mestre
 
(Article: Heaven, Hell or Somewhere Else?, Glad Tidings 1471, pag. 5 - 7)

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