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BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

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Guardar o Sábado

S. Mestre, 12.02.12

Guardar o sábado

POR UMA FILHA DE SARA.

QUANDO os irmãos e irmãs do Senhor Jesus se reúnem no primeiro dia da semana, não é para observar o dia como um sábado, mas para lembrar o Senhor ausente de acordo com o que ordenou. A guarda de um dia de sábado não é uma obrigação para eles, mas, pelo contrário, eles são aconselhados pelo apóstolo dos gentios, para tomar cuidado ao observar dias - (Gál 4:10, 11; Col. 2:16, 17).

Ao escrever aos crentes gentios, em Roma, ele diz: " Aquele que faz caso (no original em grego, φρονέω, observa, honra, respeita n.t.) do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz”(SBP). A partir disto, torna-se evidente que a observância de um dia de sábado não está entre as coisas necessárias em obediência ao Evangelho de Cristo. O apóstolo dá permissão para qualquer fraco na fé, que possa sentir escrúpulos sobre o assunto, observar o dia para o Senhor; mas ele não pode julgar os seus irmãos na matéria, que não colocam importância sobre qualquer dia em especial; mas que consideram cada dia santo ao Senhor, tendo consagrado a si mesmos e tudo o que têm para o seu serviço para sempre.

Mas há alguns que dizem que parte da lei dada por ou por intermédio de Moisés aos filhos de Israel, a saber, Os Dez Mandamentos, permanecem como foram dados, e são para ser aceites na sua totalidade por aqueles que entraram na Nova Aliança, o que foi confirmado por um maior que Moisés, e que é proclamado ser o fim ou conclusão da lei, e que, portanto, somos obrigados a manter o quarto, bem como os outros nove mandamentos. Isto seria um assunto muito sério, se viéssemos a descobrir assim como o rei Josias, que temos vindo a negligenciar a palavra do Senhor, e deixando por cumprir tal obrigação importante como seja a guarda do sábado. Vejamos em que condições devia ser guardado, e o que foi ordenado ser feito àqueles que infringiam a lei do sábado, e então seremos capazes de julgar e estar inteiramente seguros em nossa própria mente se a ordenança do sábado permanece para ser observada ou está entre a categoria de ordenanças que foram removidas do caminho, sendo abolidas naquele que fez de judeus e gentios um novo homem em si próprio. Em Êxodo 31:14, lemos: "portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações." Aqui está a lei do sábado, e a pena aplicada a qualquer um que a quebrasse. Foi ordenado aos Filhos de Israel que matassem aqueles que profanassem o sábado (Núm. 15:32, 35). Se estivermos sob esta lei, devemos fazer o mesmo. Não nos atrevemos a escolher (como Saul, que foi rejeitado pela sua desobediência), uma parte, e dizer "Eu vou guardar esta parte do mandamento, e deixar de fora uma outra parte dele." Nós estamos ou sob a lei, e vinculados a guardá-la de ponta a ponta, ou fomos libertados dela, e cumprimos o seu espírito nos novos mandamentos que temos em Cristo.

Paulo designa a lei como um ministério da morte, e assim foi, "A alma que pecar, essa morrerá." Tomemos o terceiro mandamento: "Não tomarás o nome do SENHOR, teu deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." Qual era a pena aplicada ao transgressor deste mandamento? "Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará; tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto." Se estamos sob a lei somos obrigados a realizá-lo como Deus ordenou. Tome o quinto mandamento: "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu deus, te dá." A bênção prometida à guarda deste mandamento deve levar à conclusão que os filhos de Israel na terra a eles prometida, por si só, pode ser resposta para à pergunta: “A quem foi dada esta lei?”. Não se pode aplicar aos santos no nosso tempo porque eles não estão na posse da terra e, portanto, não podem permanecer muito tempo na mesma, ainda que obedientes. Havia alguma pena a ser infligida onde esta lei fosse desobedecida? Sim, "Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos… todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra; assim, eliminarás o mal do meio de ti; todo o Israel ouvirá e temerá” (Deut. 21:18, 21). Eis aqui a lei dos dez mandamentos – um ministério da morte. Será que estamos sob ela? Se estamos, somos obrigados a cumpri-la em todos os detalhes. Tome o sexto mandamento: "Não matarás." Havia uma penalidade para o transgressor dessa lei? Sim, "Aquele que mata qualquer homem deve ser condenado à morte" Aqui, novamente, temos o ministério da morte -. (Lev. 24:17). Os santos não têm a liberdade de colocar em prática esta penalidade nos dias de hoje. Tome o sétimo mandamento: "Não adulterarás." A morte era a pena da violação deste mandamento? Sim, "Será morto o adúltero e a adúltera” - (Levítico 20:10). Se os dez mandamentos são obrigatórios para nós, então devemos realizá-los ao máximo. Os santos não têm a liberdade de realizar esta penalidade no presente. Mas são vinculativos para aqueles que creem e obedecem ao Evangelho de Cristo? Não. Embora semente de Abraão, estamos livres da lei através de Cristo, que nos redimiu com o seu sangue precioso para si mesmo. Estamos agora apenas sob a lei para ele.

Mas, embora não sob a lei, nossas vidas estão em harmonia com todas as suas necessidades, porque o amor a Deus e o amor ao próximo é o espírito e a essência da lei, como determinado pela obediência. Nós não fomos só libertados da lei, mas da sua maldição. Segundo a lei, a morte era a pena da sua violação deliberada. De acordo com Cristo, toda a espécie de pecado é proibido, mas todo tipo de pecado será perdoado a quem confessar e renunciar a ele. Segundo a lei, um homem era autorizado a tomar vingança sobre alguém que lhe fez um ferimento, mas sob Cristo, devemos esperar até que Deus nos vingue. Segundo a lei, um pecador devia ser condenado à morte. Sob Cristo, devemos esperar que ele venha e vingue os injustos, e os transgressores de toda a espécie. Temos que aguentá-los, e sofrer em suas mãos, não devemos retribuir o mal com o mal, mas pelo contrário abençoar, como também Cristo o nosso exemplo orou pelos seus assassinos. Segundo a lei, a guarda do sábado era para ser recompensada por bênçãos múltiplas no tempo presente na terra. Sob Cristo estamos esperando para guardar o sábado que resta para o povo de Deus, e que foi prenunciado nos termos da lei. Iremos descansar da nossa labuta e sofrimento, que durou por toda a longa noite dos tempos dos gentios. Então, devemos regozijar diante do Senhor quando Jerusalém ressurgir e brilhar, e quando todas as nações correrão até ela para aprender a lei do Senhor, para que possam andar nelas. E os gentios estarão sob a lei para Jeová, e, em seguida, todas as famílias da terra serão abençoadas, andarão em obediência a Ele; guardando sábados e luas novas, e as solenidades. Enquanto isso, os irmãos e irmãs de Cristo são estrangeiros e peregrinos, procurando agradar a Deus pela obediência aos Seus mandamentos. Estes mandamentos estão preservados para nós nos ditos e escritos de Cristo e seus apóstolos. Se a guarda do sábado, e os outros nove mandamentos permanecem para nós, para observância, certamente tão importante assunto não seria deixado na obscuridade, especialmente como um conselho dos apóstolos foi convocado com o fim especial de considerar se os gentios deviam guardar a lei de Moisés. Certamente, este teria sido o momento de dizer que o sábado devia ser mantido e para avisar os irmãos contra negligenciar a guarda do dia de sábado. Eles não mencionam isso, nem em qualquer das cartas preservados para nós que qualquer um dos apóstolos tenha ordenado aos irmãos que lembrassem o dia de sábado para o santificar. Seu raciocínio e persuasão estão todos na direção oposta. Cristo e os seus mandamentos é o fardo de ensino deles. Alegremo-nos, irmãos e irmãs, que Cristo nos libertou, e estejamos firmes nessa liberdade, tendo uma boa atenção à lei que ele nos deu, que ele próprio sumariou em duas bases, que são, Amar Deus com todo nosso coração, e amar uns aos outros ardentemente. Se estes habitarem em nós e não faltarem, não seremos nem estéreis nem infrutíferos na obra do Senhor; e podemos ter a esperança de uma entrada abundante no reino de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Deixemos de retinir sobre a lei da qual Cristo nos libertou, e vamos sim estudar as coisas que foram ordenadas e consideremos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e boas obras. (The Christadelphian : Volume 16 (1879)

 

Tradução: S. Mestre