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BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

Pregando a Verdade - Capítulo 6

S. Mestre, 27.10.17

CAPÍTULO SEIS

 

Pesquisando as Escrituras

 

Embora a família Bereia fosse devotada à Bíblia e a lessem com frequência, o seu interesse nunca tinha sido tão profundo ou ininterrupto como o foi durante o tempo que interveio entre a manhã de domingo e a quarta-feira à noite quando Paulo iria visitá-los. Nas noites de segunda e terça-feira a Sra. Bereia, Timóteo e Dorcas debruçaram-se sobre suas Bíblia até muito tarde, e como resultado na quarta-feira à noite estavam completamente confidentes e preparado para defender a sua fé se fosse necessário.

 

Quando Paulo Estéfanas chegou à hora marcada encontrou-os sentados à mesa com as Bíblias abertas. Para além da família Bereia estava presente uma jovem à qual, nos seus gestos e maneira de se lhe dirigir, Timóteo mostrava grande afeto. Não podia deixar-se de notar pela atitude e jeito destes dois que havia entre eles algo mais do que uma simples amizade. A jovem foi apresentada como Senhorita Hamilton, a filha do pastor da igreja da aldeia. Depois da usual troca de cumprimentos e quanto estavam todos sentados à mesa, a Sra. Bereia abriu a conversação.

 

Fiquei um pouco confusa” disse ela, dirigindo-se ao Sr. Estéfanas, “quando me chamou a atenção para o fato que tínhamos o hábito de citar mal a passagem em João 14: 2, 3; mas depois de uma consideração judiciosa já não me sinto tão mal por isso, porque dei-me conta que a ideia principal da passagem não é, a meu ver, afetada pela omissão das palavras “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo.” A ideia principal na passagem encontra-se nas palavras, “Na casa de meu pai há muitas moradas. Pois vou preparar-vos lugar.” O Mestre estava quase a deixar os seus discípulos e para confortá-los diz-lhes que ele irá preparar-lhes um lugar na casa do Seu Pai; e quando diz “voltarei e vos receberei para mim mesmo,” ele deve querer dizer, que virá por altura da morte de cada um e os tomará para si; porque iria ele para o céu para a casa de Seu Pai preparar um lugar para eles se eles nunca iriam ocupar esse lugar depois de preparado? Não vejo como poderá escapar a esta conclusão.”

 

Não duvido, Sra. Bereia, que isto pareça bastante conclusivo para si: houve um tempo na minha vida em que acreditei tão firmemente nisso como você o faz agora, mas desde que conheci a verdade sobre o assunto, muitas vezes me pergunto como pude crer em tal coisa. Já alguma vez notou nas palavras de Cristo no versículo 33 do capítulo anterior: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir.”?”

 

Sim, já tinha notado nessa declaração do Mestre,” respondeu a Sra. Bereia, “Mas também notei a declaração no capítulo 14, versículo 4, “E vós sabeis o caminho para onde eu vou.” Já tinha reparado nestas palavras Sr. Stéfanas?”

 

Sim”, respondeu o Sr. Estéfanas.

 

Nesse caso, então, como pode explicar isso em harmonia com a crença de que não vamos para o céu?” p?"amos para o ccom a crença de que n verdade sobre o assunto, muitas vezes me pergunto como pude crer em tal coisa. 0000000000erguntou a Sra. Bereia.

 

A passagem não diz nada sobre céu.”

 

00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

Mas era para onde ele ia,” insistiu a Sra. Bereia.

 

É verdade, mas ele não está a falar desse fato em particular no seu discurso. Ele não está a falar do lugar para onde ia, mas do Grande Personagem para o qual ia. No versículo 12 ele diz, “Eu vou para junto do pai.” É a isto que se refere quando diz, “E vós sabeis o caminho para onde eu vou.” É o mesmo se ele tivesse dito, “Vocês sabem que vou para o Pai, e vocês conhecem o caminho pelo qual podem chegar a Ele, também, mas não me podem seguir literalmente à Sua presença: mas existe uma maneira pela qual podem ir a Ele para comunicarem.” Isto é o que significa, e fica conclusivamente manifestado na resposta de Cristo a Tomé. Tomé disse-lhe: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” Jesus disse-lhe: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim.” Facilmente verá que o Mestre não está a falar como podem alcançar o céu quando morrerem, mas sim como podem alcançar o Pai através de oração durante as suas vidas. Vemos isto claramente na declaração do versículo treze: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o pai seja glorificado no filho.” Este foi o grande consolo que lhes deixou. Paulo refere-se a isso na sua epístola aos Efésios (2:18), ao falar dos judeus e gentios, diz: “Porque, por ele, ambos temos acesso ao pai em um espírito.” Quando Jesus disse: “sabeis o caminho,” falava do caminho de acesso ao Pai.

 

Bem, pode ser que seja assim,” disse a Sra. Bereia, “mas o grandioso fato no início do capítulo mantêm-se inalterado. “Na casa de meu pai há muitas moradas. Pois vou preparar-vos lugar.” Sem dúvida, não negará que o Mestre aqui informou os seus discípulos que ia preparar-lhes um lugar na casa de Seu Pai. Agora, o que mais poderia isso querer dizer para os discípulos a não ser que eles iriam para o céu para ocupar esse lugar preparado para eles?”

 

Mas, Sra. Bereia, não há menção de céu na passagem.”

 

Não, a palavra “céu” não é mencionada, mas diz “casa de meu pai.”

 

Está no céu?”

 

Onde mais poderia estar?”

 

Na terra. Nunca se mencionou que estivesse no céu; veja Miqueias 4:1-2, onde temos esta profecia, “Nos últimos dias, acontecerá que o monte da casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos. irão muitas nações e dirão: vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.” Aqui pode ver uma casa de Deus estabelecida na terra no tempo chamado “últimos dias”. Então, a casa de Deus na qual Cristo prometeu preparar um lugar para os seus discípulos não é uma casa de madeira e pedra inanimadas, mas é composta por homens e mulheres. O próprio Cristo sendo a cabeça da casa. Isto é claramente ensinado por Pedro, que eram um daqueles aos quais Cristo falou quando disse, “ Na casa de meu pai há muitas moradas,” etc. Em 1 Pedro 2:3-5, temos as seguintes palavras, “Se é que já tendes a experiência de que o senhor é bondoso. Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a deus por intermédio de Jesus Cristo.” Depois o apóstolo Paulo na sua carta aos Efésios fala desta casa de Deus na qual foi prometido um lugar aos apóstolos. Quão bonita é a sua explicação. Ele mostra a casa de Deus em processo de formação e designa o lugar que os apóstolos ali terão. Escutem: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de deus no espírito.” (Efésios 2:19-22). Você verá a partir disto que o lugar preparado para os apóstolos nesta casa de Deus está nos alicerces, enquanto que todos os outros filhos como pedras vivas são edificados juntos nessa base e por fim chegam a ser morada de Deus no espírito. A obra de construir adequadamente este edifício ou casa de Deus foi dado a Cristo; ainda que seja a casa do Pai é a casa de Cristo também, porque ele foi designado cabeça da casa. É por isso que ele pode preparar um lugar para nós nessa morada. O escritor aos Hebreus refere-se a isto no capítulo 3:4-6 como se segue: “Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é deus... Cristo, porém, como filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.”

 

Se formos aprovados por ele no dia da sua vinda, nós, como sua “casa” o ajudaremos na administração das suas leis, pois, como Isaías profetizou, “Nos últimos dias, acontecerá que o monte da casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes... irão muitas nações e dirão: vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.” (Isaías 2:2-3). Esta casa constituirá um Templo literal para a adoração em Jerusalém, em adição à casa figurativa de pedras vivas que a Bíblia descreve como a Eclésia de Jesus ou comunidade de crentes. Quando Cristo voltar à terra, como certamente o fará, juntará a sua casa e torná-la-á numa casa real; pois os indivíduos que a comporão serão membros da casa do Rei de reis e Senhor de senhores. Mas devo parar por aqui, ou pensarão que quero açambarcar toda a conversa.”

 

Tenho estado muito interessada com as suas observações,” disse a Sra. Bereia, “e devo confessar que retira algo da força dos nossos argumentos sobre as palavras de Cristo em João 14. Mas existem outras passagens que não podem ser descartadas tão facilmente e que provam conclusivamente, a meu ver, que o céu é o galardão dos justos. Por exemplo, existe a declaração de Cristo no sermão do monte, Mateus 5:11, 12, “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.” Eis aqui, agora, uma declaração direta que conclusivamente estabelece o assunto, “grande é o vosso galardão nos céus.” Não acredita nisto, Sr. Estéfanas?”

 

Acredito, Sra. Bereia; Acredito com todo o meu coração, assim como em qualquer outra declaração deste velho livro. Mas acho que está a ler na passagem mais do que ela contém. Você entende que esta passagem ensina que os justo vão para o céu para serem recompensados?” perguntou o Sr. Estéfanas.

 

Certamente que sim,” respondeu a Sra. Bereia.

 

Mas isso não é declarado na passagem.”

 

Não, não com tantas palavras, mas está claramente implícito; se o galardão é no céu claramente que têm que ir lá para usufruir dele.”

 

Ah, não; não infere isso. Isso seria uma dedução perfeitamente razoável ser não houvesse outra informação sobre o assunto; mas não somos deixados com dúvidas sobre esse assunto; é nos dito claramente que o galardão é trazido até nós. No último livro da Bíblia, que contém a mensagem de Cristo, no final da mesma, no último capítulo, Apocalipse 22:12, o Mestre diz, “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” Nesta passagem Cristo ensinou que ele trará o galardão na sua vinda para dá-lo aos seus fieis seguidores na terra. Certamente ele não ensinou que eles vão ao céu para recebê-lo. Noutro lugar (Lucas 14:14) ele disse aos seus discípulos, “a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos.” Não no céu, por ocasião da morte! O apóstolo Pedro fala desta recompensa ou herança como estando reservada no céu para nós e que será revelada no tempo do fim e que será trazida quando Jesus Cristo for revelado: leia 1 Pedro 1:3, 4, 5, 13. Quando o apóstolo Paulo estava para morrer não se entregou a rapsódias acerca das moradas no céu, mas certamente lembrará o que ele disse, “já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” (2 Timóteo 4:8). O apóstolo Pedro dá-nos uma pista sobre o que significa “aquele dia”. Em 1 Pedro 5:4, diz, “Logo que o supremo pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.”

 

Você vê, Sra. Bereia,” disse Paulo Estéfanas, “os apóstolos, Paulo e Pedro, ambos esperavam o aparecimento de Cristo como o tempo em que seriam recompensados. Eles não esperavam ir para o céu. Sempre estiveram à espera que Cristo viesse, e continuamente exortaram os crentes a esperar e vigiar e a estarem preparados para a vinda do Senhor. Você pode ler os registos de todas as mortes registadas na Bíblia e não encontrará qualquer referência sobre alguém que tenha ido para o céu, ou para o seu galardão. Mas temos a declaração feita em João 3:13: “Ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu.” Depois temos a declaração em Atos 2:34 que David não ascendeu aos céus. E você sabe que David era um homem segundo o coração de Deus; claramente então se o céu tivesse sido designado por Deus como o lugar para onde vão os justos para receber o galardão por altura da morte. David certamente teria ido lá, e no entanto eis aqui uma declaração do apóstolo inspirado afirmando que ele não foi para o céu. Não, Sra. Bereia, a Bíblia nunca fala do céu como o galardão dos justos. Consegue pensar numa passagem das escrituras que afirme claramente que o céu é o lugar onde os justo recebem a sua recompensa?”

 

Bem, não com essas palavras,” respondeu a Sra. Bereia. “Há, no entanto, algumas declarações que para mim são difíceis de entender de outra forma; por exemplo há a parábola do homem rico e Lázaro; o pedido do ladrão na cruz, a oração de Estêvão ao morrer. Estas passagens sempre me pareceram ser provas conclusivas da doutrina em que acreditamos sobre o galardão dos justos; parecem pelo menos fortemente implicar que os bons vão para o céu para receber o seu galardão. Pode ser, no entanto, que você consiga encontrar uma explicação para elas como parece ter conseguido fazer com todas as outras passagens que citei.”

Asseguro-lhe, Sra. Bereia,” disse Paulo, “que estas passagens não apoiam a doutrina que você defende, assim como as outras passagens que citou, e são de fácil explicação também. O fato é que, Sra. Bereia, essa doutrina não é de maneira nenhuma Bíblica; encontra-se no Hinário da sua Igreja , e na sua Confissão de Fé, mas não na Bíblia. O ensino da Bíblia é completamente diferente, e é declarado em linguagem simples, tanto que uma criança poderia entendê-lo com facilidade. Suponha que vamos procurar na Bíblia a resposta à questão, “Onde serão os justos recompensados ou galardoados?” Que resposta encontramos? Oiça, “Eis que o justo recebe na terra a retribuição; quanto mais o ímpio e o pecador!” (Provérbios 11:31, ACF). Eis que temos aqui uma declaração clara, simples e direta que não pode ser contradita ou negada; diz-nos que os justos serão recompensados na terra (não no céu). O Senhor fala-nos outra vez e diz (Provérbios 10:30) que, “O justo nunca será abalado, mas os ímpios não habitarão a terra.” Como pode ver, Sra. Bereia, os justos não irão receber o seu galardão na terra para então partir para uma outra esfera da existência; eles não serão levados ao céu depois de receberem o seu galardão no juízo, mas segundo esta afirmação inspirada eles nunca serão removidos da terra.”

Eu já ouvi essa passagem ser interpretada de uma maneira bem diferente,” disse a Sra. Bereia.

De veras? Gostaria de ouvir qual é a sua interpretação,” disse o Sr. Estéfanas.

Bem, eu sempre ouvi explicar que significa que em cada terra e em cada geração Deus removeria os maus e só permitiria que os justos vivessem em paz na terra.”

Mas certamente, Sra. Bereia, você não pode aceitar tal interpretação. Os fatos estão de tal maneira contra isso que não vejo como alguém pode acreditar nisso. Não é um fato testificado pela história que desde os dias dos nossos primeiros pais, que os ímpios têm tido a ascensão na terra e que os justos têm sido poucos, fracos e oprimidos e que o seu consolo tem sempre sido que Deus um dia interferiria nos assuntos dos homens e tiraria a terra das mãos dos ímpios? Mas Ele ainda não o fez como podemos ver ao olharmos para as condições que existem hoje na terra. Certamente, Sra. Bereia, não contenderá que nos dias de hoje os ímpios não habitam na terra, e que só os justo habitam nela?”

Bem, não, Sr. Estéfanas, eu posso ver que a interpretação que apresentei não se harmoniza com os fatos; na verdade, enquanto você falava veio-me à memória que em alguns casos onde existiram na terra condições bem adversas; por exemplo, no primeiro século depois de Cristo os justos foram destruídos e removidos ao serem atirados aos animais selvagens; queimados em estacas; cortados em bocados, e de muitas outras maneiras torturados e destruídos; aqueles que escaparam às torturas e morte só conseguiram fazê-lo escondendo-se em antros e cavernas e lugares ermos da terra. Nesses dias os justos foram removidos e os ímpios habitaram a terra, e sou livre para admitir que tem sido assim até certo ponto em cada era, e de fato é fácil ver que nunca houve um tempo em que essa declaração de Salomão tenha-se cumprido.

Fico contente em ouvi-la dizer isso, Sra. Bereia, porque isso a ajudará a aceitar a verdade do assunto quando lhe for apresentada. Recordará, Sra. Bereia, que está registado que os discípulos de Cristo lhe pediram que os ensinasse a orar, e ele ensinou-lhes aquela oração que veio a ser conhecida como “A oração do Pai Nosso,” e entre outras coisas nessa oração que ele os ensinou a orar “Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” Sra. Bereia até que ponto pensa que a vontade de Deus é feita no céu?”

Completamente e absolutamente, claro,” disse a Sra. Bereia.

Então, você pensa que esta oração será alguma vez respondida e que a vontade de Deus será feita na terra como é agora feita no céu?” perguntou o Sr. Estéfanas.

Suponho que assim seja, pois Cristo não ensinaria aos seus discípulos a orar por algo que Deus não pensava conceder,” respondeu a Sra. Bereia.

Então está pronta a aceitar os fatos de que virá um tempo quando a vontade de Deus será completamente e perfeitamente feita na terra.”

Sim, parece não haver escapatória para essa conclusão.”

Então, quando isto acontecer, como certamente acontecerá, qual será o caráter dos habitantes da terra?”

Bem, suponho que sejam justos, de outra maneira a vontade de Deus não seria feita na perfeição,” respondeu a Sra. Bereia.

Exatamente, antes que esta petição na Oração do Pai Nosso possa ser cumprida a terra deve estar repleta com uma população completamente justa e os iníquos devem ser erradicados. A vontade de Deus não pode ser feita na terra como é no céu se existir nem que seja um ímpio na terra; por isso esse tempo virá quando não habitarem ímpios na terra, e como Salomão diz acerca desse tempo e da população justa, “O justo nunca será abalado.”

Devo confessar, Sr. Estéfanas, que o seu argumento é muito forte. Parece impossível escapar a conclusão a que você chegou.”

Só apresentei uma pequena parte da evidência contida nas escrituras. Escute as palavras do Salmista, “Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra.” (Salmo 37:9). Quanto tempo permanecerão na sua herança da terra? Escutem: “O SENHOR conhece os dias dos íntegros; a herança deles permanecerá para sempre”; e também “os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre” (Salmp47: 29); e ainda, “Espera no SENHOR, segue o seu caminho, e ele te exaltará para possuíres a terra; presenciarás isso quando os ímpios forem exterminados” (Salmo 37:34).”

A verdade é que, Sra. Bereia,” continuou Paulo, “todo o propósito de Deus como é revelado na Bíblia, é encher a terra com a glória de Deus (Números 14:21, Habacuque 2:14, Isaías 11:9). Agora, no que diz respeito a nós...”

Desculpe, Sr. Estéfanas,” interrompeu a senhorita Hamilton, “mas estou profundamente interessada na declaração que acabou de fazer. Algum tempo atrás durante a minha leitura, encontrei a passagem que acabou de citar, as palavras exatas são: “Tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR.” Suponho que devo tê-la lido muitas vezes antes, mas nunca me impressionou tanto como dessa ocasião. Isto aconteceu, talvez, porque nessa ocasião por casualidade estava numa atitude meditativa, e depois de parar para refletir e perguntar a questão: Como? Quando? Pensei sobre isso durante muito tempo, e recordo-me, que uma noite depois de ir para o quarto não conseguia dormir pensando nisso, mas não consegui encontrar uma resposta para a questão. “Como é que a terra se encherá da glória do Senhor?” De manhã perguntei isso ao meu pai, e fui repreendida por ele por me preocupar com questões sem proveito. E desde então tenho tentado esquecer mas a sua observação um momento atrás trouxe tudo de volta à minha mente. Espero que não me considere mal educada por lhe interromper a meio das suas observações. Na verdade não consegui resistir ao impulso que me sobreveio no momento que mencionou o assunto e agora, se a Sra. Bereia não se importa e se você estiver de acordo, gostaria de ouvir a sua teoria sobre o texto em questão.”

A Sra. Bereia anuiu com um aceno, e todos olharam na direção de Paulo Estéfanas e esperaram pela sua resposta.

 

Não houve qualquer hesitação de sua parte. “Antes de mais quero dizer,” disse ele, “que não tenho qualquer teoria pessoal sobre o assunto.”

Uma expressão de desilusão apareceu no rosto de Doris Hamilton.

Que pena,” disse ela, “Pensei que poderia explicar-ma.”

E posso, fico agradecido em dizer-lo, mas não por uma teoria minha,” respondeu Paulo. “E espero sinceramente que ninguém de vocês pense que sou tão tolo em sentar-me aqui e gastar o vosso tempo assim como o meu relatando as minhas próprias teorias e opiniões. As opiniões e teorias humanas em assuntos de religião não têm qualquer valor. Faz tempo que joguei fora as minhas, e qualquer conhecimento que possuo agora do assunto não é originalmente meu, mas é copiado diretamente do livro de explicações de Deus, a Bíblia. Terei muito agrado, senhorita Hamilton, dirigir a sua atenção para a própria resposta de Deus para a questão: “Como se encherá a terra com a glória do Senhor?”

A resposta é muito simples quando você permite que as escrituras falem por si mesmas. O Salmista, ou melhor, Deus através do Salmista, dá-nos a chave para a resposta. Ele diz, “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de deus” (Salmo 50:23). Segundo esta passagem, a glória a Deus é gerada pela oferta de ações de graças aceitáveis a Ele. Já notamos que Cristo ensinou os seus discípulos a orarem, “Venha o teu reino, faça-se a tua vontade assim na terra como no céu.” Quando esta oração for atendida, teremos na terra uma população justa que ao oferecer continuamente adoração a Deus, a terra se encherá com a Sua glória. Temos uma previsão profética do espírito sobre esse grandioso dia no Salmo 96. Eis aqui algumas expressões no Salmo, “Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, todas as terras. Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas... Tributai ao SENHOR, ó famílias dos povos, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios.” Quando chegar esse grandioso dia, o cântico profético que os anjos entoaram no nascimento de Cristo se cumprirá. “Glória a deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.”

Então você pensa que será uma glória mais mental que física,” disse a senhorita Hamilton.

Será tanto mental como física,” respondeu Paulo, “não há somente a glória que vem da adoração e ação de graças mas também o esplendor da glória que irradiará de uma multidão de seres glorificados.”

O que quer dizer com “seres glorificados,” Sr. Estéfanas?” perguntou a senhorita Hamilton.

Quero dizer seres, homens e mulheres que foram feitos imortais, iguais aos anjos de maneira que já não possam morrer mais (Lucas 20:26). Que se tornaram participes da natureza divina (2 Pedro 1:4) e que terão sido elevados a honra esplêndida nessa era gloriosa. (Salmo 149). Lembra-se, sem dúvida, que quando Paulo foi a Damasco para perseguir os santos, Cristo apareceu-lhe no caminho e luz que o envolvia era tão grande que Paulo caiu ao chão e ficou cego por vários dias; a glória dessa luz foi demasiado forte para os olhos mortais de Paulo, e o apóstolo João diz-nos que nesse grandioso dia que virá vermos o Senhor como ele é; porque seremos como ele (1 João 3:2) ou seja, seremos imortais, com natureza divina, iguais como ele o é agora, e por tanto poderemos observar a sua glória. Paulo diz-nos claramente que Cristo virá e “o transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória...” (Filipenses 3:21). E também recordará, sem dúvida, quando Moisés subiu ao monte para falar com Deus, e quando voltou aos israelitas, a sua face brilhava com tal esplendor de glória que o povo não podia olhar para ele até que colocou um véu sobre a face para suavizar essa glória. Isto era uma mera reflexão da Glória Divina, e no entanto era mais do que os mortais podiam aguentar. Pedro diz-nos que seremos participes da Natureza Divina (2 Pedro 1:4). Nesse tempo não será meramente um reflexo da Glória de Deus que teremos, mas estará em nós como parte da nossa natureza; estaremos repletos dela. Pense, então, da glória que encherá a terra quando esta se encher de uma população que estará cheia da glória de Deus, porque serão participes da Sua natureza. Suponho que o apóstolo Paulo teria isto em mente quando disse, “porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8:18). O Salmista também se refere a isto quando diz, “porque o SENHOR se agrada do seu povo e de salvação adorna os humildes. Exultem de glória os santos...” (Salmo 149:4-5). Eu considero, no entanto, esta glória exterior, como a menos importante.”

Porque a considera a menos importante?” perguntou a senhorita Hamilton.

Porque,” respondeu Paulo, “não é mais do que a manifestação exterior do agrado de Deus por nós, devido aquela outra glória, a qual possuímos e a qual é, na realidade, a realização mais importante de Deus com a raça humana, nomeadamente, um caráter como o de Deus. Deus pode a qualquer momento enviar uma grande explosão de luz resplandecente que seria mais do que a humanidade poderia suportar. Podia fazer isso num momento, mas tomou séculos para produzir os carateres refinados, lindos e piedosos que serão os possuidores permanentes da terra e filhos adotivos de Deus. Eles são como pedras preciosas, foram escavadas da dura mina que a carne pecaminosa. Você talvez lembre que a arca da aliança estava coberta por dentro e por fora por ouro puro. Isto ensina-nos a ordem pela qual Deus trabalha connosco; primeiro temos que ser feitos gloriosos por dentro, como a filha do rei no Salmo 45, e depois seremos feitos gloriosos por fora por Deus nesse glorioso dia que dentro em breve chegará. A glória que encherá a terra então é o povo glorioso que fará com que os seus montes e colinas ressoem com a aclamação da Sua adoração, dizendo, “tu és digno, senhor e deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Apocalipse 4:11). Mas agora devo ir, vejo que já fiquei mais tempo do que esperava ficar,” disse Paulo, levantando-se para ir embora.

Temos estado tão profundamente interessados que não demos conta da hora,” disse a senhorita Hamilton, “E quero agradecer-lhe por me explicar essa passagem, que me mantinha tão perplexa.”

Espero sinceramente, senhorita Hamilton, que veja claramente o caminho para aceitar esta explicação Bíblica de como a terra se encherá da glória de Deus,” disse Paulo. “Veja,” continuou ele, “se estivesse correta a ideia moderna de que os justos por altura da morte vão para o céu e a terra será destruída, então estas coisas tão elaboradas nas escrituras não podem ser verdadeiras, e Deus se seria autor de confusão. Eu acho, no entanto, que nenhum de vocês tomaria o partido de que a Bíblia é falsa; daí, têm que aceitar a sua proclamação clara de que “os mansos herdarão a terra... a herança deles permanecerá para sempre”(Salmo 37:11,18). Bem, boa noite, Sra. Bereia.”

Boa noite, Sr. Estéfanas, e venha mais vezes.”

Timóteo acompanhou Paulo à porta, e quando lhe deu a mão, em despedida, disse-lhe, “Sr. Estéfamas, gostaria de ter o seu conhecimento das Escrituras. Foi muito edificante escutá-lo esta noite.”

Bem, tenho a certeza que as Escrituras não são minha possessão pessoal, Sr. Bereia,” respondeu Paulo. “Você pode, ser quiser, obter um conhecimento satisfatório da Palavra Divina.”

Não sei,” disse Timóteo. “Eu tenho lido a minha Bíblia a vida inteira e no entanto não parece que saiba muito sobre o que realmente contém.”

Isso é porque tem estudado a Bíblia sem a chave,” disse Paulo.

Não estava ciente de existir uma chave,” respondeu Timóteo.

Há uma chave,” disse Paulo, “e sem ela, as Escrituras mantêm-se fechadas para o investigador. Em alguma ocasião quando tenhamos oportunidade, mostrar-lhe-ei o que considero ser a chave para abrir as Escrituras. Não posso mantê-lo mais tempo aqui. Boa noite, Sr. Bereia. Espero vê-lo dentro em breve.”

Quando Timóteo voltou à sala, encontrou Doris Hamilton preparada para ir para casa. “Já preparada para ir para casa? Qual é a pressa, Doris?” perguntou Timóteo.

Mas Timóteo, basta olhares ao relógio, já passa das onze,” respondeu Doris.

É verdade,” disse Timóteo olhando para o relógio, “vou preparar a carroça; estarei pronto em cinco minutos.”

Não precisa, Timóteo; hoje vamos a pé, está uma noite linda com luar, ideal para uma caminhada,” disse Doris.

Por mim tudo bem,” disse Timóteo. “Gosto de caminhar ao luar; especialmente quanto tenho boa companhia; e para além disso a pé levamos mais tempo e assim podemos conversar mais.”

 

Os jovens logo estavam no caminho rural, dirigindo-se para a casa de Doris. O caminho para a residência dos Hamilton levou-os pelo lado de uma encosta onde a aldeia estava aninhada. O caminho tinha uma vista privilegiada do vale no qual cada árvore, campo e telhado estavam cobertos pelo límpido e suave luar prateado, e pelo qual as colinas no outro lado do vale se viam delineadas. Era uma daquelas noites que nos fazem arrepender de passar o resto da noite dentro das paredes do nosso quarto quando a natureza nos chama a desfrutar da sua calmante e insidiosa influência. Cerca de meio quilómetro da casa de Timóteo, o caminho descia para um nível mais baixo, e era cortado por um riacho, sobre o qual uma ponte tinha sido construída.

A paisagem era fascinante. Quem estiver encima da ponte e seguir a direção do riacho com a o olhar, poderá ver ao fundo no seu curso o luar a refletir na água, com aqui e ali a sombra de uma árvore atravessando o curso de água.

É uma cena de tranquilidade e paz. O silêncio só é quebrado pelo riso borbulhante do riacho; ao contemplar a cena, fica-se impressionado como nunca antes pela força da declaração profética sobre Jerusalém, “eis que estenderei sobre ela a paz como um rio” (Isaías 66:12).

A ponte era um lugar favorito para Timóteo e Doris; muitas horas prazerosas eram passadas lá, mas esta noite estavam estranhamente absorvidos por outros assuntos. Doris tinha recebido uma resposta para a questão, que durante algum tempo a perturbara. Ela não podia negar a verdade Bíblica da resposta, e no entanto a sua equanimidade estava profundamente perturbada pelo fato de ao aceitá-la envolveria o sacrifício da sua crença mais acarinhada. Ela tinha pedido de propósito a Timóteo que caminhassem até sua casa para discutirem o assunto pelo caminho.

Timóteo abriu a conversação, “Bem, Doris, tiveste uma oportunidade de ouvir o Sr. Estéfanas esta noite,” disse ele. “O que achaste dos seus argumentos?”

Para ser sincera, Timóteo, fiquei muito impressionada com o que ele disse; procurei em vão na memória por uma resposta para o seu raciocínio. Ele parecia não deixar terreno onde me firmar. Achas possível que estes estimados dogmas da nossa fé, que são a herança deixada por gerações passadas e elos quais os nossos antepassados derramaram o seu sangue – achas, Timóteo, que possam ser falsos?”

 

Não gosto da ideia, Doris,” respondeu Timóteo, “mas como tu, não consegui encontrar terreno firme onde me firmar, e no que diz respeito aos nossos antepassados, tu sabes, Doris, se seguirmos a nossa ascendência até ao passado remoto, encontrá-los-emos submersos em ignorância e superstição. Também fiquei profundamente impressionado com o pensamento que acabas de expressar, e tenho tentado encontrar uma resposta para isso. Vejo que os cristãos com os quais falou o apóstolo Pedro tiveram uma experiência similar; Pois ele relembra-os que foram redimidos da vã maneira de viver recebida pela tradição de seus pais (1 Pedro 1:18). Por isso é evidente que eles tiveram que colocar de lado as tradições dos seus pais quando aceitaram o evangelho pregado por Pedro.”

Isso não é o único ponto,” respondeu Doris, “olha para as pessoas inteligentes que estudam e pregam a nossa fé que amam e reverenciam a Bíblia; se o que este homem nos disse esta noite é verdade a inteligência não lhes aproveitou de nada e estão enganados e iludidos; pensas que isso é possível?”

O que aconteceu no passado pode muito facilmente acontecer novamente,” respondeu Timóteo.” Na verdade, vemos que a história se repete. Vê o apóstolo Paulo antes da sua conversão a Cristo; instruído aos pés de Gamaliel, educado de uma maneira insuperável nos seus dias, completamente versado nas Escrituras, e no entanto totalmente enganado e iludido sobre o seu verdadeiro ensino, cheio de zelo em sua falsa crença e perseguindo aqueles que realmente conheciam “a Verdade,” e que eram na maioria pobres, iliterados e desprezados. Lembrar-te-ás como ele veio a reconhecer que a sua instrução e inteligência não tinham lhe aproveitado de nada, no que diz respeito a encontrar “a Verdade; e depois da sua conversão ele comentou em certa ocasião, “pois está escrito: destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos,” e também, “o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria” (1 Coríntios 1:19, 21). Ao falar aos seus próprios compatriotas, noutra ocasião disse: “porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por deus, porém não com entendimento” (Romanos 10:2). Assim, podes ver, Doris, que não é uma questão de inteligência ou sabedoria mundana nem sequer zelo, mas uma questão de ter o entendimento correto do que as Escrituras ensinam.”

Vejam só! Timóteo, quase pensaria que és um discípulo do Sr. Estéfanas,” disse Doris.

Não há perigo disso Doris,” disse Timóteo. “O Sr. Estéfanas não quer discípulos que o sigam, ficaria muito indignado perante tal sugestão. Não me surpreenderia, no entanto, se ele tivesse êxito em mudar materialmente as minhas ideias no que se refere ao que as Escrituras ensinam sobre a salvação.”

Achas possível que alguma vez possas vir a deixar a igreja?” perguntou Doris num tom sério.

 

Acho que sim, Doris, se estiver completamente convencido que está errada,” respondeu Timóteo.

Temo, Timóteo, que o Sr. Estéfanas tinha tido uma má influência sobre ti; tenho a certeza que os argumentos dele podem ser respondidos à altura: vou falar com o meu pai e pedir-lhe que se encontre com este homem que anda perturbando a nossa equanimidade religiosa e ver se o silencia de uma vez por todas.” Doris falou com muita veemência, e podia-se ler claramente a determinação na sua cara. Por essa altura já tinham chegado à casa de Doris e despediram-se com um “Boa noite.”

Doris foi para o quarto com a mente perturbada; parecia ter a premonição do mal que se aproxima. Os eventos da noite tinham-na agradado primeiro mas depois alarmaram-na, e agora, não importa o quanto tentasse, não conseguira tirar o assunto da cabeça, e só muito mais tarde conseguiu dormir pondo fim às suas perturbadas cogitações.

(Original: Preaching the Truth, A Narrative Reciting the Experiences of a Christadelphian Preaching,"The Truth as it is in Jesus", tradução por S. Mestre)