S. Mestre, 05.03.20
O verdadeiro significado do ensino de Paulo “Seremos arrebatados entre nuvens” (1 Tessalonicenses 4:17).
O tema do Retorno de Cristo deve ser um assunto de grande alegria, e não de medo. Só a presença dele será capaz de retirar o mundo do poço de mal e ruindade em que se afundou. O mundo precisa de um Ditador sábio, que pondo todos os partidos de lado, proverá a humanidade com uma forma de governo justa, e forçará sua adoção universal. Tal homem é uma impossibilidade na esfera humana, e mesmo que fosse encontrado, o mundo recusaria aceitá-lo, e o mataria primeiro antes entregar sua liberdade de se governar a si mesmo.
Mas Deus escolheu um dia no qual julgará o mundo em justiça através desse homem, que Ele escolheu para esse propósito, garantindo isso a todos os homem ao ressuscitá-lo de entre os mortos (Atos 17:31). Esse homem é o Senhor Jesus Cristo, semente de Abraão, no qual foi prometido que todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gál. 3:8,16); a semente de David (Mateus 1:1) que ocupará o seu trono no tempo estabelecido, e de Jerusalém governará o mundo em paz e equidade (Lucas 1:32); Daniel 7:14); Isaías 9:6-7).
Aconselhamos o exame cuidadoso, ponderado e crítico do conteúdo deste livro. Leia-o juntamente com a Bíblia. Tome tempo para estudar as referências Bíblias citadas no texto e o seu contexto.
O SEU ENVOLVIMENTO NO RETORNO DE CRISTO
O Que é o Arrebatamento?
Muita gente por esse mundo fora vivem com medo ou antecipação do que é descrito como O Arrebatamento.
A ideia de um arrebatamento no retorno de Cristo está recebendo cada vez mais apoio no mundo religioso. É dito, com base no ensino da Bíblia, que os crentes serão arrebatados da terra e levados para o céu quando o Senhor aparecer. Livros dramáticos têm sido escritos descrevendo essa experiência antecipada. Um desses livros que tenho aqui à minha frente faz referência a Cristãos desaparecendo, alegando que na segunda vinda de Cristo, milhões de pessoas subitamente desaparecerão. Afirmando:
“Quando o Arrebatamento (ou Segunda Vinda de Cristo) vier, não somente separará os crentes dos descrentes, mas separará maridos de mulheres, irmãos de irmãs, e amigos de amigos.
Num piscar de olhos, você poderá descobrir que a sua mulher não mais está na cozinha, ou você poderá telefonar para o escritório de seu marido e saber que ele de repente desapareceu.
Você pode estar num piquenique com seus filhos, e num instante se apercebe que eles simplesmente desapareceram.
Você pode estar dirigindo na estrada e de repente vê dois ou três carros desgovernados sem condutor.
Você pode estar num avião e de repente o piloto desaparece e o copiloto tem que tomar o controlo da aeronave.
E muito possivelmente, poderá estar sentado na igreja num domingo de manhã e numa congregação de 500 pessoas, subitamente 30, 40 ou 50 simplesmente desaparecem da audiência e no entanto você e centenas de outros são deixados na terra, incluindo o ministro!
Esta é a cena que acontecerá quando Cristo retornar à terra para receber os santos para Si mesmo.
Isto é comummente conhecido como Arrebatamento, ou a Segunda Vinda de Cristo.”
O mesmo livro provê um relato muito dramático e ficcional do que o autor considera acontecer nesse tempo, e pede aos seus leitores para que se preparem para essa crise eminente.
O livro “Como Acabará o Mundo” de S. Kirban, afirma ser um êxito de vendas, com vendas superiores a 250 000 cópias só nos Estados Unidos da América.
A pedido de muitos leitores, examinamos este ensino à luz da Bíblia.
Cristo Voltará
Antes de mais, deve ser reconhecido que Cristo retornará pessoalmente e visivelmente à terra, da mesma forma como subiu ao céu.
Não existe absolutamente qualquer dúvida sobre isto, pois é claramente predito na Bíblia, e os sinais políticos que anunciam o seu retorno, são evidentes nos dias de hoje.
Primeiro, considere algumas provas. Escrevemos “algumas”, porque as referências na Bíblia, ao retorno de Cristo são inumeráveis. A Bíblia contém mais de trezentas referências a este evento. Tenho à minha frente, um livro grosso de mais de 400 páginas com o título A Bíblia da Segunda vinda que contém somente extratos da Bíblia nos quais se faz referência à segunda vinda, suplementados por algumas notas de rodapé.
Na verdade, pode-se dizer com verdade, que se alguém não acredita na Segunda Vinda de Cristo, essa pessoa não acredita no ensino básico da Bíblia, pois é absolutamente fundamental para a sua compreensão.
A Segunda Vinda é ensinada, não meramente com linguagem figurada ou símbolo, mas também com declarações claras e diretas que são fáceis de entender.
Eis aqui algumas dessas declarações:
“Então, se verá o filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória” [Cristo aos seus discípulos”] (Lucas 21:27).
“Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” [Anjos aos Apóstolos] (Atos 1:11).
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo… ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade” [Pedro pregando o Evangelho] (Atos 3:19-21).
“Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” [Paulo explicando o processo da ressurreição] 1 Cor. 15:23).
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele” [João revelando o impacto da vinda de Cristo] (Apocaplipse 1:7).
Para além disso, as evidências revelam que Cristo não somente retornará, mas que estamos vivendo na época de sua segunda vinda.
Isto é demonstrado pelo cumprimento de profecias Bíblicas no nosso tempo. O aumento da permissividade, violência, crime, e o repúdio geral dos princípios divinos, estão de acordo com o aviso profético de Cristo, “Assim como foi nos dias de Noé, e Ló, assim será no dia em que o filho do homem se manifestar” (Lucas 17:26-30). O aumento do medo no mundo, tensão, rivalidades internacionais mostram quão verdadeira foi a sua predição de que a sua vinda seria apresentada com uma época de “angústia entre as nações em perplexidade,” “homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo” (Lucas 21:25-26). Acima de tudo, o reavivamento de Israel como nação é um testemunho claro ao cumprimento de tais predições como as que se seguem:
“Levantar-te-ás e terás piedade de Sião(Israel); é tempo de te compadeceres dela, e já é vinda a sua hora… porque o SENHOR edificou a Sião, apareceu na sua glória… ficará isto registrado para a geração futura…” (Salmo 102:13-18).
“Assim diz o SENHOR deus: eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei para a sua própria terra. Farei deles uma só nação na terra, nos montes de Israel, e um só rei será rei de todos eles” (Ezequiel 37:21-22).
Esta profecia antecipava um crescimento em três frentes no renascimento de Israel. Primeiro: a restauração do povo (que começou a partir do ano 1917 com a proclamação da Declaração de Balfour convidando os Judeus a retornarem à terra dos seus antepassados). Segundo: O renascimento da nação (proclamado pelo decreto da ONU em 1947). Terceiro: O estabelecimento de uma monarquia (que ainda está para se cumprir quando Cristo voltar, de acordo com o seu título “O Rei dos Judeus” – Mateus 2:2; 27:37).
Duas partes desta profecia tiveram cumprimento nos nossos tempos: esperamos pela terceira parte – o estabelecimento da monarquia sob Cristo. Ele profetizou:
“Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lucas 21:24).
A ocupação de Jerusalém por Israel em 1967 é de grande significado à luz da predição de Cristo. Hoje, pela primeira vez em 2000 anos, Israel tem controlo da sua antiga capital.
Com que propósito Cristo retornará?
Cristo retornará para trazer o cumprimento do propósito de Deus iniciado faz 2000 anos. Esse propósito envolve o seu reinado na terra como Rei sobre um mundo em paz.
Isto não virá a acontecer sem grandes revoluções políticas e mudanças dramáticas por toda a terra.
Por fim, todas as nações estarão sujeitas à sua autoridade e regência. Jerusalém será reconstruída como a cidade-Templo para adoração universal, e se tornará a metrópole do império mundial que ele controlará. Tornar-se-á o centro da sua administração de onde sairão o seu ensino e lei para todo o mundo. Novamente citamos o testemunho inequívoco e claro das Escrituras:
“Nos dias destes reis, o deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44).
“Porque convém que ele(Cristo) reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” (1 Coríntios 15:25).
“A nação e o reino que não te servirem perecerão” (Isaías 60:12).
“O reino do mundo se tornou de nosso senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 11:15).
“Como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o SENHOR deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações” (Isaías 61:11).
“Este(Cristo) será grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus, o senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32-33).
“Quando o SENHOR dos exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá glória” (Isaías 24:23).
“Naquele tempo, chamarão a Jerusalém de trono do SENHOR; nela se reunirão todas as nações em nome do SENHOR e já não andarão segundo a dureza do seu coração maligno” (Jeremias 3:17).
“Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém(para a guerra) subirão de ano em ano para adorar o rei, o SENHOR dos exércitos…” (Zacarias 14:16).
“Jerusalém… [a] cidade do grande rei” (Mateus 5:35).
“O SENHOR será rei sobre toda a terra” (Zacarias 14:9).
Estas referências claramente ensinam que o Senhor reinará na terra a partir da cidade de Jerusalém. Revelam que Deus intervirá nos assuntos do mundo, e que no final as condições na terra serão tais, que o cântico dos anjos por ocasião do nascimento do Senhor, e o pedido na oração do Pai Nosso se cumprirão:
“Glória a deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14).
“Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10).
O Senhor não reinará sozinho. Ele requererá associados na governação das nações. A chamada do Evangelho é um convite para nos identificarmos com Cristo agora, para que então reinemos com ele.
Novamente, no que toca a este assunto, o ensino da Bíblia é explícito:
“Fiel é esta palavra… se perseveramos, também com ele reinaremos” (2 Timóteo 2:11-12).
“Foste(Jesus) morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra” (Apocalipse 5:9-10).
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade(receberão a vida eterna); pelo contrário, serão sacerdotes de deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos” (Apocalipse 20:6).
“Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações” (Apocalipse 2:26).
A Bíblia ensina que, quando o Senhor Jesus retornar à terra, ele primeiro virá aos seus. Sem que o mundo o saiba, ele ressuscitará aqueles que creram nele, e recompensará os justos com a vida eterna(Romanos 2:6-7). Eles constituirão a aristocracia imortal do Reino que ele estabelecerá na terra. Em sua companhia, ele estabelecerá o seu governo em Jerusalém, e exigirá a obediência de todas as nações (Salmo 2). Alguns se submeterão, outros resistirão. Os primeiros serão incorporados como os súbditos mortais da teocracia que ele estabelecerá na terra; os últimos serão compelidos pelo poder divino que ele usará para sujeitar todos ao seu governo. Finalmente “Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam” (Salmo 72:11). Um estado de paz e equidade será estabelecido na terra:
“Nos últimos dias, acontecerá que o monte da casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Isaías 2:2-4).
“O reino do mundo se tornou de nosso senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 11:15)
“O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos DEBAIXO de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Daniel 7:27).
Note que as Escrituras citadas definem a localização do Reino a ser estabelecido como sendo NA terra e DEBAIXO do céu. Este facto é importante em vista das noções atuais sobre o chamado arrebatamento.
Foram Preditas Grandes e Dramáticas Mudanças
O reino de Cristo na terra não será estabelecido sem grandes e dramáticas mudanças na terra. As nações não se submeterão de vontade ao seu governo, mas serão humilhadas pelo derramamento do julgamento divino no fogo do Armagedão e seu rescaldo. O resultado será um terramoto político sem precedentes na história. A ordem política presente será completamente derrubada para abrir caminho para a nova ordem mundial de Cristo. As teorias políticas atuais serão descartadas quer sejam Comunistas, Capitalistas, ou Democráticas; e serão substituídas por um novo sistema: a teocracia. Isto incluirá uma ditadura benévola que elevará Deus na consideração da humanidade, enquanto provê as necessidades dos humanos. Será estabelecida com base na verdade e trará claramente à atenção de toda a humanidade os factos concernentes com a revelação divina. Por estes meios, o propósito de Deus na criação será cumprido, e “toda a terra se encherá da glória do SENHOR” (Números 14:21).
Mas embora o estabelecimento do governo de Cristo na terra inclua uma quebra dramática com as condições presentes, e vastas alterações por todo o mundo, o chamado arrebatamento no sentido usado pelas igrejas contemporâneas não está incluído. Porque então as pessoas parecem tão entusiasmadas com isso?
O Arrebatamento: Uma invenção da Imaginação
Isso acontece porque eles falharam no entendimento do ensino básico sobre a segunda vinda de Cristo como apresentada acima, e isso desencaminhou-os por uma interpretação errada de uma única passagem das Escrituras.
É declarado que a doutrina do arrebatamento é ensinada em 1 Tessalonicenses 4:13-18:
“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o senhor. depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
Esta declaração do Apóstolo Paulo é uma mistura de expressões literais e figurativas que combinadas, expressa de forma muito bonita o propósito de Deus para aqueles que querem seguir o Senhor Jesus. Infelizmente, na mente de alguns gerou-se uma confusão, porque eles falharam em distinguir o literal do figurado, e daí colocaram Escritura contra Escritura.
Por exemplo, o Apóstolo descreve a reunião com o Senhor “nos ares”, e conclui, “e assim estaremos sempre com o Senhor.”
Mas outras passagens das Escrituras revelam claramente que os crente imortalizados “reinarão sobre a terra” (Apocalipse 5:10), não “no ar” ou no céu. Na verdade, é claramente declarado que o seu domínio e esfera de governo será “debaixo de todo o céu” (Daniel 7:27).
Considere também outras citações citadas anteriormente. O Apóstolo declarou que o Senhor retornará do céu com “dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de deus,” e os mortos em Cristo ressuscitarão. A partir disto, alguns imaginam que o Senhor retornará com um “grito” real, tão sonoro e penetrante, como que para “acordar os mortos,” mas isto entra em conflito com outras declarações que afirmam que ele retornará “como o ladrão” (Apocalipse 16:15) - e um ladrão não anuncia a sua presença dessa forma!
A palavra traduzida “palavra de ordem” ou “alarido”(RC) é keleusma, e significa chamamento com autoridade e não é necessariamente audível a não ser para aqueles aos quais é dirigido. Na Septuaginta(tradução Grega do AT), a mesma palavra é usada em Provérbios 30:27 “Os gafanhotos, que não têm rei, contudo a uma palavra de ordem(keleusma), avançam juntos em fileiras”. A “palavra de ordem” à qual os gafanhotos obedecem , é a voz do instinto, e é só “ouvida” por aqueles a que é dirigida.
A “palavra de ordem” de 1 Tessalonicenses 4:16 é a palavra de ordem que fara com que os crentes mortos vivam novamente, e, certamente, não será audível aos outros. Um sussurro de um anjo pode acordar os mortos, quando levado acabo pela ordem daquele que é a ressurreição e a vida. Isto será um grande “alarido” mas inaudível para os ouvidos de carne.
No tempo da criação, Deus falou, e a terra produziu(Salmo 33:6-9); e assim será nesta “nova criação,” Cristo falará e aqueles “escutarão”, aos quais as suas palavras de vida serão dirigidas:
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:28-29).
O termo “todos” usado neste contexto é um termo relativo, pois, de facto, nem “todos” ressuscitarão (veja Isaías 26:14; Salmo 49:15-20; Salmo 88:5). A ressurreição acontece com o propósito do julgamento, para que só aqueles são responsáveis perante Deus serão ressuscitados dos mortos (conf. Efésios 2:11-13).
O temos “todos” como é usado neste versículo, é governado pela palavra túmulos. E não hades, a palavra Grega comummente usada para “túmulo,” mas sim mnemeion que significa sepultura memorial: uma sepultura mantida em memória. Comparativamente poucas são as sepulturas que Deus lembrará na vinda de Cristo, pois a maioria da humanidade corresponde à descrição do Salmo 88:5: “os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras.”
A “palavra de ordem” ou “alarido” é também descrita nas Escrituras como “a voz do arcanjo.” O único arcanjo mencionado nas Escrituras é Miguel (Judas 9), e em Daniel 12:1 este nome é aplicado ao Senhor Jesus. O profeta declara que quando Miguel o grande príncipe se manifestar na terra “muitos(não todos) dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12:2).
Paulo também ensinou que o Senhor retornará com a “trombeta de Deus”. Aqui, mais uma vez, ele está usando a muito significativa e interessante linguagem simbólica, inteligível somente para aqueles que procuram o seu significado literal na Bíblia, mas não aqueles que interpretam os termos literalmente.
A simbologia é tomada da Lei de Moisés. Israel tinha uma vez por ano o Dia da Expiação que era precedido pelo sonido de trombetas memorial (Levítico 25:9; 23:24). Isto chamava o povo para que se reunisse e sacrificasse ao Senhor, e recebesse o perdão dos pecados. Isso prefigurava o grandioso Dia de Expiação para os crentes, quando os mortos responsáveis de todas as eras passadas serão ressuscitados, e com os crentes que estiverem vivos, serão chamados juntos para o julgamento e recompensa.
Em 1 Tessalonicenses 4:13-18, então, Paulo está usando linguagem simbólica para dar mais significado e ilustração à doutrina literal da ressurreição e julgamento. Cristo não retornará com um grito tão sonoro que sobressaltará a humanidade e levantará os mortos; ele não irá soar uma trombeta literal para anunciar o que tempo do julgamento chegou; mas o efeito será o mesmo.
Infelizmente, alguns tomaram as expressões simbólicas de Paulo nesta passagem, e deram-lhes interpretações literais, e daí começaram a ensinar algo que nunca esteve na intenção do Apóstolo.
Vejamos um exemplo disso.
Se aceitarmos literalmente o ensino de Paulo nessa passagem, seriamos levados a crer que quando o Senhor retornar, os crentes serão levados em corpo para os “ares” acima, “e estarão para sempre com o Senhor”.
Segundo esta interpretação, o lugar que onde eles passarão a eternidade será “nos ares” – não no céu! Os “ares” situam-se entre a terra e o céu, e seria um lugar muito insubstancial para passar a eternidade!
Claro, aqueles que acreditam no que se intitula a doutrina do Arrebatamento, afirmam que os crentes ou ascenderão aos céus, ou descerão novamente à terra, para desfrutarem da eternidade; mas Paulo claramente ensina, na referência que está à nossa frente, que ele onde eles se encontrarão com o Senhor aí ficarão para sempre, ou seja “nos ares”.
No entanto, outras passagens das Escrituras mostram que “nos ares” quando tratado simbolicamente, tem como significado literal uma elevação de estatuto e posição, não uma elevação do ser físico.
Os Justos Reinarão na Terra
Que os justos receberão uma mudança de natureza para a imortalidade, e que reinarão na terra com Cristo, no Reino que ele estabelecerá, é um facto, claramente ensinado pelas Escrituras.
Declarações como “reinarão sobre a terra” (Apocalipse 5:10); “ao vencedor… lhe darei autoridade sobre as nações” (Apocalipse 2:16); “Toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre” (Génesis 13:15); Abraão o “herdeiro do mundo” (Romanos 4:13); “Os mansos herdarão a terra” (Mateus 5:5); Vereis “no reino de deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas” (Lucas 13:28); “Toda a terra se encherá da glória do SENHOR” (Números 14:21); “O Deus do céu suscitará um reino [que] esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44); “Todos os que restarem de todas as nações… subirão de ano em ano para adorar o Rei” (Zacarias 14:16), e assim por diante, afirma esta verdade.
Estas passagens ensinam que Cristo reinará na terra em companhia dos crentes aprovados e imortalizados; e não “nos ares,” ou “no céu” acima.
Isto quer dizer que descartamos a declaração feita em 1 Tessalonicenses 4:17?
“Depois, nós, os vivos, os que ficarmos(por ocasião do retorno de Cristo), seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”
De jeito nenhum, mas, como toda a Escritura, deve ser corretamente interpretada à luz do seu contexto. Neste lugar, Paulo está usando a vívida. Pitoresca e descritiva linguagem simbólica, frequentemente usada na Bíblia.
É comum nas Escrituras, para governos e governadores de uma nação serem referidos como o seu “céu,” enquanto os súbditos, ou povo, são descritos como “a terra.”
Nesta linguagem simbólica, o sol representa as autoridades civis; a lua, sistemas eclesiásticos do estado, derivando poder deste, as estrelas, homens de estado proeminentes ou príncipes; as nuvens, os associados dos governantes; o ar, a constituição do governo; a terra, águas, mares, os súbditos sobre os quais o sol e a lua exercem autoridade.
Aceitando esta interpretação, e Paulo na referência acima citada, ensinou os crentes que a seguir da ressurreição, eles ficariam permanentemente elevados a posições de governação com Cristo: “assim, estaremos para sempre com o Senhor.”
Em vez de ensinar uma ascensão literal da terra para uma posição insubstancial “nos ares”, o Apóstolo usou a linguagem simbólica para descrever a posição exaltada de administração na era por vir onde os aprovados desfrutarão da companhia do seu Senhor.
Reconhecemos que o peso da prova permanece sobre nós, e assim, pedimos ao leitor que cuidadosamente considere as evidências que avançamos.
Céus Simbólicos
Frequentemente, através das Escrituras, “céu” e “terra” são usados neste sentido simbólico ou político. Assim, Isaías, proclamando a sua mensagem aos governantes de Israel, declarou:
“Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra… ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra” (Isaías 1:2,10).
A mensagem era tanto para príncipes como para o povo, e assim dirigiu-se a eles em linguagem com a qual eles estavam familiarizados. Era a linguagem na qual Moisés já tinha usado para se dirigir à nação:
“Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca” (Deuteronómio 32:1)
Jeremias, o profeta, usou expressões similares quando acusou a nação quando “trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito.” Ele declarou: “Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! ficai estupefatos, diz o SENHOR” (Jeremias 2:12).
O profeta culpou os governadores pela condição da nação, e condenou-os na linguagem pitoresca de símbolos. Mais tarde ele referiu-se à “terra pranteando”, e “os céus acima” estando “negros,” pois a luz do seu governo(o rei) se havia extinguido (tomado cativo – Capítulo 4, versículo 28).
A acusação de Deus sobre a antiga e guerreira nação de Edom foi proclamada com termos semelhantes. O profeta declarou: “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá…” Isto seria uma impossibilidade literal. Como poderiam todas as estrelas do céu serem enroladas juntas e jogadas num monte na terra? Não poderia ser feito. Mas se os termos são usados figuradamente, as “estrelas” representam luminares nos céus políticos, assim como figuras proeminentes de estado (e é assim que a mesma simbologia é usada em Daniel 12:3), a profecia torna-se inteligível. E então a profecia de Deus continua: “Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que, para exercer juízo, desce sobre Edom e sobre o povo que destinei para a destruição” (Isaías 34:4-6).
A mesma interpretação se aplica à profecia de Cristo:
“Haverá sinais no sol(governantes), na lua(clericalismo) e nas estrelas(personagens proeminentes no estado); sobre a terra(povo comum), angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas(políticas, agitação)” (Lucas 21:25).
A atual tensão internacional e agitação política, testemunham da verdade da profecia de Cristo.
No livro de Apocalipse, é feito referência a uma guerra no céu (Apo. 12:7), e porque alguns falharam em compreender o peso dos símbolos na passagem, eles avançara a ideia impossível de uma guerra no céu entre os anjos de Deus! Um absurdo, especialmente à luz da oração de Cristo: “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu!” Se o céu era um palco de guerra violenta e prolongada, que tipo de oração seria essa! A interpretação contradiz outras partes das Escrituras que ensinam que Deus não pode contemplar o mal (Habacuque 1:13).
Mas interpretando simbolicamente ou politicamente a passagem, não há conflito de ideias. E que deve ser interpretada assim fica para além de qualquer dúvida olhando para os versos 1 a 4 do mesmo capítulo. Pois outro “sinal no céu” é dado, uma mulher dando à luz a um filho, enquanto um dragão se prepara para devorá-lo!
É concebível que isto tenha acontecido no céu? A ideia é ridícula! Noutra parte das Escrituras (Apocalipse 17:9-10), “o dragão” é representado como um movimento político mostrando que o “céu” em questão, se relaciona com o estrato superior do mundo político, e não com a morada literal de Deus.
Aparecerão Novos Céus
O “céu” Israelita, ao qual se dirigiu Moisés, Isaías e Jeremias, provou ser desobediente a Deus. Tão desobediente, mesmo, que Ele declarou que causaria um eclipse do sol (governo), para escurecer a luz dos céus políticos. Ele proclamou “Pôr-se-á o sol sobre os profetas, e sobre eles se enegrecerá o dia” (Miqueias 3:6).
No entanto, de acordo com a Sua promessa e propósito, declarou que a Sua intenção de restabelecer o Seu governo na terra, sob a jurisdição de Cristo e dos governadores imortais que Ele elegerá.
Na linguagem do simbolismo, isto constituirá “novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pedro 3:13), Isaías, depois de condenar os antigos “céus e terra” com palavras de repreensão, revelou que Deus os derrubaria para dar lugar a uma nova ordem que será estabelecida por Cristo.
Ele declarou:
“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo” (Isaías 65:17-18).
Deus não irá destruir a terra como às vezes é ensinado, mas a tornará mais bela (Números 14:21). A Bíblia ensina que ela permanece para sempre (Eclesiastes 1:4; Salmo 148:6; Isaías 45:18), como herança dos fieis (conf. Génesis 13:15). Com que propósito destruiria Deus os céus (como é ensinado às vezes) uma vez que eles “declaram a glória de Deus” (Salmo 19:1)? Não haveria sentido ou razão ao fazer isso, e somente uma falsa interpretação das Escrituras requer isso.
Não, os termos são usados politicamente. Os novos “céus e terra” políticos que Deus estabelecerá, verão Jerusalém como a metrópole de um governo mundial, o Senhor Jesus Cristo como seu Rei, e os seus seguidores imortalizados como seus associados, e as nações da terra como súbditos contentes e felizes nesta nova ordem mundial.
Em conformidade com este simbolismo, Cristo é chamado de Sol da Justiça; o culto universal que ele estabelecerá na terra é comparado com a lua que deriva a sua luz do sol; os seus governantes associados imortais são descritos como “resplandecerão como o fulgor do firmamento… como as estrelas, sempre e eternamente.” (Daniel 12:3; 1 Coríntios 15:41).
Assim como o retorno de Cristo é comparado com o nascimento do Sol da Justiça (Malaquias 4:2), desfazendo a escuridão do governo dos povos, é predito: “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti” (Isaías 60:1-2). É um simbolismo muito apropriado, daí, falar daqueles que estarão associados com ele e regendo as nações, como sendo tomados figuradamente “nos ares, e estando para sempre com o Senhor”. (Veja também 2 Samuel 23:4).
Os Ares Políticos do Futuro
Daniel ensina que aqueles que reinarão com Cristo no era por vir “resplandecerão como o fulgor do firmamento… como as estrelas, sempre e eternamente” (Daniel 12:3). Mais uma vez, esta é a linguagem de símbolos. De facto, eles “reinarão sobre a terra” (Apocalipse 2:25; 5:10). Mas figuradamente eles serão como luminárias na administração milenar de Cristo, “estrelas brilhando” nos céus políticos que ele estabelecerá na terra.
Pois é óbvio que o reinado de Cristo será na terra. De facto, as nações mortais são representadas como indo a Jerusalém para adorar perante o Rei (Zacarias 14:16). A Bíblia descreve como os povos virão a ele desde os confins da terra, e confessarão a sua ignorância (Jeremias 16:19). Isto seria impossível se o assento de sua autoridade estivesse no céu. Em Ezequiel é declarado sobre Jerusalém: “este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo” (Ezequiel 43:7). Estas expressões são incompatíveis se o Senhor ficar “nos ares,” como alguns dizem baseando-se num entendimento errado de 1 Tessalonicenses 4:17. A verdade é sumariada nas palavras de Jeremias 3:17:
“Naquele tempo, chamarão a Jerusalém de trono do SENHOR; nela se reunirão todas as nações em nome do SENHOR e já não andarão segundo a dureza do seu coração maligno.”
Claramente, esta cidade que será visitada por aqueles que anteriormente andaram segundo a imaginação dos seus corações malignos, a cidade na qual o Senhor irá habitar na era vindoura, é Jerusalém no Médio Oriente.
Mas nesse tempo ela será o lugar do trono do governo e culto mundial, que Cristo estabelecerá (Zacarias 6:12-13), na linguagem simbólica da Bíblia, o centro dos “céus” políticos do mundo por vir.
Será lá em Jerusalém, que o Senhor habitará, e lá, com ele, na terra, é que os fieis “estarão para sempre com o Senhor” como corregentes.
Assim se cumprirá a promessa feita à mãe do Senhor:
“Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; deus, o senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32-33).
Alguns afirmam que o trono de David está no céu. Mas ao dizerem isso eles contradizem as declarações claras da Bíblia. Na Bíblia Cristo disse: “voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei” (Atos 15:16). Será um grande pulo de imaginação para imaginar que essas ruínas estão no céu!
Arrebatados Entre nuvens
A declaração em 1 Tessalonicenses 4:17 que diz que os crentes serão “arrebatados entre nuvens” e não significa mais do que ser reunidos em grupos. Em Hebreus 12:1, os crentes são denominados “nuvem de testemunhas,” por isso estar associados a esse grupo poderia ser descrito como sendo arrebatados entre nuvens.
Em Tessalonicenses, Paulo está mais uma vez usando a linguagem simbólica. Isto é uma fonte de estudo muito proveitosa, que pode dar muito prazer à mente meditativa. Por exemplo, na Bíblia, mares, rios são algumas vezes usados para representar nações (veja Isaías 57:20; Apo. 17:15), e como as nuvens são criadas pela ação do sol, a evaporação, por isso as “nuvens” do céu milenar (a “nuvem de testemunhas” de Hebreus 12:1, e as “nuvens” de 1 Tess. 4:17) são formadas pela ação do “Sol da justiça” arrebatando alguma da “água” de entre os povos da terra. Esta água formará as “nuvens” políticas da Era por vir, que derramarão a sua chuva sobre a terra (figura de povos – veja o Salmo 72:6). Assim as Escrituras falam da doutrina da verdade como “a chuva, destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a relva e como gotas de água sobre a erva” (Deuteronómio 32:2).
A “chuva” que será carregada por estas “nuvens” será a mensagem dadora de vida de Cristo, que reviverá a humanidade na Era vindoura, depois de ter sido crestada e queimada pelos fogos do Armagedão. ´
É nestes termos que 1 Tessalonicenses 4:17 deve ser entendido, e não de outras maneiras que entrem em conflito com outras declarações claras da Palavra. Aqui, Paulo ensina que Cristo retornará para ressuscitar os crentes mortos, galardoará os justos com a vida eterna, e os elevará a posições de autoridade e glória na Era por vir. O propósito de Deus é encher a terra como glória (Números 14:21), e este será o meio pelo qual isso será alcançado.
Paulo aconselhou os seus leitores a “consolarem-se uns aos outros como estas palavras.” Existe consolo infinito no facto de Deus ter um propósito para a terra; que Cristo está voltando para trazer grandes mudanças. Mas o verdadeiro consolo só é aplicável se nos identificarmos com Cristo agora da forma designada, para que um dia possamos ser honrados nele quando ele vier. Cristo vem para ser “glorificado nos seus santos” (2 Tessalonicenses 1:10); ele voltará para punir aqueles que “não obedecem ao Evangelho” (v.8), e para mudar as condições na terra. “De Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém” (Isaías 2:3).
Aconselhamos o leitor, a comparar cuidadosamente Escritura com Escritura, para que chegue a um entendimento salutar da sua verdade, e assim estar equipado para que se consolem com estas palavras.
Author Cristadelfiano : informação não disponível
Tradução S. Mestre