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BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

PORQUE É PERSONIFICADO O PECADO?

S. Mestre, 03.08.10

A Psicologia e Sociologia do Pecado


Uma nova questão


NUMA ÉPOCA em que a cristandade em geral acreditava na existência de um diabo sobrenatural, um anjo caído do céu que conspirava em todas as oportunidades para atrair almas para o pecado, não é de estranhar que os Cristadelfianos, estando livres de tais horrores pela Verdade, devem estar ansiosos para demonstrar que o Diabo das Escrituras não tinha nada a ver com as superstições pagãs que tinham infetado o Cristianismo. Por exemplo, no capítulo do irmão Robert Roberts sobre o Diabo em Cristandade Desviada o peso do argumento é mostrar que o ensino das “igrejas” é antibíblico. Hoje em dia, no entanto, na maior parte, as velhas superstições não são defendidas e a corrupção moral é atribuída a males sociais, e talvez encontramos poucas oportunidades para discutir o assunto.

No passado tivemos de demonstrar a partir da Escritura que o Diabo, claramente descrito como uma pessoa, é de facto a personificação do “pecado na carne”. Num clima diferente de pensamento no entanto, somos desafiados a responder a uma nova pergunta: Por que o pecado é personificado? – É por isso que a Bíblia fala do diabo como se fosse uma pessoa? Não é suficiente apresentar um argumento negativo sobre o assunto. Temos de compreender o ensino positivos das Escrituras. Se podemos encontrar um razão clara para a personificação do pecado, estaremos ainda mais bem equipados para mostrar o erro daqueles que ainda mantêm o ponto de vista tradicional.

A questão, porém, não deve ser respondida apenas para o benefício dos outros. Nós mesmos somos desafiados a entender porque algumas passagens, falando do poder da morte, se referem ao Diabo (por exemplo, Hebreus 2:14) 14 “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo” enquanto os outros sobre o mesmo assunto omitem essa referência. Tiago 1:14-15 “Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” é geralmente citado, ao explicar o Diabo. A passagem simplesmente descreve o caminho que leva à morte: “Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. A tentação nesta passagem é claramente demonstrada como tendo origem no coração do homem. Não há espaço para a influência de uma força sobrenatural. Mas se a verdade é tão simples, porque é usada nas Escrituras a ideia de "diabo”?

O equivalente do Diabo no Antigo Testamento


Ao aproximar-mo-nos do assunto uma característica se destaca obviamente: o Diabo é um conceito do Novo Testamento. Existem apenas três vezes em que "demónios" ocorre no Antigo Testamento. A palavra "diabo" não se encontra no Antigo Testamento. E essas três passagens falam de falsos deuses adorados por Israel.

Levítico 17:7 “Nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos demónios, com os quais eles se prostituem; isso lhes será por estatuto perpétuo nas suas gerações”.


Deuteronómio 32:17 “Sacrifícios ofereceram aos demónios, não a Deus; a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, dos quais não se estremeceram seus pais.”


Salmo 106:37 “imolaram seus filhos e suas filhas aos demónios”
A observação merece uma explicação. É uma regra sã de exposição que cada tema, se corretamente entendido, pode ser seguido por toda a Escritura. Qual é então a contrapartida do Velho Testamento para o Diabo? Uma visão geral das Escrituras rapidamente fornece a resposta. O Diabo no Novo Testamento representa o poder em oposição à Verdade. No Antigo Testamento, o papel é realizado pela idolatria pagã. Um estudo de idolatria, tal como apresentado na Escritura estabelece as bases para a compreensão do Diabo.

A loucura da idolatria é desnudada em Isaías 44. As observações feitas pode parecer óbvias para a mente iluminada, mas vale a pena fazer um pequeno balanço dos efeitos desta análise. No versículo 9, o profeta declara que a vaidade dos ídolos é atestada pela sua própria natureza: “eles mesmos são testemunhas de que elas[imagens] nada vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos." Qual é então o segredo do seu poder sobre os homens? O versículo 13 dá a resposta. “O artífice... esboça uma imagem; …à semelhança e beleza de um homem”. Como há um só Deus, a idolatria só pode ser o produto da imaginação do homem “o seu coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira aquilo em que confio?” (V.20). Naturalmente os ídolos resultantes são imagens distorcidas do homem para refletir as características e as faculdades que o homem considera mais desejáveis. Verdadeiramente “o ídolo não é nada” por si só, mas é a expressão externa do orgulho humano e rebelião contra Deus. Se o ídolo tem uma existência que não seja de madeira ou pedra, só pode ser no coração do homem. Esta é a mensagem de Ezequiel, no capítulo 14, onde a Palavra do Senhor testemunhou contra os homens de Israel que levantaram “os seus ídolos dentro do seu coração”. “Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração, tropeço para a iniquidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem?" (V.3).

Podemos assim maravilhar-nos com a capacidade do homem para o auto-engano. As etapas desse processo são descritos em Êxodo 32, quando Arão fez o bezerro de ouro. Começando com os brincos de ouro, aparato de vaidade humana , um bezerro de ouro, foi moldado, e depois investiu na mente das pessoas com o poder que os livrou do Egito “o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito”(v.8). Seja qual for o modelo pagão ao qual a imagem pode ter sido conformada a sua existência era dependente do orgulho de Israel. “Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto este povo, e eis que é povo de dura cerviz” (v.9). Na resposta que Arão deu a Moisés temos um vislumbre do auto-engano que teria resultado em Israel realmente acreditar que o bezerro de ouro os tinha salvo: “Então, eu lhes disse: quem tem ouro, tire-o. Deram-mo; e eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro. "(v.24). Uma sugestão que talvez alguma forma de adivinhação tivesse sido usada na criação do ídolo.

Ídolos, portanto, podem ser visto como a imagem externa do coração do homem, que é perverso e enganoso. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jeremias (17:9) Em que os deuses representados pelos ídolos são atribuídas personalidades, são personificações do coração do homem pecador.

A função social dos ídolos


Mesmo que a existência do poder de um ídolo dependia que o coração do homem assim o quisesse, uma vez estabelecido numa cultura esse poder é maior do que o indivíduo. O irmão Arthur Gibson na sua introdução ao estudo “Eliseu, o profeta da Graça” mostrou que os deuses de Canaã, eram considerados os guardiões dos direitos espirituais e temporais do povo: “Na Palestina, havia um complicadíssimo sistema altamente sofisticado de teologia como a política de ação com uma massmídia cujo objetivo é endoutrinar a população "(Testimony, Setembro 1978). Recusar a vontade dos deuses era se opor às forças sociais representadas pelos deuses. Esses deuses pareciam ter o poder de retaliação pessoal já que a calamidade quase certamente sucederá ao cidadão infiel que ultrapassem as normas e valores sociais. Desta forma, os falsos deuses que se apresentam como agentes de controle social, e uma sociedade era conhecida pelos seus deuses. Existe então um sentido em que os deuses existiam fora do indivíduo.

É fascinante observar que a natureza sofisticada do casamento da teologia com a política na sociedade cananeia foi reconhecido nas Escrituras e recebeu a resposta adequada. Tem sido demonstrado que, assim como abertamente condenanda a estupidez da adoração de ídolos, os profetas de Javé denunciaram os deuses, como Baal, por meio da paródias e trocadilhos: a forma de ataque que convinha à sutileza da influência de Baal. Eliseu ao flutuar o machado de ferro foi visto como um milagre contra a adoração de Israel “da máquina militar da Síria e da teologia atendente de um deus da guerra”. A forma da lição reconhecida, mas ao mesmo tempo, punha em causa, as forças sociais que operam através dos deuses.

Há, portanto, dois aspectos importantes da idolatria, que são reveladas na Escritura. Eles podem ser descritos em termos modernos como a psicologia e a sociologia da idolatria. Pela psicologia refiro-me à base de idolatria centrada nos corações dos homens e mulheres individuais. Idolatria é essencialmente natural, não sobrenatural, porque está enraizada na natureza humana. A sociologia da idolatria, no entanto, é a dimensão importante a ressaltar aqui, porque nós devemos compreender como é que os deuses podem ser maiores do que os indivíduos que originalmente os criaram. Os deuses, embora dependendo da ingenuidade humana para a sua credibilidade, poderiam influenciar o comportamento, atitudes e crenças do indivíduo através de caminhos sutis proveniente de fora do indivíduo e até mesmo independentes duma crença na existência de deuses sobrenaturais. Isto poderia ser assim porque os ídolos encapsulavam a ideologia predominante da sociedade.

Idolatria e o Diabo


A idolatria é referida no Novo Testamento, mas não parece ter tido o mesmo poder sobre as vidas das pessoas como foi o caso no Antigo Testamento. Particularmente nas cartas de Paulo, a idolatria é apresentada como um aspecto de rebeldia contra a justiça ao invés de ser um mal prevalecente. Considere Gálatas 5:19-21.

19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,

20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,

21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.



A idolatria é o quarto item de uma lista de dezassete obras da carne. Talvez isso reflita a menor importância dada às doutrinas religiosas de adoração de ídolos no mundo Romano. No entanto, a essência da idolatria era manifestada na vida secular na adoração a Mamom (como Paulo indica, a avareza é idolatria) e na adoração do poder do Estado.

Esta é a razão para a introdução do Diabo no Novo Testamento. É a de cristalizar a consciência do poder do pecado, que ficou a cargo da natureza humana. O Diabo, como uma pessoa, mas também por ser maior do que o indivíduo, resume esse poder. O irmão Thomas expressou claramente este ponto quando escreveu: “A mente carnal ou serpente na carne, é o objecto de uma dupla manifestação, ou seja, individualmente e coletivamente" (Elpis Israel, 14 ª edição, p.91).

"O príncipe deste mundo"


Até agora, temos mostrado que os falsos deuses, embora criações da imaginação dos indivíduos(homens e mulheres corruptos) , podem possuir um poder que era superior, e exterior, ao indivíduo. Os deuses eram parte da estrutura da sociedade, o que representa a ideologia predominante, e pode influenciar o pensamento do indivíduo e de comportamento através das forças sociais. Desta forma, os deuses podiam exercer um controle real sobre os seus seguidores. Esses falsos deuses podem ser pensados como personificações da natureza humana pecaminosa, suas concupiscências e ambições. De forma semelhante, no Novo Testamento o Diabo é apresentado como uma personificação do pecado, que, embora originário do coração do indivíduo torna-se no conjunto de organizações sociais num poder maior do que o individuo.

Apreciando este aspecto do pecado humano nas organizações é essencial para uma plena compreensão do conceito bíblico do diabo. O diabo não é apenas essa “voz de dentro”, que mnos instiga a desobedecer aos mandamentos de Deus. Com efeito, na Escritura, onde a propensão do indivíduo para o pecado é mais claramente discutidas – Romanos 7 – Paulo não menciona o diabo. Naquelas passagens onde encontramos o diabo descrito em detalhe são atribuídos poderes maiores do que os indivíduos possuem.

A primeira referência ao diabo está no relato da tentação do Senhor Jesus no deserto,. Lá, o Diabo está na posição de ser capaz de dar a Jesus “todos os reinos do mundo”. “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”(Mateus 4:8, 9). O Diabo é o senhor do reino dos homens. O mesmo status e autoridade são mais evidentes em Efésios 6. A fim de suportar as astutas ciladas do diabo os Efésios são exortados a “colocar toda a armadura de Deus”, uma proteção que era essencial, pois as forças que lutavam contra eram “principados”, “potestades”, “dominadores deste mundo tenebroso”, e “forças espirituais do mal, nas regiões celestes”(6:12). Estas são as hierarquias sociais, políticas e religiosas criadas pelo homem e que são motivadas por um “espírito de desobediência” que obriga os homens a viverem “segundo o curso deste mundo" (2:2).

Em Efésios 6, mais claramente, somos informados de que a luta contra o pecado não se limita a resistir a uma “voz interior”, mas é também uma batalha contra um governo bem organizado do pecado. As sociedades humanas, governos e instituições, dedicadas ao culto do homem são caracterizadas por um “espírito de desobediência” (Efésios 2:2) que permeia todos os aspectos da vida, incluindo ciência, educação e sistemas religiosos, e atividades sociais e culturais. Através dessas influências as astutas “ciladas do diabo”(Efésios 6:11) seduzem os incautos para seguir “o curso deste mundo” (Efésios 2:2). O pecado domina sobre os assuntos dos homens e por isso é dado o título de “o príncipe deste mundo”(João 12:31).

Nos tempos do Novo Testamento, o poder social e político, foi o Império Romano, e o Diabo é identificável com este sistema em várias passagens. Ao dizer “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;” (1 Pedro 5:8), os crentes são advertidos a estar em guarda contra o Diabo, que, como um leão que ruge, anda de roda procurando presas. Em resistindo à sua vontade os crentes teriam que sofrer as aflições infligidas pelas autoridades. Aqui, o Diabo é as autoridades Romanas ao tentarem obrigar os santos a se conformarem com o sistema.

Ao dizer “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”(Apocalipse 2:10), o Diabo é descrito como tendo o poder de lançar os irmãos e irmãs em Esmirna na prisão.

Ao dizer “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12: 9). O sistema pagão romano deposto por Constantino é descrito como "a antiga serpente, chamada o Diabo".

Hoje em dia as astutas “ciladas do diabo” (Efésios 6:11) são vistas nas pressões sociais que desafiam a nossa fé de maneira sutil, como apresentando o Cristianismo como uma forma de consciência social. Elas também podem ser vistas nas tentativas da mass mídia e do sistema educacional para nos fazer desacreditar no milagroso. Estamos rodeados por pressões para nos conformarmos que somos incapazes de resistir sem toda a armadura de Deus para nos proteger.

Assim, em resposta à pergunta “Porque é o pecado personificado - apresentado como uma pessoa?” o primeiro ponto que temos enfatizado é que o pecado é uma força mais poderosa do que os indivíduos e que, porque os homens vivem em grupos organizados, pode ter uma existência em si. O pecado individual é a transgressão da lei, mas o pecado expresso coletivamente é uma força política, social, religiosa contra a vontade de Deus. Devido à terribilidade deste poder há uma necessidade para marcá-lo como diferente das deficiências individuais e os atos de pecado. Nas Escrituras, o Diabo serve esse propósito. O fato de que o diabo é descrito como uma pessoa nos ajuda a identificar a força retratada. Isto é necessário desde que o homem criou o poder, e todos são potencialmente canais através dos quais pode ser perpetuado.

O princípio da personificação é resumido na frase “o homem do pecado” (2 Tessalonicenses 2:3). Não porque pode ser encontrado em um só homem, mas porque é pecado proeminentemente encarnado numa ordem de homens. A personificação do pecado, ao invés de apresentar-nos problemas de explicação, deve sublinhar claramente no nosso pensamento a corrupção do reino dos homens e a ameaça que ela representa para os santos.

O Cabeça Federal da Semente da Serpente


O diabo está nas Escritura para chamar a atenção para o poder do pecado manifesto através de organizações humanas. No Novo Testamento, vemos um confronto entre este poder e a autoridade do Céu, investida na pessoa do Senhor Jesus Cristo. A grande batalha registada é o cumprimento da profecia de “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Génesis 3:15 ) a respeito da semente da mulher e a semente da serpente. Por um lado é o Senhor Jesus Cristo, a semente prometida da mulher, e por outro lado é o Diabo “a cabeça federal” da semente da serpente. O Diabo é a serpente no mesmo sentido em que o Senhor Jesus foi o segundo Adão.

Desde Génesis ao longo das Escrituras a linha justa da semente da mulher pode ser seguida através de Sete, Noé, Sem, e Abraão, e através de “estrangeiros e peregrinos” (Hebreus 11:13), que esperaram pacientemente para o aparecimento da cidade celestial. A semente da serpente podem ser rastreada através da linha de Caim. É significativo que as Escrituras registam que Caim “edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho.” (Génesis 4:17). Seus descendentes espirituais continuaram a desenvolver civilizações, dinastias e governos, que, como Babel, foram projetados para perpetuar os ideais e aspirações do homem natural. Uma vez que estas organizações são construídas em torno do homem, inevitavelmente, refletem os pontos fracos e a maldade a que o homem está sujeito. Facilmente estes sistemas podem se virar contra indivíduos para oprimir, perseguir, e pressionar para estarem de conformidade com o sistema. A soma total desses sistemas compõem o “mundo” que o Senhor Jesus venceu.

As semelhanças familiares entre a serpente e o seu primogénito, Caim, são próximas. As características da família são descritas pelo Senhor na sua denúncia dos Judeus, que também eram filhos do diabo. Em João 8:44 Jesus diz deles, "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” Tão próximos sãos os relatos das atividades de ambos a serpente original e Caim que é difícil decidir quem está sendo referido. A serpente era um assassino já que foi fundamental para levar a morte à raça humana. Ele era mentiroso e sua a mentira, tu “certamente não morrerás” (Génesis 3:4), é o pai da mentira. Mas o versículo também pode ser aplicado a Caim. Ele foi homicida desde o início. Ele “não se firmou na verdade” (João 8:44) no sentido de que ele foi expulso das faces dos Querubins (Gn 4:14) e ele “saiu da presença do Senhor, e habitou na a terra de Node”(Génesis 4:16). Ele era um mentiroso (4:9) e pai de um expoente maior da mentira (4:23).

Caim era um filho do diabo em que ele herdou uma natureza corruptível e submeteu-se voluntariamente aos seus impulsos. Ele é apresentado em 1 João 3, como o exemplo eminente de um filho do pecado: “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio... Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão... Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”(v. 8-12).

O pecado estava encarnado em Caim, e manifestou na sua vida as “obras do diabo” pelas quais ele matou o seu irmão. Ao longo dos séculos as mesmas obras foram colocadas em oposição à linha justa da semente da mulher, mas na vida e na morte do Senhor Jesus este conflito atingiu seu clímax. Nesta batalha, registada nas Escrituras, o Diabo é usado como uma forma de resumir o poder do pecado numa personalidade que era a antítese da personalidade do Senhor Jesus.

Nós justamente salientamos a vitória do Senhor Jesus ao experimentar todos os tipos possíveis de tentações sem pecar, mas não devemos esquecer que as tentações levantaram-se, não só da natureza de "carne e sangue" com a qual o Senhor nasceu, mas também das propensões do pecado encarnado nas administrações civis e eclesiásticas da Palestina Romana. Estes últimos elementos são claramente vistos nos eventos envolvendo a crucificação.

Os acusadores no julgamento do Senhor foram, por sua definição, “filhos do diabo” (1 João 3:10). Seus motivos para matá-lo surgiram a partir de corações dedicados a manter o seu estatuto próprio e prosperidade. O ódio contra o Senhor Jesus levantou-se da violência do choque entre a verdade revelada de Deus em Jesus e a falsidade. Jesus disse-lhes: “Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão.” (João 8:40). Esses acusadores perpetuaram a mentira contra Deus na sua rejeição de Seu filho e denunciando o ensinamento de Jesus. No julgamento a sua falsidade ficou evidente na sua dependência de depoimentos de testemunhas falsas.

Essas falsas testemunhas tiveram pouca influência sobre Pilatos, que estava numa posição de colocar Jesus em liberdade. No entanto, Pilatos, como representante da administração Romana, não estava preocupado com a verdade. Jesus disse a Pilatos “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (João 18:37), mas a resposta de Pilatos foi “Que é a verdade?” A verdade não era o guia das suas ações, e o Senhor foi entregue para ser crucificado. É importante notar que Pilatos e Herodes, antes inimigos, se tornaram amigos na sua oposição à “semente da mulher”. Então, Judeus e Gentios se juntaram para criar um poder do pecado que era "o diabo”.

O papel de Judas nos eventos liga esse poder ao indivíduo. Estamos especificamente dizendo que o Diabo pôs “no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus,” (João 13:2). Como o Diabo, já identificado como a prevalecente ordem religiosa, política e social, operou no coração de Judas? A influência religiosa pode ser vista na medida em que Judas seguiu o ponto de comum sobre a natureza do Messias. Judas ficou desiludido com Jesus. Ele não acreditava que Jesus era o Cristo. A influência política pode ser visto na criação das circunstâncias em que foram consideras necessárias pelas autoridades para tomar Jesus enquanto ele estava longe das multidões. A influência social pode ser vista na medida em que Judas tinha aceite a soberania de Mammon e ele era um “amante do dinheiro”.

A traição de Judas surgiu de acreditar numa mentira sobre Jesus, e tão completamente ele manifestou o caráter da semente da serpente que ele é chamado de “diabo” (João 6:70)(atenção que os tradutores da Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras(tradução própria das Testemunhas de Jeová) removeram a palavra “diabo”, talvez porque ia contra a doutrina de um diabo pessoal). Ele não era o diabo uma vez que o diabo não é qualquer pessoa, mas ele foi o canal através do qual o poder do pecado agiu.

A partir destes factos, podemos compreender que a vitória do Senhor Jesus foi mais do que superar as tendências pecaminosas da carne que ele herdou como a semente de Abraão. O Senhor Jesus venceu o mundo – as organizações humanas motivadas por um espírito de desobediência, que faziam tudo o que podiam em todas as oportunidades para evitar qu o Filho de Deus manifestasse o Pai. Essa vitória deu ao Senhor poder para destruir o Diabo, e assim tomar os reinos deste mundo como seus próprios e, finalmente, apresentar-los, libertos do pecado, como uma oferenda para o Pai. Este tempo é descrito em 1 Coríntios 15:24: “E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte”.

O governo, autoridade e poder, que o Senhor Jesus Cristo irá subjugar é a ideia bíblica do diabo. No Apocalipse este domínio do homem é chamado de “o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás” (Apocalipse 20:2) e que será reprimida por mil anos, enquanto o Senhor governa sobre as nações com cetro de ferro. No final dos mil anos o domínio do homem é permitido levantar a cabeça, só para ser totalmente destruído. Naquele tempo, o Diabo será completamente e finalmente aniquilado, e o reino do pecado terá um fim, e a própria morte irá morrer.


Stephen Palmer

Tradução: S. Mestre

Fé na Adversidade

S. Mestre, 23.07.10

 

O Novo Testamento foi escrito logo após que Jesus viveu na terra e foi concluído por volta do final do século primeiro. Os livros do Novo Testamento falam-nos sobre a vida e ensinamentos de Jesus e como que se espalhou esse ensino.

 

Os 66 livros do Antigo e Novo Testamentos em conjunto são “a Palavra de Deus”. Jesus deixou claro que para compreender o significado do seu ensino e da sua vida e morte, era necessário compreender “as Escrituras” (Lucas 24:25-27). Quando ele disse isso, “Escrituras” eram o Antigo Testamento. É importante, então, entendermos que o Novo Testamento é construído sobre a fundação do Antigo.

 

Um Homem de Fé

 

O Novo Testamento chama a nossa atenção para muitas pessoas do tempo do Antigo Testamento que mostraram fé preciosa perante adversidade. Tome José, filho de Jacó. Ele foi favorecido pelo seu pai porque ele era um filho temente a Deus. Os seus irmãos tinham ciúmes dele e o atacaram e quase o mataram. Em vez disso, ele foi vendido a alguns comerciantes que o levaram para o Egito. Lá ele se tornou escravo, servindo um oficial Egípcio. Ele provou ser fiel e consciencioso.  Mas um dia a mulher do oficial  acusou falsamente de tentar molestá-la. O resultado? Ele foi colocado na prisão. Apesar do facto de que tudo parecia estar dando errado de novo, José nunca perdeu a sua fé. Ele confiava que Deus estava desenvolvendo seu caráter através da provação, que Deus tinha algum propósito maior.

 

Isso ficou claro quando, mais tarde ele assistiu o Faraó no governo e armazenou cereal durante os anos de abundância para utilização durante os anos de fome. A própria família de José em Canaã foram forçados a ir ao Egito para comprar comida. Lá, numa série dramática de encontros, José revelou a seus irmãos que ele era aquele que ele tinham desprezado e vendido à escravidão muitos anos antes. Será que ele procurou a vingança? Não! Ele viu qual tinha sido o propósito de Deus:

 

Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós” (Génesis 45:5).

 

José queria que os seus irmãos enfrentassem o seu errado; mas ele queria avançar e trazê-los a um relação positiva com Deus. Ele mostra-nos claramente que a confiança em Deus nos ajuda a lidar com o que a vida nos apresenta. José acreditava firmemente nas promessas que Deus fizera ao seu bisavô, Abraão, ao seu avô Isaque, e ao seu pai Jacó. Essas promessas era uma garantia de que as pessoas que fazem parte do povo de Deus têm futuro. Por mais que falhem, por muito que entrem em dificuldades, a crença nesse futuro vai conduzi-los através disso tudo. Em seu leito de morte, ele pediu a seus filhos e netos para se apegarem às promessas.

 

Observe que José foi julgado e testado pelas circunstâncias da vida em Canaã e, em seguida, no Egito. Ele foi traído pelos seus irmãos, vendido para escravidão; injustamente acusado pela esposa do seu senhor; injustamente preso, e então esquecido até que a nação precisou dele. Não há qualquer registo de envolvimento satânico  ou demoníaco na sua vida. Ele estava sujeito aos perigos usuais e desafios da vida e ele sobreviveu a estes com um notável estado de espírito, com compreensão e maturidade. Deus usou as circunstâncias duras da sua vida para desenvolver o seu caráter e prepará-lo para tudo o que estava por vir. Porque ele tinha aprendido a controlar os seus próprios sentimentos ele acabou por ser o homem perfeito para controlar e regular o Egito através dos difíceis anos de abundância e fome que estava por vir.

 

A Adversidade Personificada

 

Muitos anos mais tarde, quando David era rei sobre a antiga nação de Israel, ele

também enfrentou muitas adversidades na sua vida. Ele era um homem que amava a Deus e orava por ajuda em qualquer situação. Isto é o que fazem os homens de fé. A sua compreensão da palavra de Deus é reforçada pela oração. A oração não funciona num vácuo; consiste escutar Deus, o que fazemos quando lemos a Bíblia, a Sua Palavra. Depois, quando expressamos que precisamos d'Ele , fazemo-lo com a consciência de que Ele sabe melhor, que a adversidade e provação têm um propósito, levando-nos mais perto d'Ele e aprofundando a nossa experiência de vida. Um conhecido Salmo de David expressa isso muito bem:

 

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre” (Salmo 23:4-6).

 

 

O salmo está escrito em linguagem poética. Sabemos que não existe na realidade um “Vale da sombra da morte”. O bordão e cajado são figuras de estilo(linguagem), lembretes dos instrumentos de um pastor. A associação entre pastor e Deus ajuda-nos a compreender que Deus é como um pastor que cuida das Suas ovelhas.

 

Oposição Retratada

 

O Antigo Testamento foi escrito na língua Hebraica e a linguagem pictórica é frequentemente usada para tornar as coisas mais vivas e memoráveis. A palavra Hebraica “Satanás” significa adversário - aquele que se opõe ou resiste, ou um acusador. Ela ocorre apenas por volta 30 vezes  nos 37 livros do Antigo Testamento, mas refere-se a toda uma gama de diferentes coisas que se opõem ao propósito de Deus. Numa ocasião “Satanás” é a palavra usada para descrever um anjo enviado por Deus para resistir a um profeta quer queria falar contra o povo de Deus:

 

 

Então, Balaão levantou-se pela manhã, albardou a sua jumenta e partiu com os príncipes de Moabe. Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário(satanás). Ora, Balaão ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele.” (Números 22:21,22).

 

Satãs Humanos

 

Noutras partes a mesma palavra é usada sobre vários adversários humanos. Aqui estão alguns exemplos:

 

“Não te ausentes de mim, ó Deus; Deus meu, apressa-te em socorrer-me. Sejam envergonhados e consumidos os que são adversários de minha alma; cubram-se de opróbrio e de vexame os que procuram o mal contra mim” (Salmo 71:12,13);

 

“Porém os príncipes dos filisteus muito se indignaram contra ele; e lhe disseram: Faze voltar este homem, para que torne ao lugar que lhe designaste e não desça connosco à batalha, para que não se faça nosso adversário no combate; pois de que outro modo se reconciliaria como o seu senhor? Não seria, porventura, com as cabeças destes homens?” (1 Samuel 29:4);

 

“Porém David disse: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que, hoje, me sejais adversários? Morreria alguém, hoje, em Israel? Pois não sei eu que, hoje, novamente sou rei sobre Israel?”(2 Samuel 19:22);

 

“Levantou o SENHOR contra Salomão um adversário, Hadade, o edomita; este era da linhagem real de Edom” (1 Reis 11:14).

 

Testados pela Vida

 

É importante perceber que em nenhum lugar na Bíblia, existe a ideia de que um anjo caído chamado Satanás que está trabalhando contra as pessoas para afastá-las de Deus. Isto será uma surpresa para muitas pessoas que acreditam neste ponto de vista popular. Mas quando lemos o Antigo Testamento vemos que os adversários (ou “satãs”, tal como está em Hebraico) aparecem de todas as formas e tamanhos. Eles podem ser soldados, camaradas de armas, inimigos - mesmo até anjos, que estão fazendo a vontade de Deus, como aquele que parou Balaão no seu caminho. Mas o adversário nunca é um anjo caído, porque os anjos não podem cair: eles são os servos totalmente fiéis de Deus no céu.

 

E lembre-se que existem apenas cerca de 30 ocorrências dessa palavra Hebraico no Antigo Testamento. Se houvesse realmente um “anjo caído”, como algumas pessoas acreditam, não seria referido com muito mais frequência? Podemos unicamente pedir-lhe que olhe para as provas com  uma mente aberta.

 

O ponto importante é este, como nós vimos quando olhamos para a vida de pessoas fieis como José ou David. Quando reconhecemos que a palavra “satanás” é a palavra Hebraica do Antigo Testamento que significa “adversário”, chegamos à conclusão que nas adversidades da vida não estamos sendo testados por algum monstro sobrenatural que tenta destruir as nossas vidas, arrastando-nos para destruição e desviando-nos de Deus.

 

A adversidade nos vem de pessoas, às vezes até mesmo do próprio Deus, para testar e desenvolver o nosso caráter. Deus quer que as pessoas mudem, que estejam dispostas a colocar a sua confiança n'Ele, venha o que vier na vida. Se fizermos isso, podemos ter certeza de que Ele ricamente no recompensará, se não nesta vida, então na que há de vir.

 

Michael Owen

Tradução: S. Mestre

(Article: Faith in the Face of Adversity, Glad Tidings 1513, pag. 11-13)

A Parábola do Homem Rico e Lázaro

S. Mestre, 22.07.10

Jesus certa vez contou uma parábola sobre um homem rico que não ligava a um mendigo que estava à sua porta. A situação inverteu-se, no entanto, quando ambos morreram e Jesus descreveu uma situação que é muito diferente daquela que as pessoas acham que vai acontecer após a morte. Leia a parábola por si mesmo em Lucas, capítulo 16, versículos 19 a 31, e depois veja o que David Budden tem a dizer sobre isso.

 

 

 

Introdução

 

Muitos encontram dificuldades nesta esta parábola e certamente apresenta problemas. No entanto, os seguintes pontos devem ser observados:

 

  • É a única parábola em que Jesus apresenta uma personagem com nome.
  • Há um inesperado detalhe - cinco irmãos! Porquê cinco?
  • A parábola era para os ouvidos dos Fariseus, que eram “avarentos” (Versículo 14), e estavam ridicularizando Jesus enquanto ele falava sobre a “verdadeira riqueza e os perigos da cobiça.”
  • Jesus ressuscitou Lázaro dos mortos, os fariseus tentaram destruir Lázaro, porque a sua própria existência era um poderoso testemunho do poder e autoridade de Jesus.

 

A ideia principal da parábola vem no verso final –  se as pessoas ser convencerem pela Palavra revelada de Deus, então mesmo uma ressurreição dos mortos não faria nenhuma diferença.

 

A História

 

A história é sobre um homem rico e um mendigo chamado Lázaro. O homem rico vivia em grande luxo, mas o mendigo à sua porta – um homem que ele conhecia por nome –  Estava numa situação lastimável, coberto de feridas que eram lambidas pelos cães. Ambos os homens morreram; Lázaro foi para o “Seio de Abraão”, mas o homem rico, tendo sido sepultado, foi para o”Inferno” (“Hades”), onde ele sofria dor extrema em chamas. Lá havia um grande abismo entre os dois, mas mesmo assim eles poderia falar uns com os outros e o homem rico pediu a Abraão para enviar Lázaro a ele com um pouco de água fria para acalmar a sua sede.

 

Abraão lembrou ao homem o passado, quando ele tinha ignorado o sofrimento do mendigo à sua porta, mas, para além disso, o grande abismo tornava impossível que Lázaro fosse ter com ele.O homem então se lembrou dos seus cinco irmãos e pediu que Lázaro fosse enviado para avisá-los da necessidade de arrependimento. "Eles têm suas Bíblias", respondeu Abraão. "Sim", respondeu o

o homem em sofrimento, “mas se um dos mortos for adverti-los, eles estariam avisados”. A resposta de Abraão foi: “Se ignoram a Palavra de Deus, então até mesmo um milagre será em vão”.

 

Comentário

 

Esta parábola não apresenta o ensinamento de Jesus sobre a vida para além da sepultura. A Bíblia é enfática, e Jesus ensinou, que os mortos “dormem” em suas sepulturas, totalmente inconscientes até o dia da ressurreição. (Veja João 11:11-14, 23-25 e Mateus 22:23-33).

 

Por muitos anos a Judeia tinha sido parte do império Grego e o pensamento Grego, com ideias de almas imortais, tinha penetrado o pensamento Judaico. A expressão “no seio”significa uma relação muito estreita –  Jesus usou o termo para expressar o seu relacionamento com seu Pai (João 1:18). No cenáculo, João – o discípulo a quem Jesus amava – estava reclinado no seio de Jesus. Então, os justos são considerados como estando “no seio de Abraão”, sendo Abraão o pai dos fiéis.

 

Jesus está fazendo uma paródia das falsas crenças que então existiam e, portanto, expõe os seus absurdos. Será que os justos realmente são capazes de ver os ímpios contorcendo-se em chamas eternas? Serão eles capazes de conversar entre si, mas estar impotentes para ajudar? Claro que não!

Nós precisamos de lembrar que Jesus estava falando aos fariseus que eram maus, os homens abraçavam essas ideias pagãs ridículas.

 

Mas porque é dado o detalhe sobre os cinco irmãos? Caifás era o Sumo Sacerdote na época e teve cinco cunhados, os quais foram sacerdotes. Aqueles escutando a parábola entenderiam que a parábola era, em primeiro lugar para as ouvidos de Caifás. Jesus, de facto, ressuscitara um homem chamado Lázaro dos mortos e devido a esse milagre muitas pessoas acreditavam em Jesus (João

11:45). A resposta dos Fariseus, que foi bastante diferente, pois eles “resolveram matar também Lázaro” (12:10).

 

Assim, as palavras de Jesus eram justificados. Aqueles que puseram os seus rostos contra a palavra de Deus não serão movidos nem mesmo por uma ressurreição dos mortos.

 

Conclusão

 

Estamos rodeados por milagres da natureza e a televisão nos permite testemunhar as maravilhas da complexidade e inter-dependência para além da nossa compreensão. Será que as pessoas são compelidas a glorificar Deus e apreciar o Seu poder infinito? Nada disso! Assim, tal como foi há dois mil anos, os que ignoram a Palavra escrita de Deus não podem ser demovidos por  qualquer evidência que eles vejam de um Criador interessado na terra que criou. Em vez disso, é provável que digam “Deus provavelmente não existe.” A sério!

 

David Budden

Tradução: S. Mestre

(Article: The Parable of the Rich Man and Lazarus, Glad Tidings 1509, pag. 10-11)

"Na Casa de Meu Pai Há Muitas Moradas ... "

S. Mestre, 22.07.10

Esta é uma passagem da Escritura, em João capítulo 14, versículo 2, que faz com que algumas pessoas acreditem que Jesus estava oferecendo um lugar no céu, mas, como Mark Buckler agora explica, o Senhor tinha algo muito diferente em mente.

 

Um Livro Judaico

 

Muitos de nós esquecerá, quando lemos a Bíblia, que é um livro judaico, escrito principalmente por escritores Judeus sobre o povo Judeu. É tão fácil para nós lê-lo com dois mil anos de ideias e interpretações em nossas mentes que nos esquecemos de fazer uma pergunta simples: O que os autores desta passagem entendiam que ela queria dizer, quando a escreveram e o que os seus leitores ou ouvintes entenderiam dela?

 

Assim, quando Jesus falou sobre as muitas moradas na casa do seu Pai, o que ele quis dizer com isso e o que os seus ouvintes teriam entendido? Aliás, esta é uma passagem que é frequentemente lida na igreja em serviços funerários e hoje é pensado que é uma promessa de uma herança com Deus no céu. É isso o que Jesus queria dizer?

 

Casa de Deus

 

A expressão “casa de meu Pai”, assim como é utilizada nos Evangelhos sempre se refere ao Templo de Jerusalém. Por exemplo, quando Jesus visitou o Templo, um menino de doze anos, o seu comentário às questões dos seus pais foi: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”(Lucas 2:49). Ou quando Jesus purificou o Templo, ele disse: “Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.”(João 2:16).

 

Assim, Jesus estava dizendo aos seus discípulos: em João capítulo 14, que havia muitas moradas no Templo, e que ele iria voltar e viver com eles sobre a terra de uma forma semelhante à como os sacerdotes viviam perto de Deus, porque eles viviam no Seu Templo – na Casa de Deus. Mas era mesmo assim? Era o Templo uma casa para as pessoas, ou apenas a Casa de Deus?

 

A Estrutura do Templo

 

 

Na descrição da construção do primeiro Templo por Salomão, é mencionado a construção de câmaras construídas em três andares nos três lados do templo:

 

Contra a parede da casa, tanto do santuário como do Santo dos Santos, edificou andares ao redor e fez câmaras laterais ao redor. O andar de baixo tinha cinco côvados de largura, o do meio, seis, e o terceiro, sete; porque, pela parte de fora da casa em redor, fizera reentrâncias para que as vigas não fossem introduzidas nas paredes”(1 Reis 6:5,6).

 

Estes quartos eram para os sacerdotes viverem enquanto estavam de serviço no Templo, assim, quando Jesus se refere às “muitas moradas” na " Casa do Pai ", os discípulos teriam podido visualizar as inúmeras salas construídas no lado do Templo, e teriam entendido logo,o que ele queria dizer.

 

“Voltarei...”

 

Isto foi o que Jesus prometeu.

 

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”(João 14:1-3).

 

Ele estava prestes a morrer como sacrifício para os pecados, mas ele se levantaria novamente e, oportunamente, iria para o céu, para se sentar à mão direita do Pai. Mas quando chegar a hora certa, ele voltará à terra, para viver com o seu povo – como num templo. Havia alguma situação semelhante em que os discípulos poderiam pensar que fosse semelhante ao que estava prestes a

acontecer?

 

Pensando sobre as atividades que tinham lugar no templo, os discípulo se lembrariam que diariamente os sacerdotes entravam no Santo Lugar e que uma vez por ano o Sumo Sacerdote passava através do segundo véu, e entrava no Santo dos Santos como representante do povo. Depois de fazer sua oferta ele saia de novo para o povo, tendo feito expiação por eles.

 

O Grande Sumo Sacerdote

 

Jesus ia fazer a mesma coisa pelo o seu povo  – mas muito mais ainda! Ele estava indo para a presença real de Deus, não apenas até uma representação de Sua presença, como acontecia no Templo. Este é um tema totalmente  desenvolvido pelo apóstolo Paulo, quando escriveu aos Hebreus, que diz:

 

Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hebreus 9:24-26).

 

No caso de Jesus, quando ele morreu Deus mostrou a Sua aprovação total do seu sacrifício ao rasgar o véu do Templo de Jerusalém, de cima a baixo – para mostrar que uma novo caminho tinha sido aberta para a Sua presença, e que não somos mais dependentes de um sacerdócio terrestre.

 

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10:19-22).

 

Novamente, a imagem que os discípulos teriam obtido destas palavras estaria baseada nas suas próprias experiências da vida daquele tempo. Que significado diferente obtemos quando olhamos para uma passagem das Escrituras e consideramos as características da época em que foi escrita. Se nós não fizermos isso estamos sempre em perigo de impor as nossos próprias ideias, dos tempos atuais, tentando assim fazer com que as Escrituras ensinem o que nós queremos que elas digam!

 

Mark Buckler

Tradução S. Mestre

(Article: “In My Father’s House are Many Mansions…”, Glad Tidings 1508, pag. 15-16)

PÃO E PEIXE

S. Mestre, 21.07.10

Mais de uma vez Jesus comparou a pregação do Evangelho com pesca. Mais de metade dos seus primeiros seguidores eram pescadores, e para quatro deles, pelo menos esta era a sua subsistência.

 

O seu convite para eles era caracteristicamente colorido:

 

“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.”(Mateus 4:18-20).

 

Mar da Galileia

 

Este é um dos vários nomes para o maior lago, na terra de Israel. Ele ainda tem alguns peixes, mas nos tempos bíblicos ele mantinha por volta de uns 230 barcos de pesca cujas tripulações forneciam dezenas de pequenas cidades e aldeias ao redor de suas costas. O peixe era preparado e enviado para todo o país.

 

A partir destas cidades da Galileia e de mais longe, milhares de homens, mulheres e crianças se reuniam para ouvir Jesus, como se fossem um cardume de peixes com fome que viesse a uma fonte de boa comida! Eles estavam habituados sermões secos e legalistas dos rabinos, mas o ensino de

Jesus era emocionante e compreensível e oferecia uma esperança real, assim como é para nós nos dias de hoje. O relato histórico diz que:

 

“A sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.

E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam” (Mateus 4:24-25).

 

Profecia sobre o Messias

 

Jesus não anunciou abertamente que ele era o Filho de Deus, o prometidoMessias; em vez disso, ele começou a fazer  as coisas que o Antigo Testamento disse que o Messias faria quando viesse.As pessoas poderiam então chegar à conclusão de sobre quem ele era, assim como nós temos que fazer.

Um exemplo foi Isaías 25:6 que disse:

 

O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados.

 

As palavras estão cheias de simbolismo, claro, mas no início do ministério de Jesus ele tinha demonstrado o seu poder de prover vinho, e era vinho da melhor qualidade (João 2:1-11).Agora a oportunidade chegou para mostrar que ele poderia proporcionar bom alimento também.

 

Quando Jesus estava em qualquer lugar próximo, as pessoas esqueciam de comer e ouviam-no

durante horas. Quando ele mudou-se para outra aldeia a multidão seguiu-o de perto. Mateus diz-nos:

 

“Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer. Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. Então, ele disse: Trazei-mos. E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.” (Mateus 14:15-21).

 

Poder de Deus

 

Dois peixes e cinco pães foram multiplicados para que fossem suficientes para alimentar cerca de

cinco mil famílias. Processos que continuam todos os anos nos mares, rios, lagos e campos aconteceram em minutos, nas mãos do Filho de Deus. A oferta era tão abundante que doze

cestos de sobras foram recolhidos pelos discípulos de Cristo. Este milagre é tão importante que foi registado em todos os quatro Evangelhos, e de cada um nós podemos aprender coisas diferentes. O apóstolo João diz-nos como Jesus salientou que o poder não era seu, mas de seu Pai Celestial:

 

“Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5:19).

 

Foi, naturalmente, uma demonstração maravilhosa que o poder de Deus, trabalhando

através de Jesus, pode fornecer todas as necessidades físicas da humanidade, e que foi intencional. Jesus é o único que pode corrigir os erros do mundo, e ele vai fazer “o ermo exultará e florescerá como o narciso”, quando ele retornar para governar como Rei (Isaías 35). A multidão percebeu o que ele podia fazer e queria aclamá-lo como Rei aí e depois também (João 6:15).

 

Mas o alimento físico não é tudo para a existência humana. Jesus viera para chamar as pessoas para

ser cidadãos de um futuro Reino, não para criá-lo instantaneamente. No início de sua história, Deus ensinou a isto ao povo Judeu quando Moisés disse:

 

“Ele (Deus) te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem” (Deuteronómio 08:03).

 

A Nossa Maior Necessidade

 

Estas verdades espirituais não são óbvios aos homens e as mulheres cujas mentes estão centradas na rotina diária. Durante a noite houve uma grande tempestade, mas Cristo e os seus apóstolos tinham atravessado para o outro lado do lago. A sua audiência no entanto conseguiu localizá-lo e reuniram-se perto dele novamente no no dia seguinte. Muitas delas estavam mais interessados num almoço grátis do que em levar a sério o que ele queria que eles aprendessem sobre os caminhos e propósitos de Deus. Jesus sabia disso, e de uma forma que surpreenderia muitas pessoas cujas ideias sobre Jesus vieram só de ouvir superficial trechos sobre ele, deliberadamente ele peneirou os buscadores da verdade a partir dos simples interesseiros.

 

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (João 6:26-27).

 

Tão importante como o milagre tinha sido em aliviar as dores da fome imediata, e também fornecer um vislumbre das bênçãos do futuro Reino, era ainda mais importante como uma parábola. Jesus passou a dizer coisas difíceis, não se esforçando para tornar o seu significado mais fácil, porque ele queria que seus ouvintes pensassem seriamente sobre as coisas espirituais.

 

Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede... Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6:35-56).

 

Palavras Duras

 

O resultado desse ensino na sinagoga em Cafarnaum, foi que muitos dos  pretensos discípulos –  aqueles que só queriam pães e peixes – abandonaram Jesus. Aqueles que tomaram suas palavras sem refletir sairam abanando a cabeça. Apenas uns poucos estavam dispostos a compreender que pelo seu “sangue” e sua “Carne”, ele queria dizer a sua vida, o seu verdadeiro eu, tudo para o que tinha vivido – e que se o tomamos em nossas vidas dessa forma e permitimos ser alimentados espiritualmente por ele, nos será concedida a vida eterna, quando ele voltar à terra.

 

Jesus uma vez contou uma parábola sobre o momento em que ele vai voltar do céu para julgar o mundo. Novamente ele irá corrigir o que está mal e separará os seus verdadeiros seguidores daqueles que são realmente indiferentes ao seu ensino. Ele usou a experiência de um pescador para descrever o processo que vai ter lugar:

 

“O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos” (Mateus 13:47-49).

 

Se queremos estar com Jesus através das eras da eternidade, precisamos segui-lo agora por todas as razões certas. Não é apenas o que ele pode fazer por nós, mas também o que podemos fazer por ele.

 

John Woodall

Tradução: S. Mestre

(Article: Loaves and Fishes,  Glad Tidings 1515, pag. 14 - 16)

Tiro - Prova das Profecias da Bíblia

S. Mestre, 15.07.10

Nos tempos antigos, comerciantes fenícios navegaram o Mediterrâneo com os produtos da sua civilização avançada - Madeiras nobres, tecidos tingidos, vidro e metais preciosos.

 

No centro da sua rede comercial estava o próspero porto de Tiro, de onde navegaram os navios mercantes o comprimento do Mediterrâneo. Hoje Tiro é conhecido pelo nome Sur, uma cidade no Líbano a 80 quilómetros a sul de Beirute.

 

Deparamo-nos com Tiro em diversos livros do Antigo Testamento. Por volta de 1000 a.C., o rei Hirão de Tiro, forneceu materiais para a construção do Templo de Salomão. Mais tarde, lemos acerca da notória Jezebel, esposa do Rei Acabe de Israel: ela era a filha de um rei de Tiro.

 

Por volta de de 580 a.C., no entanto, Tiro sofreu o ataque de Nabucodonosor rei de Babilônia, que aplainou a velha cidade e fez os moradores tomarem refúgio numa ilha no mar. Mais tarde, outro invasor, o grego Alexandre, o Grande, colocou um espetacular cerco à ilha, levando ao fim da era dourada de Tiro.

 

Predições Detalhadas

 

A coisa surpreendente sobre os cercos de Tiro por Nabucodonosor e Alexandre é que foram anunciados em considerável detalhe por um dos profetas da Bíblia, Ezequiel. Deus fez com que Ezequiel predissesse coisas terríveis contra vários vizinhos de Israel – Amom, Moab, Edom, Filistia, Tiro, Egito – e mesmo contra o próprio Israel. Os julgamentos sobre Tiro ocupam os capítulos 26 a 28. Deus revela a Ezequiel como o poderoso rei da Babilônia (que altura ameaçava toda a região) lançaria um ataque contra Tiro:

 

Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonosor, rei da Babilônia, desde o Norte, o rei dos reis, com cavalos, carros e cavaleiros e com a multidão de muitos povos. As tuas filhas que estão no continente, ele as matará à espada; levantará baluarte contra ti; contra ti levantará terrapleno e um telhado de paveses. Disporá os seus aríetes contra os teus muros e, com os seus ferros, deitará abaixo as tuas torres” (26:7-9).

 

E é precisamente isso que aconteceu! Não muito tempo depois que o profeta havia falado, o exército de Nabucodonosor invadiu Tiro, e - depois de um cerco aparentemente que durou 13 anos - a orgolhosa e bela  cidade foi transformada em escombros, deixando uma extensão de rocha nua, como o profeta tinha dito.

 

E se isso era tudo, seria um notável cumprimento da profecia bíblica; Mas havia mais. Deus tinha dito que Ele iria fazer  “subir contra ti muitas nações, como faz o mar subir as suas ondas. ... Roubarão as tuas riquezas, saquearão as tuas mercadorias.” (26:3,12). Mais de dois séculos passaram, o Império Babilônia dá lugar ao dos Medos e Persas, e depois aos Gregos, e outro conquistador coloca os olhos em Tiro.

 

 

Alexandre, o Grande

Era o ano de 332 a.C., quando as forças de Alexandre, o Grande cumpriram à letra os versículos 12 a 14:

 

Derribarão os teus muros e arrasarão as tuas casas preciosas; as tuas pedras, as tuas madeiras e o teu pó lançarão no meio das águas... Farei de ti uma penha descalvada; virás a ser um enxugadouro de redes, jamais serás edificada, porque eu, o SENHOR, o falei, diz o SENHOR Deus.

 

A cidade continental foi deixada assolada, e os restantes Tírios mudaram-se para a ilha perto da costa. Alexander portanto, tinha um problema: como itia ele atacar uma cidade ilha cercada por altos muros? Os historiadores registam que Ele carregou os escombros da cidade velha para o mar (assim como o profeta de Israel, tinha predito) e construiu uma ponte quase com um quilómetro de comprimento.

 

Ao se aproximar da ilha, ele usou atiradores de pedras enormes e torres de cerco móveis de 48m de altura, das quais os seus arqueiros podiam atirar sobre as paredes. Por último, apesar de baixas - e se abrigando todo o tempo dos projéteis lançados pelos homens de Tiro - Ele derrubou as paredes com aríetes.

 

Levou apenas 7 meses para que a alegadamente inexpugnável cidade-ilha de Tiro se rendesse; milhares foram mortos e muitos dos que sobreviveram foram vendidos como escravos. Em Ezequiel capítulos 27-28 nós temos um lamento comovedor por Tiro.

 

Mais invasões

 

Os céticos, por vezes, levantam a objeção de que a declaração de Ezequiel, “jamais serás edificada” (26:14), não se cumpriu – Por outras palavras, a cidade continuou a existir. Depois da vitória de Nabucodonosor, a cidade foi reconstruída sobre a ilha, e apesar da destruição de Tiro por Alexandre , ser total, o lugar mais tarde foi repovoado em uma menor escala.

Dito isto, porém, durnte o séculos outros conquistadores vieram e destruíram Tiro: os Sírios em 315 a.C.; califado muçulmano em 638 d.C.; Crusadod em 1124 d.C. e, finalmente, os Sarracenos, que deixaram as ruínas que podemos ainda ver hoje. Aliás a calçada(ponte) de Alexandre nunca foi levada pelo mar: simplesmente assoreou e o que era uma vez a ilha de Tiro, é agora uma península ligada ao continente.

 

A profecia de Ezequiel foi bem testada. As suas palavras foram literalmente cumpridas e ficamos maravilhados com o incrível poder da palavra de Deus. E esta é apenas uma das inúmeras profecias na Bíblia que têm vindo a se cumprir  exatamente como as Escrituras predisseram: eventos foram anunciados, e as gerações posteriores testemunharam os resultados previstos.

 

Um aviso para Hoje!

 

E o que dizer das profecias na Bíblia que ainda não foram cumpridas? Segundo o tempo designado por Deus elas virão a se cumprir como previsto: as últimas profecias de Ezequiel; as palavras proféticas de Jesus no Monte das Oliveiras (Mateus 24), por exemplo. O facto de que uma profecia como Ezequiel 26 tenha sido cumprida nos dá total confiança que as profecias relacionadas com o nosso tempo - os últimos dias antes da vinda de Cristo para estabelecer o seu reino - serão cumpridas.

 

“Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”(Amós 3:7).

 

Há uma outra reflexão sobre Tiro, um aviso para qualquer um que possa pensar que, não obstante o interessante que tudo isto possa ser como questão histórica, não tem eventualmente, qualquer importância para nós. De certa maneira, as previsões terríveis de Deus sobre Tiro se aplicam a cada cidade, cada civilização, que se orgulha do sucesso e se recusa a reconhecer a Deus.

 

Muitas cidades e países do nossa mundo são assim, e Deus deu-lhes uma advertência. O livro do Apocalipse no final da nossa Bíblia regista visões de julgamentos que virão sobre a terra - e alguma da linguagem realmente tem ecos do julgamento de Tiro:

 

Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar... e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande....e caíram as cidades das nações...Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados” (Apocalipse 16:17-20).

 

Depois disso, porém, Deus estabelecerá o Seu reino que jamais será destruído. Essa é a boa notícia sobre a qual podemos basear a nossa fé em Deus e no Seu propósito.

 

John Morris

Tradução: S. Mestre

(Article: Tyre - Proof of Bible Prophecy, Glad Tidings 1515, pag. 8 - 10)

As Testemunhas de Jeová refutadas pela Bíblia - "Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles."(Isa. 8:20)

S. Mestre, 08.07.10

 

CONVITE

 

Pedimos a todos, incluindo os aderentes da seita chamada Testemunhas de Jeová que leiam atentamente o conteúdo deste livrete, e que considerem as Escrituras citadas com a própria Bíblia. Se o leitor achar que as nossas declarações não são observações justas, ou que os argumentos que usamos não são apoiados por um cândido apelo à Bíblia, então convidamos que se ponha em contato connosco pessoalmente em ração a este livrete. Se necessário, estamos preparados para debater as doutrinas que aqui são consideradas.

 

É importante, para a salvação eterna de uma pessoa, reconhecer e manter as verdades da Palavra de Deus que é a salvação. A Bíblia claramente revela que a salvação está ligada a Ele e que Dele é dependente. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo” escreveu Paulo, “pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). O que acontece então se alguém está em ignorância em relação ao Evangelho ou interpreta-o mal? Obviamente não é “o poder de Deus para salvação” de tais – sendo a Bíblia testemunho disso. Cristo declarou que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (João 4:23). Logo, é importante discernir entre o que é verdadeiro e o que é errado, e ao apoiarem o que é errado repudiam o que é verdadeiro.

 

Temos confiança que o leitor reconhece a importância de fazer o que os de Bereia fizeram, pois estes “receberam a palavra, examinando nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11). Ao examinarem as escrituras chegaram até Cristo e a esperança de vida eterna a ser recebida na vinda de Cristo (1 Coríntios 15:20-23). Encorajamos o leitor a tomar a mesma linha de ação da dos de Bereia.

 

 

E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.

E assim somos também considerados como FALSAS TESTEMUNHAS DE DEUS”

1 Coríntios 15:14,15.

 

______________________

 

A declaração acima citada mostra que é possível que um indivíduo ou um Movimento, sinceramente afirme seguir Cristo, e no entanto, devido a ensinos erróneos, ser provado como “falsa testemunha de Deus”.

 

Infelizmente, a Bíblia revela que a seita, chamada Testemunhas de Jeová, estão nessa categoria.

 

Ao constarmos isto, não pomos em questão a sinceridade e zelo dos seus membros. De facto, eles são notáveis nesse aspecto. A sua organização de publicações inundou o mundo com uma sucessão de folhetos, panfletos e livros proclamando as suas doutrinas; usou extensivamente o rádio para emitir as suas ideias; e os seus membros são incansáveis no seu zelo na pregação.

 

Isto tudo seria louvável se as coisas pregadas estivessem de acordo com a Verdade Divina, mas se não, as palavras de Jesus são aplicáveis: “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” (Mateus 6:23). Mais que sinceridade, zelo e fervor na pregação é preciso agradar a Deus. Ele requer adoradores que “o adorem em espírito e verdade” (João 4:24). Paulo referiu-se a alguns que tinham “zelo de Deus, mas não com conhecimento” (Romanos 10:2). Estes percorriam “o mar e a terra para fazer um prosélito” somente para levá-lo a mais erros (Mateus 23:15).

 

Infelizmente, como iremos demonstrar, a energia das Testemunhas de Jeová tem sido utilizada para o erro e não para a verdade.

 

As verdadeiras Testemunhas de Deus

 

As Testemunhas de Jeová não hesitam em mostrar os erros de outras seitas para que todo o mundo o veja, e em classificar as outras denominações religiosas como parte “da organização de Satanás”. A seita que lida tão asperamente com as opiniões e ensinos das outras deve, ela própria, estar preparada para ter as suas ideias examinadas de maneira impiedosa. Não tem nada a temer se elas estão baseadas na Rocha da Verdade; mas se não, os seus membros são aconselhados a seguir o exemplo dos de Bereia que, quando ouviram o Evangelho de Jesus Cristo: “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11). Num livro amplamente distribuído pelas Testemunhas de Jesová, o autor constata:

 

Para chegar à verdade devemos rejeitar os preconceitos religiosos do coração e mente. Devemos deixar Deus falar por Si próprio. Qualquer outra atitude levaria somente a mais confusão” (Que Deus seja Verdadeiro).

 

No entanto, é triste dizer que, este mesmo livro revela que as Testemunhas de Jeová não estão preparadas para fazer o que pedem aos outros. Passagens Bíblicas são citadas frequentemente fora de contexto, ou mal aplicadas para apoiar as doutrinas propagadas pela seita que são contraditas pelo verdadeiro ensino da Bíblia, como mostraremos.

 

Não estamos sós ao constarmos isto.

 

Um dos seus próprios membros, numa publicação chamada “De volta à Bíblia” (Vol. 1, N.º 4), descreve como ele foi de porta em porta com o livro da Sociedade, Que Deus seja Verdadeiro, mas sendo pressionado pela necessidade de explicar como Jeremias 32:37-44 poderia se aplicar ao Israel espiritual(como está constatado naquele livro), ele não conseguiu encontrar uma explicação satisfatória. Isto forçou-o a examinar o uso de outras referências mais cuidadosamente, por isso agora publicamente confessa que ele “não mais pode oferecer o livro ao público!”

 

Este uso errado das Escrituras é a causa de uma grande instabilidade das doutrinas manifestadas pela seita. Pois é um facto significativo, que embora a Verdade não varie com o tempo, as Testemunhas de Jeová, a têm revisado e alterado ao longo dos anos. Um exemplo é o seu ensino acerca dos Judeus. C. T. Russell, o fundador do Movimento, ensinou que o cumprimento de profecias Bíblicas exigia que os Judeus deviam voltar à sua terra ancestral(veja Que Deus seja Verdadeiro publicado pelas Testemunhas de Jeová). Os seus ensinos deste tema foram apoiados pelo seu sucessor J. Rutherford. Mas mais tarde as Testemunhas de Jeová mudaram de ideias e repudiaram a doutrina que antes apoiavam e proclamavam como verdade primária. Desde então, os Judeus retornaram à sua terra em cumprimento profético, como os Cristadelfianos sempre defenderam que se cumpriria. Ezequiel declarou que Deus haveria de “espalhá-los entre os gentios, e serem dispersos pelas terras”, e que nesses lugares “profanariam o santo nome de Deus”. Mas, nos últimos dias, Ele os reuniria, e os traria de novo para a sua terra (Ezequiel 36:19-24).

 

Estas profecias (veja também Jeremias 31:10-11; Ezequiel 37:21-22) estão a ter um cumprimento parcial no nossos dias. Em face de incríveis dificuldades, e hostilidade incessante, os Judeus retornaram à sua nação restabelecida na terra prometida aos seus antepassados. Isto é exatamente como Deus, através de Ezequiel o profeta, declarou que fariam:

 

Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles... E nunca mais se contaminarão com os seu ídolos...” (Ezequiel 37:21-23)

 

Isto obviamente se refere ao povo Judaico como tal, pois Deus declarou que a nação que Ele dispersou pelas nações seria a que Ele prometeu restaurar. Mas as Testemunhas de Jeová tentam contornar este facto ao “espiritualizarem” os versículos, afirmando que eles se referem ao Israel espiritual! Da mesma maneira, eles aplicam os versículos, e as profecias a eles próprios! Mas será que as Testemunhas de Jeová constituem-se “uma nação na terra, nos montes de Israel” como requer a profecia? Claro que não! Somente uma interpretação tendenciosa, obviamente errada, poderia ver nesses versículos alguma referência às Testemunhas de Jeová, ou a qualquer outra seita. Os versículos referem-se ao povo Judeu. Paulo, de acordo com o Antigo Testamento ensinou que Israel como nação haveria de ser salva(Romanos 11:26). O contexto da sua afirmação claramente mostra que ele tinha em mente o povo Judeu que nessa altura estavam terrivelmente contra os cristãos; pois ele continua:

 

Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição(nação escolhida por Deus), amados por causa dos pais.”

 

O termo “dos pais” refere-se aos pais da nação Israelita: “Abraão, Isaque e Jacó, a quais Deus fez promessas maravilhosas em relação ao futuro dos seus descendentes. É por causa destas promessas que a desobediente nação de Israel não foi destruída, e a razão pela qual foi vivificada nos últimos dias(nossos dias). Referindo-se à restauração de Israel, Deus declarou:

 

Não é por respeito a vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes” (Ezequiel 36:22).

 

A restauração de Israel como nação, entusiasticamente endossada pelas Testemunhas de Jeová como essencial para as profecias Bíblicas é hoje em dia vigorosamente contrariada pela seita. No entanto a Bíblia, em uma centena de lugares, claramente proclama o propósito de Deus de estabelecer o Seu futuro Reino a nível mundial com base na restaurada Nação de Israel. O povo Judeu será humilhado, disciplinado e posto em sujeição para esse propósito.

 

De acordo com a verdade, foi prometido à mãe do Senhor Jesus que o seu Filho um dia “Se sentará no trono de Davi, seu pai... E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” (Lucas 1:32-33). Como é que o Senhor Jesus pode fazer isso? O “trono de Davi” tem que ser outra vez estabelecido em Jerusalém onde já esteve; e a “casa de Jacó” tem que ser formada outra vez nas suas doze divisões como em tempos antigos. Nós acreditamos que até mesmo as Testemunhas de Jeová não identificam “Jacó” com o Israel espiritual. Como termo, ou título refere-se a Israel segundo a carne.

 

O presente reviver de Israel como nação, e o retorno parcial dos Judeus à sua terra, são o cumprimento de profecias Bíblicas. São passos em direção à consumação da profecia de Ezequiel:

 

Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles” (Ezequiel 37:21-22).

 

A profecia de Ezequiel requer em primeiro lugar a restauração do povo; segundo, um reviver da nação; e finalmente, o restabelecimento da monarquia. Duas partes desta profecia de três partes já se cumpriram, e os Cristadelfianos ansiosamente antecipam o cumprimento da terceira parte, que é “um rei será rei de todos eles”. Este “um rei” é o Senhor Jesus Cristo. A ele foi-lhe dado o título Rei dos Judeus no seu nascimento e morte(Mateus 2:2; 27:27), mas nunca foi aceite como tal. No entanto, ele será reconhecido como Rei, quando a promessa aos doze apóstolos se cumprir:

 

Vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vós assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” (Mateus 19:28).

 

O moderno reviver de Israel como nação testemunha a verdade da palavra profética de Deus. Com respeito a isso, o povo Judeu são as Suas verdadeiras testemunhas (Isaías 43:10), embora eles se mantenham, como a Bíblia prediz que estariam, cegos em relação à verdade em Cristo Jesus(Romanos 11:25).

 

A rejeição por parte das Testemunhas de Jeová deste básico ensinamento Bíblico, isto é, que o propósito de Deus requer a restauração completa da antiga nação e da monarquia de Israel por Jesus Cristo, mostra que todo o sistema de religião anunciado por eles é suspeito.

 

O que é mais notável é o facto de que eles já ensinaram que a profecia Bíblica requer a restauração dos Judeus à sua terra mas hoje em dia rejeitam isso. Pode alguma confiança ser depositada numa seita que revoga os seus ensinos tão drasticamente? Esta mudança doutrinária foi acompanhada por mudanças de nome. A seita era primeiramente conhecida como “A Alvorada Milenar”, mais tarde, como Os Estudantes da Bíblia Internacionais, e desde 1931 por Testemunhas de Jeová.

 

Entre os princípios promulgados pelas Testemunas de Jeová alguns (como a mortalidade do homem) são verdadeiros, mas outros são falsos; alguns pertencentes somente a eles, e outros que foram importados de outros sistemas religiosos. Eles são declaradamente contra o Catolicismo Romano, no entanto eles aderem a alguns ensinamentos daquele sistema. Ambos mantêm a falsa ideia de que o diabo é um anjo caído do céu; ambos ensinam um Jesus que existiu antes de nascer; ambos colocam a morte do Senhor como substituto em vez de representativa. Ambos endossam doutrinas que estão claramente contra o ensino Bíblico.

É nos impossível refutar minuciosamente todos os erros propagados pelas Testemunhas de Jeová neste pequeno livrete. Propomos comentar alguns que são peculiares a esta seita, como o espaço permita, reconhecendo que muito mais poderia ser dito àqueles que examinamos. Não fazemos isto meramente para sermos contenciosos, mas porque a vida eterna está ligada a uma aceitação das verdades da Palavra de Deus, das quais depende a salvação (João 17:3; Romanos 1:16; 1 Coríntios 15:1-2). É responsabilidade pessoal de cada um interessado na sua salvação eterna examinar as verdades da palavra de Deus, das quais depende a salvação. O Senhor Jesus Cristo ensinou:

 

Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos: e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:21-32).

 

Um estudo cuidadoso e respeitoso da Bíblia libertará a pessoa do erro, e a levará a abraçar a Cristo em Verdade através do batismo. Dessa maneira se libertará do pecado através do misericordioso perdão de Deus (Atos 2:38).

 

Negada a Ressurreição corpórea de Jesus

 

Uma negação adicional da verdade básica da Bíblia é revelada no ensino das Testemunhas de Jeová em relação à ressurreição de Cristo. Praticamente para todos os efeitos negam a ressurreição corpórea do Senhor.

 

A sua negação é de tal maneira séria que merecem o título que Paulo dá aqueles que rejeitam a ressurreição corpórea do Senhor: Falsas testemunhas de Deus (1 Coríntios 15:12-15).

 

Claro que eles irão rejeitar a acusação que fazemos mas pergunte-lhes: O corpo de Jesus que foi colocado no túmulo, alguma vez voltou à vida? A resposta será: Não!

 

Não é isto de facto, uma negação da ressurreição do Senhor? Claro que é! Eles afirmam que ao Senhor lhe foi dado outro corpo, um “corpo espiritual”, invisível aos olhos mortais, enquanto que o seu corpo terreno manteve-se no estado de morte ao qual foi reduzido pela crucificação! Quando se protesta que o Senhor ressuscitado mostrou as feridas a Tomé, as feridas das mãos e do lado (João 20:26-27). Eles afirmam que isto foi um milagre temporário somente para confirmar a sua ressurreição. Isto, de facto, significa que não eram as feridas reais!

 

Mas Cristo teve o cuidado de convencer os seus discípulos do contrário. Convidou-os a examinar as suas mãos e seu lado onde as marcas da crucificação, e da lança, podiam ser vistas (João 20:29). Disse, “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24:39)*

 

Um discípulo, Tomé, que não estava presente aquando destas primeiras demonstrações, estava tão incrédulo a respeito da ressurreição, que declarou: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” Oito dias depois, o Senhor apareceu a Tomé, e convidou-o a satisfazer a sua falta de fé de essa mesma maneira. Tomé ficou convencido! Mas o Senhor replicou: “Porque me viste, Tomé, creste, bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:24-29). No entanto hoje em dia, as Testemunhas de Jeová, enquanto que se gabam dos milhões de livros que publicaram proclamando a verdade, negam que o corpo que Tomé viu era o que anteriormente estava morto no túmulo! Com efeito, acusam o Senhor de alguma forma de truque.

 

Um dos seus escritores expressou assim a sua opinião:

 

O corpo humano do nosso Senhor, no entanto, foi sobrenaturalmente removido do túmulo... Não sabemos nada sobre o que lhe aconteceu, exceto que não se deteriorou nem se corrompeu (Lucas 2:17-31). Se continua preservado em algum lugar como grande memorial do amor de Deus, da obediência de Cristo, e da nossa redenção, ninguém sabe”.

 

Ensinar que o corpo morto do Senhor, o corpo que foi colocado no túmulo, nunca voltou à vida, é negar uma doutrina fundamental da Bíblia! E isso é muito grave!

 

Paulo ensinou:

 

Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (1 Coríntios 15:17).

 

Se, como as Testemunhas de Jeová ensinam, o corpo morto do Senhor nunca voltou à vida, então ele nunca foi levantado, porque a palavra “ressurreição” significa levantar-se de novo. A palavra demanda a volta à vida do corpo morto.

 

Porque será que eles insistem que o corpo morto do Senhor nunca voltou à vida? Devido à falta concepção da doutrina da expiação. Afirmam que o Senhor pagou com a sua vida o resgate, e tendo feito isso, não poderia ser levantado de novo. É verdade que o Senhor morreu como resgate, mas não num sentido legalista como eles ensinam. Ele não morreu em vez dos crentes, se assim fosse estes não morreriam – mas morrem! Ele morreu “por eles”, como representante e ideal. Logo, assim como ele foi levantado dos mortos, assim também eles o serão (veja Romanos 5:4).

 

Contrariamente ao ensino das Testemunhas de Jeová, a Bíblia expõe o levantamento para a vida do corpo do Senhor que morreu na cruz, como absolutamente vital ao propósito de Deus, e para a salvação de indivíduos. Paulo ensinou que: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3-4). O que ressuscitou dos mortos? O que morreu na cruz! Mas isto as Testemunhas de Jeová negam. Embora Paulo aponte que mais de 500 testemunhas “viram” o Cristo ressuscitado (v. 6)! Ele declarou: “E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos” (Atos 13:29-30). O que Deus ressuscitou dentre os mortos? Obviamente, o que tinha sido colocado no sepulcro: o corpo morto do Senhor.

 

A linguagem de Pedro é bastante clara, nós aconselhamos as Testemunhas de Jeová a pensar sobre isto. Ao pregar o Evangelho, ele declarou:

 

Sendo, pois, ele(David) profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que DO FRUTO DE SEUS LOMBOS, SEGUNDO A CARNE, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo...” (Atos 2:30-31).

 

O que é que Pedro ensinou que ressuscitou dentre os mortos? O fruto dos lombos de David segundo a carne! Esse corpo, uma vez morto, foi ressuscitado para a vida eterna. Isso é agora a esperança de todos aqueles “em Cristo” (veja Romanos 6:4-5; 1 Coríntios 15:23; Filipenses 3:20-21). O corpo carnal de Cristo tendo sido ressuscitado dentre os mortos foi revestido de imortalidade. Logo, ele possui um corpo tangível e visível, sendo o Apóstolo Pedro testemunha disso. Uma seita que ensina contradizendo este ensino explicito da Bíblia merece o título: “Falsas testemunhas de Deus” (1 Coríntios 15:15).

 

A afirmação das Testemunhas de Jeová de que o Senhor apareceu numa outra forma, enquanto que o seu antigo corpo permaneceu morto, é uma tolice. Às mulheres que visitaram a sepultura esperando encontrar o corpo do Senhor foi-lhes dito:

 

Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia” (Mateus 28:5-7).

 

Quando os Judeus pediram a Jesus um sinal que testificasse a sua missão Divina, ele respondeu: “Derribai este templo, e em três dias o levantarei.” Os Judeus imaginaram que ele falava do templo de Herodes, que tinha levado 46 anos a ser construído, mas o registo plenamente constata: “Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2:19-21). João continua: “Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito” (v, 22).

 

As Testemunhas de Jeová mantêm que Jesus entregou a sua vida como um sacrifício de substituição a Deus, e que assim ele não podia ser levantado(dentre os mortos) outra vez. Afirmam que a ressurreição física era para ele uma impossibilidade e que ele apareceu de uma forma diferente(veja Que Deus seja verdadeiro). Mas esta linha de raciocínio está baseada em uma falsa premissa, e é contradita pelo próprio Senhor, que declarou:

 

Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Tenho o poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10:17-18).

 

Nós aconselhamos a qualquer membro da seita que venha a ler este artigo, que examine de novo as Escrituras em relação a esta doutrina crucial, que é o fundamento da fé Cristã. As evidências que apoiam a ressurreição corpórea e visível do Senhor são esmagadoras; e a sua importância é assinalada em 1 Coríntios 15. Manter a doutrina que o corpo de Jesus não voltou à vida é tomar o lado do anti-Cristo (1 João 4:3; 2 João 7). Em confirmação da ressurreição do corpo carnal do Senhor, Pedro citou uma profecia do Antigo Testamento referente a Cristo: “Também a minha carne repousará segura, pois não deixarás a minha alma(corpo) no inferno(sepultura), nem permitirás que o teu santo veja corrupção” (Salmo 16:8-11). Em explicação deste profecia, Pedro ensina: “Neta previsão, disse(o profeta) da ressurreição de Cristo, que a sua alma(corpo) não foi deixada no inferno(sepultura), nem a sua carne viu corrupção. Deus ressuscitou a ESTE JESUS, do que todos nós somos testemunhas” (Atos 2;24,26,27,31,32).

 

Paulo ensinou que alguém que afirme seguir Cristo, e que no entanto negue a sua ressurreição física , prega Jesus “em vão” (1 Coríntios 15:14).

 

A Segunda Vinda de Cristo Distorcida

 

O erro fundamental das Testemunhas de Jeová acima referido, leva a outros erros destrutivos da verdade. Apesar do tremendo peso das evidências de um Jesus ressuscitado de maneira visível e corpórea, que permitiu aos seus discípulos “ser tocado e ser visto” e que foi visto por mais de 500 testemunhas que não eram nem loucos nem mentirosos, as Testemunhas de Jeová mantêm que Jesus Cristo foi morto na carne e que ressuscitou como uma criatura espiritual invisível; logo, “o mundo não o virá mais” (Que Deus seja Verdadeiro).

 

Em completa contradição com este ensino, a Bíblia declara que “Todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram” (Apocalipse 1:7). As Testemunhas de Jeová afirmam que estas palavras se cumprem no povo que discerne a presença nas nuvens de problemas à sua volta (Que Deus seja Verdadeiro), mas até que isto fosse reconhecido (o que não é), como poderia ser dito que “os que o trespassaram” irão vê-lo se é invisível? Cristo claramente disse àqueles Judeus que foram seus juízes, e que injustamente o condenaram à morte faz 1900 anos, que eles seriam ressuscitados para serem acusados e condenados na sua presença (Lucas 19:27). Nesse dia, eles “o virão” como ele declarou (Mateus 26:64), mas nessa altura estará investido de poder e glória.

 

O retorno visível do Senhor à terra está claramente testificado na mensagem dos anos, àqueles discípulos que testemunharam a sua ascensão ao céu:

 

ESSE Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir ASSIM COMO PARA O CÉU O VISTES IR” (Atos 1:11).

 

Esta linguagem é tão clara como seria de esperar. Não existe ambiguidade, nem metáfora, nem simbolismo acerca dela. É literal e verdadeira. “ESSE Jesus”, significa o mesmo Jesus com quem os discípulos falaram, e que tocaram e viram, e que tinha comido o peixe que eles tinham preparado para ele (Mateus 28:9; Lucas 24:39-43). Ele é para voltar assim como eles viram ele partir: visível ao olho humano. Em Zacarias 13:6 é profetizado que na sua segunda vinda ele revelará a sua identidade aos Judeus incrédulos aos mostrar-lhes as suas chagas nas mãos, com o resultado que eles se convencerão da sua cegueira. Eles “olharão para aquele a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão” devido à sua cegueira (12:10).Isto ainda não aconteceu. Isto espera a segunda vinda do Senhor quando ele assumir a sua posição de direito como Rei dos Judeus, e Monarca do mundo, e suprimirá a revolta contra si de há 1900 anos atrás (João 18:37; Lucas 19:27).

 

Mas as Testemunhas de Jeová ensinam que Cristo já voltou em 1914, e que a ressurreição do que eles chamam “a organização celestial” ocorreu em 1918.

 

Quando pressionados para darem provas, explicam que é invisível ao olho humano. Cristo voltou, mas ninguém o viu!, a ressurreição ocorreu, mas ninguém notou porque, na verdade nenhum morto voltou à vida!

 

Com evidências tão fúteis, como estas, nada pode ser provado. Que o leitor que está preocupado com a sua salvação, examine as muitas referências ao retorno de Cristo, e verá que falam da sua presença, visível ao mundo da humanidade. “O veremos”, declarou João (1 João 3:2). “Vereis”, disse Jesus aos Judeus descrentes (Mateus 26:64). “Na revelação da sua glória”, declarou Pedro (1 Pedro 4:13). “Aparecerá”, escreveu Paulo (Hebreus 9:28). “Verão vir o Filho do homem”, declarou o Senhor (Mateus 25:31); Marcos 13:26; Lucas 21:27). Nenhuma quantidade de maneiras de baralhar as palavras poderá destruir o ensino Bíblico da presença visível do Senhor na sua Segunda vinda.

 

A Vinda ou “Parousia” do Senhor

 

As Testemunhas de Jeová tentam reforçar a sua posição da presença invisível de Cristo pelo uso da palavra parousia. O argumento é mais ou menos este: “A palavra Grega traduzida “vinda” é parousia, e significa “presença”, e não “vinda””. Tanta coisa é apoiada nesta palavra parousia que muitos membros da seita parecem ter uma concepção inteiramente errada acerca do seu significado. Em discussão com alguns deles, pareceu que eles pensam que a palavra invaravielmente significa uma presença invisível; no entanto, um argumento deste tipo não é oficialmente apresentado nos livros distribuídos pela seita, pelo menos foi o que descobrimos até agora.

 

Como é então usada essa palavra nas Escrituras? Em 1 Coríntios 16:17 Paulo escreve “Folgo, porém, com a vinda(parousia) de Estéfanas”. Em 2 Coríntios 7:6 ele escreve da “vinda(parousia) de Tito”. Em Filipenses 1:26 ele faz referência à “nova ida(parousia) a vós”. Claramente, o Apóstolo usou a palavra para denotar uma presença visível e corpórea. A palavra Parousia é formada pela conjunção de duas palavras Gregas: para que significa “com, ” e ousia que significa “estar” do verbo eimei, ser. Logo a palavra Parousia significa “estar com.” A volta de Cristo, ou parousia, significa assim a sua presença corporal na companhia daqueles para os quais ele vem. É absurdamente falso alegar(como fazem as Testemunhas de Jeová) que Cristo retornou em 1914, e que foi estabelecido o céu reino!

 

De facto, Cristo advertiu os seus seguidores que tivessem atenção com aqueles que afirmariam que Cristo tinha voltado mas não de uma maneira manifesta. Ele declarou:

 

Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da cas; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 26:26-27).

 

Isto é claramente um aviso contra aqueles que afirmam que Jesus está presente mas não pode ser visto. Cristo irá voltar para derrubar todas as formas de governo presentes, e estabelecer o seu próprio governo justo. O efeito desta intervenção nos assuntos mundiais será abertamente manifesta. As Escrituras declaram:

 

O Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído... esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44).

 

O efeito da presença e do governo de Cristo será evidente a todos. Mas se ele está presente desde 1918, como ensinado pelas Testemunhas de Jeová, a sua influência tem sido extremamente ineficaz; não realizou nada em relação a reformas mundiais como as Escrituras ensinam que ele realizará. Certamente, não tem sido surpreendentemente evidentes como Jesus declarou que haveriam de ser nas referências acima citadas.

 

O que é uma prova positiva que o ensino das Testemunhas de Jeová é contrário ao da Bíblia!

 

A Bíblia declara que na sua vinda “todo o olho o verá”, o que não é certamente o caso nos nossos dias.

 

Para além disso, a Bíblia ensina que quando o Senhor voltar, os seus crentes serão reunidos a ele para julgamento (2 Timóteo 3:1). Refere-se à “vinda do nosso Senhor Jesus Cristo”, e “pela nossa reunião com ele” (2 Tessalonicenses 2:1). Para esse propósito, “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).

 

E é bastante óbvio que a ressurreição ainda não aconteceu porque o Senhor ensinou que em consequência desse evento maravilhoso as pessoa verão “Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus” (Lucas 13:28). Era a esperança de Paulo ser bendito “com o crente Abraão” (veja Gálatas 3:9,29).

 

De passagem, deverá ser notado que a palavra parousia não denota somente “presença”, mas também sem certas ocasiões, presenças oficiais. Moulton e Milligan, coautores da obra Vocabolário do Grego do novo Testamento declaram:

 

O que, no entanto, nos preocupa especificamente em conexão com o uso no Novo Testamento de parousia é a quase força técnica da palavra desde tempos Ptolomaico e daí em diante que denota a “visita” de um Rei, Imperador, ou de outra pessoa com autoridade, o carácter oficial da visita sendo ainda mais enfático pelos impostos ou pagamentos que eram extorquidos para os preparativos de uma tal visita.”

 

Portanto o termo, quando usado em relação a Cristo, não somente denota a sua presença, mas na sua categoria de Rei também.

 

Cristo voltará como rei para reinar na terra (Apocalipse 20:6; 5:9-10).

 

 

Era J. Rutherford Mais Importante Que Abraão?

 

As Testemunhas de Jeová dividem o Reino de Deus em duas partes: celeste e terrena. Aqueles merecedores de alcançar um lugar na “organização celestial” reinam com Cristo no Céu, e estão limitados a 144.000 Testemunhas de Jeová especialmente escolhidas para tal. Enquanto que os restantes permanecem na terra, e incluem o que é chamado de “Jonadab”, ou classe serviçal. Esta crença espantosa introduz assim uma distinção entre os eleitos, que desaprova preciosidades como Abraão, o “amigo de Deus” e “pai dos crentes,” e David “o homem segundo o coração de Deus”, pois afirma que as Testemunhas de Jeová, como C. Russell e J. Rutherford, ganham um lugar mais elevado/importante no Reino de Deus que aqueles homens de fé. No livro amplamente distribuído, Que Deus seja verdadeiro, homens como “Abraão, David, Daniel e outros que “param a boca de leões, etc.”” são referidos como sendo inferiores no Reino de Deus em relação a homens como C. Russell, J. Rutherford e outras Testemunhas de Jeová. É afirmado que estes últimos nunca morreram realmente, pois na altura da morte são mudados, e ascendem ao céu para reinar com Cristo. Logo, uma posição de importância é lhes conferida em vez de a Abraão, David e outros homens de fé, que, esta seita ensina que têm que esperar o tempo da ressurreição, e serão revestidos de uma forma de vida menos importante, na terra!

 

Afirmar que as Testemunhas de Jeová (não importa quão alta seja a sua posição na organização) receberão uma recompensa melhor que Abraão, David ou Daniel, é presunção, a estupidez disto tudo é evidente. Mas se a evidência Bíblica é procurada, será encontrada em quase todas as páginas da Bíblia. Paulo, tendo constatado “combati o bom combate, e acabei a carreira, guardei a fé.” Declarou:

 

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, MAS TAMBÉM A TODOS OS QUE AMAREM A SUA VINDA” (2 Timóteo 4:1,8).

 

As Testemunhas de Jeová alegam que a recompensa a ser dada a Paulo é aquela vida especial reservada para os 144.000 especialmente escolhidos como é requerido pela sua teologia, mas o Apóstolo ensinou que a sua recompensa seria a herança comum recebida “por todos” os merecedores. Cristo ensinou o mesmo (Mateus 19:28-29). Ele orou por todos aqueles que acreditariam nele que “Todos sejam UM, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós... para que eles sejam perfeitos em unidade” (João 17:20-23). Em Gálatas 3:9 Paulo plenamente contradiz a ideia de que Abraão irá herdar uma posição inferior no Reino, como alegado pelas Testemunhas de Jeová. Ele ensina, “De sorte que os que são da fé são benditos COM o crente Abraão.” No versículo 29 ele declara que a esperança de todos os Cristãos é tornarem-se herdeiros da promessa feita a Abraão (v.16). No entanto as Testemunhas de Jeová afirmam que alguns dos seus membros receberão uma herança melhor que Abraão, aquem Paulo descreve como o “pai dos crentes” (Romanos 4:16). Isto não é o testemunho da verdade Divina ,as sim o cúmulo da estupidez.

 

Os Apóstolos esperavam a mesma recompensa que foi prometida a Abraão. Paulo constatou “E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais estou aqui a ser julgado” (Atos 26:6). Ele fereria-se a Abraão, Isaque, Jacó, os pais de Israel. Noutra passagem, ele disse, “Pela esperança de Israel estou com esta cadeia” (Atos 28:20). Aos Coríntios ele escreveu, “sabendo que aquele que levantou a Jesus também levantará a nós, junto com Jesus, e nos apresentará junto convosco” (2 Coríntios 4:14). Citamos esta passagem na forma como ela aparece na Tradução do Novo Mundo distribuída pelas Testemunhas de Jeová. Em qualquer tradução esta passagem mostra de maneira conclusiva que Paulo ensinava que a sua esperança era a esperança comum de todos os crentes. Ele não se considerou à parte como acima de todos os outros, reivindicando uma herança “celestial”, enquanto que os outros receberiam uma “terrestre”. Ele, “junto convosco”, os Coríntios, esperanvam o tempo em que todos juntos seriam trazidos à presença do Senhor. Não há distinções de classes no “(um) corpo de Cristo)”. Contrário ao ensino das Testemunhas de Jeová, a esperança de todos os remidos é estarem com Cristo (João 14:1-3; 1 João 3:2), e “reinar na terra” (Apocalipse 5:10).

 

As Testemunhas de Jeová têm sido desviadas da verdade por um entendimento erróneo do simbolismo Bíblico que denota o agregado dos remidos, um número que “ninguém podia contar”, pelo total figurativo de 144.000 (veja Apocalipse 7:4,9). Uma vez mais, uma interpretação errada de uma passagem simbólica das Escrituras levou-os a um erro grave.

 

Existe Algum Futuro Para Jerusalém?

 

A Bíblia aponta Jerusalém como “a cidade do grande Rei”, Jesus Cristo (Mateus 5:35). A partir dela emanarão as leis justas de Cristo para a humanidade (Isaías 2:2-4). Isto mostra que o propósito de Deus enviar Cristo para reinar de lá sobre um mundo em paz (Atos 3:19-21); Daniel 2:44); Miqueias 4:1-4; Zacarias 14:9). Embora no princípio o os homens possam-se se opor à obra de Cristo, serão finalmente forçados a submeterem-se ao governo de Cristo (Salmo 2), pois toda a autoridade e poder vão estar sujeitos a ele. Ele não será somente rei dos Judeus, mas Rei de toda a humanidade, e reinará para a glória de Deus e para o benefício da humanidade. Reinando com ele estarão os fiéis; assim como ele, levantados de entre os mortos e tendo recebido imortalidade (Apocalipse 5:9-10).

 

O reino milenar de Cristo foi o assunto de uma maravilhosa promessa feita ao rei David. Foi-lhe dito que Deus haveria de prover-lhe um descendente que haveria de reinar para sempre sobre Israel no seu trono em Jerusalém (2 Samuel 7:11-16). Esta cidade tornar-se-á então na metrópole de um Reino de paz a nível mundial:

 

Naquele tempo chamarão Jerusalém, o trono do SENHOR, e todas as nações se ajuntarão a ela, em nome do SENHOR, em Jerusalém; e nunca mais andarão segundo o propósito do seu coração maligno” (Jeremias 3:17).

 

...quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus anciãos(Abraão, Isaque, Jacó, etc.) gloriosamente.” (Isaías 24:23).

 

E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras... E o SENHOR será rei sobre toda a terra” (Zacarias 14:4,9).

 

O ensino claro destas passagens é que Cristo reinará desde Jerusalém em associação com os seus “anciãos”, aqueles que foram aprovados como fiéis a Deus antes do seu(de Jesus) nascimento, faz 1900 anos, como também aqueles que depois creram nele, e obedeceram aos seus preceitos.

 

Zedequias foi o último rei que reinou no trono de David. Ele foi provado como insatisfatório para Deus, e assim foi retirado da sua posição de autoridade, e o próprio trono derrubado, “até que” como Deus disse ao rei, “venha aquele a quem pertence de direito; a ele a(coroa/reino) darei” (Ezequiel 21:27). Assim sendo, no nascimento de Jesus, foi dito à sua mãe: “Este será grande, e será chamado filho do Altissímo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lucas 1:32).

 

Com base nisto, e em outras numerosas Escrituras, homens de fé são capazes de esperar pelo tempo em que as fortes e infalíveis mãos de Cristo tomarem as rédeas dos assuntos desta terra; quando ele reinar desde Jerusalém, e sujeitar todas as nações a Deus. Esta gloriosa verdade reveste o futuro de substância e esperança. Mas é destruído pelo ensino das Testemunhas de Jeová que acreditam que o Senhor já está entronizado invisivelmente no céu, no trono de David que está supostamente lá localizado! No livro Que Deus Seja Verdadeiro é alegado que “se Jesus tivesse que se sentar no trono de David na terra, então seria menos importante que os anjos.” Isto é inteiramente falso. As Escrituras não dizem que Jesus se sentaria no trono de David na fraqueza da mortalidade, mas sim “na glória do seu Pai” (Mateus 25:31). E quanto ao trono de David ser comparado ao poder dos Gentios, até mesmo nos dias em que homens mortais reinaram lá, era chamado de “trono do SENHOR” (1 Crónicas 29:23; 28:5). Este trono será restaurado e o “homem Jesus Cristo”, atualmente mediador “entre Deus e os homens” (1 Timóteo 2:5) lá reinará, não na fraqueza como homem mortal, mas como o divino(embora visível) e poderoso Filho de Deus.

 

Depois disto voltarei(diz Jesus), e reedificarei o tabernáculo de Davi, QUE ESTÁ CAÍDO, LEVANTÁ-LO-EI DAS SUAS RUÍNAS, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque os Senhor” (Atos 15:16-17).

 

Termos como “caído”, “suas ruínas”, não se pode aplicar a um trono que está nos céus como é ensinado pelas Testemunhas de Jeová. O trono de David estava em Jerusalém, e os profetas ensinam que Jerusalém será chamada de “trono do SENHOR, e todas as nações se juntarão a ela” (Jeremias 3:17). Obviamente não será no céu! Zacarias revela que durante o milénio de paz que Cristo estabelecerá na terra, representantes de todas as nações deverão ir de ano em ano a Jerusalém para adorarem diante do Rei (Zacarias 14:16). Certamente não ascenderão, todos os anos, ao céu!

 

Guerra No Céu

 

As Testemunhas de Jeová têm tendência para falar mais acerca do diabo do que de Deus. Ao fazerem isso, obviamente frequentemente interpretam de maneira literal as declarações simbólicas da Bíblia, enquanto que dão um sentido parabólico àquelas que deveriam ser entendidas literalmente!

 

Isto leva a erros graves.

 

Por exemplo, profecias que estão relacionadas com o retorno dos Judeus, que formam uma ampla secção das Escrituras proféticas, são interpretadas no sentido figurativo, e aplicadas à sua própria Organização; enquanto que o simbolismo do livro de Apocalipse são tratados literalmente.

 

Um caso notável disto é o ensino em relação a uma guerra o céu. Afirmam que no céu deu-se uma batalha entre Cristo e o Diabo. Foi resolvida de maneira favorável a Cristo, terminando com a expulsão do seu inimigo diabólico do céu para a terra.

 

Uma ideia de uma guerra no céu é repulsiva de argumentar, e é derivada de interpretar literalmente as Escrituras, que obviamente deviam ser tratadas de maneira simbólica. Apocalipse 12:7-9 diz:

 

E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão... E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra...”.

 

À primeira vista isto parece apoiar o ensino das Testemunhas de Jeová. Mas ao interpretarem assim os versículos, as Testemunhas de Jeová falham ao não terem em conta ouro ensino Bíblico de grande importância. Por exemplo, a ideia

 

Tradução: S. Mestre

A ORAÇÃO

S. Mestre, 23.11.09

Deus realmente quer que falemos com ele. Isto é uma das coisas mais maravilhosas acerca do nosso Deus - Ele quer ouvir-nos. Ele diz, "Invoca-me, e te responderei" (Jeremias 33:3). Isto é repetido tantas vezes nas Escrituras que não podemos ter qualquer dúvida acerca do que Deus requer. Ele realmente quer que falemos com Ele; Ele quer que Lhe digamos como nos sentimos; Ele quer que arrajemos tempo para estar na Sua presença.

 

Talvez você nunca tenha orado muito anteriormente - não como deve ser. Bem, peça a Deus que lhe ajude. Se você seriamente quer fazer algo com a sua vida, precisará de ser alguém que ora regularmente a um Deus que conhece bem.

 

A oração alcança coisas. Paulo escreveu:

 

"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças" (Filipenses 4:6).

 

Um dos maiores problemas que a pessoas têm em orar é que não terá resultado. Quantas vezes já ouviu alguém dizer, "Tudo o que se pode fazer é orar" como se fosse o último recurso. No entanto por toda a Bíblia encontramos a constante chamada de atenção para o facto de que a oração pode operar milagres. Eis aqui uma passagem de Tiago:

 

"Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo." (Tiago 5:16)

 

Você realmente pode conseguir coisas pela oração!

 

Jesus disse, "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei" (João 14:13,14; 15:7,16; 16:23,24). Ele realmente queria passar esta mensagem. Três vezes disse isso num espaço de cerca de uma hora ou duas. Deus quer que peçamos. Ele espera que peçamos. Ele tem prazer em responder-nos.

 

Temas de Oração

 

Os seguintes temas de oração estão baseados em coisas que as Escrituras dizem que devemos pedir ou agradecer a Deus, ou em exemplos de orações de homens fiéis.

 

A lista não é exaustiva. Contém simplesmente sugestões que podem ser usadas para o benefício de orações em privado ou em grupo. Cada tema está acompanhado da referência Bíblica que deve ser lida com cuidado e meditação primeiro, e depois construir uma oração à volta dela.

 

As sugestões de temas são recomendadas na esperança de que sejam uma bênção e uma ajuda para nós na oração e louvor a Deus:

 

1 -> Para ajuda na leitura diária da Bíblia, para sabedoria e entendimento dos caminhos de Deus (Salmo 119:18; Tiago 1:5).

 

2 -> Para uma melhor consciencialização sobre o amor de Deus e sacrifício do Senhor Jesus Cristo por nós (Mateus 26:36-44).

 

3 -> Para uma melhor compreensão da vida de Cristo e ajuda em emulá-lo e na prática das suas virtudes (Filipenses 2:5-8).

 

4 -> Para a nossa constante dedicação a Deus e consciencialização de viver diariamente com Cristo (João 17:9-11,20,21).

 

5 -> Para que nos ofereçamos a Deus sem reservas para sermos usados por Ele (Isaías 6:8; 1 Samuel 3:10).

 

6 -> Para o retorno de Cristo para glória de Deus (Apocalipse 22:20).

 

7 -> Para  consciencialização sobre os sinais à nossa volta que anunciam a vinda de Cristo, e termos um sentido de urgência e vigilância (Marcos 13:33-37).

 

8 -> Para uma preocupação maior pelos nossos irmãos e irmãs, pela unidade e harmonia na irmandade e para ajudar-nos a servi-los no espírito de Cristo (1 Samuel 12:22-24; 1 Coríntios 12:25-27).

 

9 -> Para que venham mais trabalhadores para a colheita para que o nome de Deus seja magnificado (Mateus 9:36-38).

 

10 -> Para o arrependimento de Israel (Salmo 122:2-9).

 

11 -> Para uma preocupação maior com os que estão a morrer no mundo, ajuda em estar alerta para oportunidades de pregação e para bênção na pregação (Génesis 18:23-33; 2 Tessalonicenses 3:1,2).

 

12 -> Por reis e governantes e para misericórdia de que seremos contados como dignos de escapar a vindoura tribulação (Lucas 21:36; 1 Timóteo 2:1-3).

 

ROB HYNDMAN

Tradução: S. Mestre

(Article: Prayer/Prayer Themes, Faith Alive! 94, pag. 14, 15)

O PODER DA ORAÇÃO

S. Mestre, 23.11.09

A oração é o tema mais difícil de se falar porque  não é realmente algo de que se fale mas é um privilégio que deve ser praticado com reverência, fervor e frequência.

 

Algumas pessoas só pensam em Deus em tempos de crise nacional ou quando têm problemas em suas vidas. Já notou que quando rebentou a crise financeira em várias partes do mundo, a palavra "oração" começou a ser usada muito mais pelos média do que normalmente o fazem? O mesmo fenómeno ocorreu em 11 de Setembro de 2001 - quando aqueles dois aviões embateram contra o World Trade Center em Nova Iorque.

 

Parece que somente em tempos de guerra ou de crise é que as pessoas viram-se para a oração. Alguns usam a oração como se fosse um extintor de fogo; como que viesse com a mensagem - "Usar só em caso de emergência". As pessoas parecem acreditar que podem se desenrascar bem por si sós na maioria do tempo, mas ocasionalmente precisam de um Deus a quem podem orar, fazer pedidos, culpar, ou amaldiçoar. 

 

Deus Está No Céu

 

Como discípulos do Senhor Jesus acreditamos num Ser espiritual pessoal e eterno que está no céu e que é misericordioso, atencioso, paciente e abundante em bondade e verdade. Também estamos convencidos de que Ele escolheu revelar-Se à humanidade não somente na Sua Palavra, a Bíblia, mas também através da personalidade do Seu Filho unigénito (veja Hebreus 11:6 e João 14:6-9). Tudo o que podemos conhecer sobre as Suas intenções para com a Sua criação, Deus nos explicou na Sua Palavra - a Santa Bíblia. Se a nossas orações são para ser reais e com sentido temos que aceitar o que Deus revelou e acreditar no gracioso propósito de Deus para com a Sua criação.

 

Na Sua infinita sabedoria, Deus criou a humanidade com uma habilidade aparentemente algo perversa. Todos nós temos a habilidade de voltar as costas ao nosso Criador, se o desejarmos. Isto é a razão pela qual muitas vezes pensamos que conseguimos fazer tudo sem Deus (exceto em certas circunstâncias) e é a razão pela qual as pessoas muitas das vezes decidem que não existe um objetivo claro para a vida. Tantas pessoas vêem a vida presente como uma sequência de eventos aleatórios em vez do que uma preparação para a vida eterna. Para elas, coisas acontecem e Deus não entra de todo no quadro que pintam da vida. Mas Deus está no céu, quer aceitemos esse facto ou não.

 

Chegando Perto

 

Para aqueles de nós que vieram a aceitar as intenções reveladas de Deus, a situação é bem diferente. A oração expressa o desejo dos homens e mulheres de fazerem parte do gracioso propósito de Deus e de estar perto Dele. No coração de um que ora com reverência, fervor e com frequência existe um desejo ardente em louvar e servir Deus e de ser capaz de chegar bem perto Dele. Tal pessoa reconhece a imutabilidade de Deus, o Seu poder infinito e o Seu amor inefável que mostrou ao mundo através do Seu Filho. No entanto também existe a compreensão da parte de tal pessoa que ele ou ela tem uma natureza rebelde, da qual já falámos, e que quer ser independente de Deus. Existem dois problemas que nos confrontam imediatamente:

 

1 - Este espírito de rebelião encontra a sua expressão no pecado, um termo que simplesmente significa fazer o que é errado. Esta atitude mental tornou-se numa barreira que as pessoas levantam entre elas e o seu Criador. No entanto Deus, em Sua graciosa misericórdia, tornou possível que esta barreira seja removida.

 

2 - No geral, a humanidade está cega para o facto de que sofremos do que devemos chamar uma doença terminal e até que nos apercebamos do significado da nossa mortalidade -  que iremos morrer - não entenderemos a importância de encontrar o remédio providenciado por Deus. Pois já existe uma cura!

 

Como alguém uma vez escreveu:

 

"O Salvador da humanidade, Jesus de Nazaré conduziu a sua vida até à morte voluntária como um ato da graça da redenção para que o homem fosse liberto da escravidão do pecado e preparado para participar na terra limpa do mal e cheia da glória divina". Isto é exatamente o que diz João no seu evangelho (João 3:16) e na sua primeira carta (1 João 4:10).

 

Encontrando Segurança

 

Só existe um refúgio para as tempestades da vida. E este é Deus. Como o Salmista uma vez escreveu:

 

"O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente  diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio" (Salmo 91:1,2).

O apóstolo Paulo, ao escrever aos crentes Cristãos do primeiro século em Éfeso, maravilha-se com o plano de Deus para a salvação da humanidade. Ele sente-se compelido a agradecer de coração ao começar o terceiro capítulo. No entanto, ele imediatamente se detém (veja Efésios3, versículos 14-21). Ele fica dominado pela graça abundante e misericórdia de Deus que não somente incluiu os Judeus mas também os Gentios nos Seus planos maravilhosos. A sua oração é que o seus leitores (e isso inclui todos nós) sejam transformados de homens e mulheres que sofrem de uma enfermidade terminal  (mortalidade) em homens e mulheres que tonaram-se novas criaturas aos olhos de Deus.


Tais pessoas não estão mais  condenadas ao esquecimento eterno da morte, pois largaram-se do seu antigo "eu" e tomaram uma nova identidade. São pessoas em cujos corações Cristo habita pela fé. São pessoas que agora entendem algo do propósito de Deus - e podem fazer parte dele. Vieram a aceitar a tremenda graça e misericórdia de Deus expressa nas palavras - "Vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino".

Transformação

 

Assim, o poder da oração para o ser humano que começou uma vida nova em Cristo é tão grande que pode ser transformado de pecador em santo; de prisioneiro do pecado em alguém livre em Cristo; de uma pessoa condenada à morte, a filho amado de Deus. E ainda há mais! O novo homem em Cristo que foi gerado pela Palavra de Deus e batizado no nome salvador de Jesus, é alguém que deve continuar a viver esta vida mortal, sujeita a todos os altos e baixos, tentações e provações e a todos os momentos de alegria e tristeza.

 

Como é então a vida em Cristo diferente? É diferente no sentido que o crente rendeu a sua vida a Deus - a um Deus que pode ser agora chamado de "Pai". As batalhas da vida não precisam mais de ser enfrentadas sozinhos, pois Deus está sempre perto e pode-se falar com Ele em oração. Oração é a oportunidade de estar a sós com Ele no sossego da Sua presença, em qualquer lugar e a qualquer altura do dia ou da noite. Podemos assim deixar de lado as coisasque nos afligem e nos agitam todos os dias e entrar na serena presença de Deus.

 

Aqueles homens e mulheres que procuram sempre algo para os satisfazer, que gostam muito de "fugir de tudo por um pouco de tempo" falharam no sentido essencial da mensagem do evangelho. Deixemos as nossas mentes centrarem-se nestas Escrituras (Mateus 6:6; João 17:15-21; 1 Tessalonicenses 5:16-23; 1 Timóteo 6:6). Até o Senhor Jesus precisava de fazer isto e ter estes momentos de calmaria (Marcos 6:31-34&46). Se ele precisava disso, também nós precisamos.

 

Chegar até Deus

 

Numa parábola que Jesus ensinou, o filho mais novo de uma família rica deu as costas ao seu pai, exigiu a sua herança, e saiu de casa. Tudo esteve bem enquanto os seus bolsos estiveram cheios e podia comprar os seus amigos. Mas assim que aqueles bolsos ficaram vazios, Lucas diz-nos que "começou a passar necessidades". Ele depois compôs o que de facto é uma oração ao seu pai (Lucas 15:18-19). Todo o tempo em que ele estivera fora esse mesmo pai esteve ansiosamente esperando pelo seu retorno e as palavras preparadas pelo filho são abreviadas por aquele pai amoroso (Lucas 15:20-24).

 

No entanto aqueles que vieram a Deus em oração através de Cristo têm um maior privilégio que aquele filho. Porque Jesus nos entende tão bem, ele próprio leva as nossas orações perante o trono da graça do Pai (Hebreus 10:22 e 1 João 1:9). Ele está ao nosso lado, como estivesse pegando na nossa mão, quando procuramos o perdão para os nossos pecados.

 

Mesmo assim, existem alturas em que não sabemos o que dizer nas nossas orações. Talvez estejamos doentes ou com dor; preocupados ou angustiados; sobrecarregados ou até destroçados. Mas porque confiámos as nossas vidas a Ele podemos desfrutar deste imenso privilégio de chamarmos Deus de nosso Pai no céu. E existe o maior sentido possível de confiança pois as Escrituras dizem:

 

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28).

 

O crente confia implicitamente no Pai e deixa-Lhe a resolução de problemas aparentemente sem fim, não como um último recurso mas como uma prioridade. Por isso, suplico-vos, não coloquem a vossa confiança na incerteza das promessas feitas pelos homens. Não dependam das esperanças oferecidas pelos políticos ou sociólogos, não importa quão bem intencionadas sejam. Em vez disso, aproximem-se do Deus Vivo através do Seu Filho, venham conhecer o poder real da oração no conhecimento que Deus prometeu:

 

"Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará... Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios... Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra...
Os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz" (Salmo 37:4-5,7,9,11).

 

Trevor A Pritchard

Tradução: S. Mestre

(Article: The Power Of Prayer, Glad Tidings 1506, pag. 5-8)

MAIS ACERCA DA SEMENTE PROMETIDA

S. Mestre, 23.11.09

Abraão recebeu muitas promessas de Deus que são princípios básicos. São acerca do seu descendente ou descentes - a palavra "semente" pode significar qualquer um desses. No artigo anterior, Dudley Fifield explicou que cada promessa precisa de ser cuidadosamente examinada para ver se se refere à nação que descende de Abraão, ou a um descendente em Especial. Ele resume o que descobriu até agora e mostra como essas promessas começaram a se cumprir.

 

Sumário

 

O seguinte emergiu do nosso breve estudo das passagens relevantes:

 

1 -> A semente natural de Abraão, as doze tribos de Israel, foi-lhes prometido que possuiriam a terra de Canaã como herança eterna.

 

2 -> Abraão seria pai de uma multidão de nações(isto quer dizer que ambos Judeus e Gentios poderiam descender dele).

 

3 -> A sua semente (singular) herdaria a porta dos seus inimigos e nele todas as famílias da terra seriam abençoadas.

 

Agora iremos ver cada uma destas categorias da promessa, uma de cada vez.

 

A Semente Natural de Abraão

 

As doze tribos de Israel originaram-se de Jacó, neto de Abraão, e tornaram-se no povo escolhido de Deus. Eles eram para ser os guardiões da Verdade de Deus e foram comissionados com estas palavras, faladas por Deus no Sinai:


"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa" (Êxodo 19:5,6).

Um sacerdote é o representante de Deus entre os homens. Mostra Deus aos homens e trás os homens até Deus. Como nação, Israel tinha esta responsabilidade sacerdotal entre as nações da terra (veja Deuteronómio 4:5-8). Como o apóstolo Paulo expressou quando escreveu aos Romanos, os Judeus tinham estes benefícios:

 

"... dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne" (Romanos 9:4,5).

 

O registo do Antigo Testamento é a história triste de como este povo privilegiado falhou em viver à altura das suas responsabilidades e de como, em consequência, Deus derrubou o reino deles e os espalhou pela terra.

 

Promessas Pactuais

 

Deus no entanto manteve-se verdadeiro para com o seu pacto, e não desistiu do Seu povo. Em vez disso a promessa é novamente reiterada vez após vez que:

 

"Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho" (Jeremias 31:10).

Veja também Deuteronómio 30:1-3; Isaías 11:11,12; e Ezequiel 37:12,21,22.

 

Isto não é um ensinamento só do Antigo Testamento mas encontra-se também no Novo Testamento. O Senhor Jesus disse:

 

"Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem" (Lucas 21:24).

O apóstolo Paulo escreveu isto acerca de Israel:

 

"Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!" (Romanos 11:11,12).

"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. E este será o meu concerto com eles, quando eu tirar os seus pecados" (Romanos 11:25-27).

Israel Reunido de Novo

 

A promessa era que a nação de Israel seria trazida de volta para a sua antiga terra e que o povo se reconciliará com o Senhor Jesus Cristo, o seu Messias. Nesse dia reconhecê-lo-ão por fim como o salvador que Deus enviou, mas seus pais crucificaram-no. Como diz o profeta:

 

"Sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito" (Zacarias 12:10).

A restaurada e arrependida nação então herdará a terra em cumprimento da promessa que Deus fez a Abraão. Esta grande nação herdará a terra para sempre; será a sua herança perpetuamente - de geração em geração. Ocuparão a terra como mortais, servindo no vindouro Reino de Deus que estará centrado em Jerusalém, durante o reinado milenar do Senhor Jesus Cristo - o Milénio. E sabemos quem guiará e dirigirá a nova não durante essa era maravilhosa, pois Jesus fez esta promessa aos seus discípulos:

 

"Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel" (Mateus 19:28).

Dudley Fifield

Tradução: S. Mestre

(Article: More About The Promised Seed, Glad Tidings 1505, pag. 9,10)