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BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

Artigos e estudos Bíblicos

BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

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O QUE DEUS PROMETEU

S. Mestre, 26.07.10

Há muitas promessas importantes na Bíblia e no presente artigo, pretendemos apenas examinar algumas delas.

Mas primeiro devemos lembrar que existem dois tipos de promessas: condicionais e incondicionais.


Condições?

Uma mãe pode dizer ao seu pequeno filho Tommy, se comeres o repolho, depois podes comer sorvete. Isto é uma promessa condicional dependente se Tommy come o repolho ou não.

Por outro lado a mãe, poderia dizer: “Tommy, como está um bom dia iremos nadar esta tarde.” Esta é uma promessa incondicional e expressa uma firme intenção de ir nadar.

Esta distinção pode nem sempre ser tão simples como parece, mas é uma distinção útil e, na Bíblia, vemos que Deus faz tanto promessas condicionais como incondicionais.

Vejamos duas passagens chave do Novo Testamento, que falam das promessas de Deus.

...Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,
pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo
” (2 Pedro 1:3-4).



Observe que as promessas são descritas em termos superlativos – elas são "mui grandes e preciosas” e para além disso, elas prometem a vida eterna – participação “da natureza divina” – como o oposto da nossa natureza natural mortal que está sujeita à morte eterna.

Tudo Através de Jesus

A segunda passagem do Novo Testamento que queremos ver é esta:

Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele(Jesus) o sim” (2 Coríntios 1:20).


A linguagem pode parecer-nos um pouco estranha, mas o significado é muito claro – todas as promessas de Deus encontram a sua realização através de Jesus. O que significa que as promessas de Deus para as pessoas como Adão e Eva, Noé, Abraão e David são cumpridas em Jesus. Isto requer um pouco de cuidadosa investigação, se você não está familiarizado com as promessas, então vamos conhecê-las uma a uma.

A Adão & Eva

A primeira das grandes promessas de Deus é incondicional e aparece muito cedo na Bíblia - na verdade, em Génesis capítulo 3, versículo 15. Aqui está ela, dita à serpente:

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.


Estas palavras foram cumpridas em Jesus que era em uma maneira muito especial o descendente de uma mulher (Maria), mas não tinha pai humano. Ele receberia um ferimento não-fatal (uma ferida no calcanhar não é fatal), mas que, por sua vez desferiria um golpe fatal para a descendência da serpente (representando o pecado e tudo que se opõe a Deus). O Senhor Jesus, o filho da mulher, de facto recebeu ferimentos e foi cruelmente morto, mas os seus ferimentos não foram fatais. Pois Deus ressuscitou-o dos mortos ao terceiro dia para a vida eterna.

Através de Jesus (o único o homem sem pecado), o poder do pecado e toda a oposição a Deus foram quebrados (feridos) e a Seu tempo Deus toda a oposição a Deus e Jesus será completamente eliminada. Se pensarmos nisso, é uma maravilhosa promessa de esperança, para o homem e mulher que timha, pecaram e ficaram(E que por sua vez, todos nós)  sujeitos à fadiga e morte e ainda assim no início das Escrituras há essa garantia absoluta de que o poder do pecado e da morte seria completamente quebrado.

A Noé

Um pouco mais adiante, no relato Bíblico chegamos à seguinte promessa:

Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz. Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Génesis 8:21,22).


Nesta passagem, lemos que, após o grande dilúvio, Deus prometeu que  jamais voltará a usar  um diluvio como castigo. Esta é outra promessa incondicional que a grande Terra continuará habitável - e é um grande conforto para nós de vez em quando quando os cientistas fazem previsões de grandes catástrofes naturais que virão sobre a terra.

A Abraão

Talvez a mais importante de todas as promessas de Deus foi aquela feita a Abraão (mais tarde confirmada ao seu filho Isaque e ao seu neto Jacó). Por favor, leia Génesis capítulo 12 versículos 1-4. Deus fez esta promessa com a condição de que Abraão (1) deixasse a terra do seu nascimento (2) o seu povo e (3) a sua própria família. Abraão fez todas essas coisas primeiro ao sair de Ur dos Caldeus, depois deixou o seu pai e o seu próprio povo (em Harã, Síria) e, finalmente, a sua família (o seu sobrinho Ló).

Devido a isso os componentes da promessa serão certamente cumpridos. Deus prometeu que  os descendentes de Abraão se tornaria uma grande nação e isso se cumpriu, pois as nações Judaica e Árabes são todos descendentes de Abraão. Deus também prometeu que todos os povos sobre a terra seriam abençoados através de Abraão. Isto já se cumpriu? Já!

Jesus é um descendente de Abraão e através de Jesus podemos receber o perdão dos pecados e a esperança segura da vida eterna. É por isso que o primeiro versículo do Novo Testamento começa com a afirmação: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão” (Mateus 1:1).

A David

Esse versículo menciona o rei David, bem como Abraão. David foi rei em Jerusalém, cerca de 1000 a.C. e foi um servo fiel de Deus. Em 2 Samuel capítulo 7 versículos 12-16, temos o registo de uma grande promessa feita por Deus a David, acerca de um descendente  que iria reinar como rei para sempre no o trono de David, que estava, naturalmente, em Jerusalém.

O referido é descendente não é outro senão o Senhor Jesus Cristo. Isso fica claro nas palavras faladas a Maria (em Lucas capítulo 1 versículos 30-33). O anjo disse-lhe que o seu filho seria grande e que Deus:

Lhe dará o trono de David, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.


Esta promessa ainda não foi cumprida mas Jesus ressuscitou dos mortos e é o rei ungido de Deus. No devido tempo (e nós acreditamos que será em breve dentro em breve), ele retornará do céu para governar toda a terra desde Jerusalém, assim como Deus prometeu.

Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele(Jesus) o sim” (2 Coríntios 1:20).


Estas são as coisas que Deus prometeu e em Sua graça Deus oferece a cada um de nós partilhar das Suas promessas e da vida eterna no Seu reino – em  e através de Jesus.
Jesus.

David Godfrey

 

(Article: What God Has Promised, Glad Tidings 1509, pag. 15-17)

Tradução: S. Mestre

LÓ VAI PARA SODOMA

S. Mestre, 24.07.10

 

Abraão e o seu sobrinho Ló e as suas respectivas famílias e servos tinham viajado desde de Ur dos Caldeus para a terra de Canaã, por ordem de Deus. Encontrar pastagens para os seus rebanhos e manadas não era fácil, assim que decidiram cada um ir para o seu lado, e isso trouxe Ló a um ambiente difícil, como Dudley Fifield agora explica.

 

(1) O próprio nome de Sodoma passou para o idioma Português como sinónimo de infâmia e maldade humana. Como Ló veio a habitar nesta cidade ensina-nos como devemos viver as nossas vidas. Em Génesis capítulo 13, lemos sobre o conflito entre os pastores de Ló e os pastores de Abraão. Encontrar  pastagem suficiente estava a criar tensões insuportáveis, por isso Abraão

gentilmente permitiu que Ló fizesse a escolha quanto ao local onde os seus rebanhos iriam

pastar. Isto é o que nos é dito:

 

E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro”                       (Génesis 13:10,11).

 

(2) O nome Ló significa “um véu”. Alguns  descreveram-no como “o homem com um véu sobre o rosto”. Observe a ênfase; é um jogo com o significado do seu

nome. Ele levantou os olhos e olhou – mas a sua percepção espiritual estava nublada. Viu só as vantagens imediatas da bem regada campina do Jordão. Ele não foi perspicaz o suficiente para ver os perigos de viver na proximidade de tais “poços de iniquidade” como Sodoma e Gomorra. No início, somos informados, que ele “habitou nas cidades da campina, e armou as suas tendas até Sodoma” (13:12), mas quando os acontecimentos que precederam a destruição das cidades são registrados, nós vemos que Ló não só havia se mudado para Sodoma, mas que ele realmente "estava sentado à porta de Sodoma" (Génesis 19:1). Isso significa que ele tornou-se um juiz ou um governante da cidade, pois eram as pessoas que se sentavam na porta da entrada para tomarem decisões sobre os assuntos referentes à mesma.

 

(3) Dois anjos visitaram Abraão para dizer-lhe que Deus iria destruir as duas cidades de Sodoma e Gomorra por causa de sua maldade e Abraão insistiu com eles na esperança de que eles poderiam poupar Ló e a sua família (Génesis 18:23-33). Conhecendo a justiça de Deus, perguntou-lhes: “Destruirás também o justo com o ímpio?” (18:23) e, em seguida, ele tentou negociar com eles. Talvez, disse ele, houvesse cinquenta justos ali. O anjo lhe assegurou que, se fosse esse o caso então a cidade seria poupada. Abraão persistiu e confessou que, se houvesse 45, ou 40, ou 30, ou 20 ou mesmo 10 justos entre os habitantes de Sodoma, a cidade seria poupada. Foi-lhe dada a garantia de que por 10 pessoas tementes a Deus a cidade seria poupada.

 

Isto é uma visão notável da misericórdia de Deus, que Ele não destruiria a cidade, se dez justos se encontrassem lá, mas que Ele sofreria então a maldade da maioria. Isto fala-nos volumes sobre a tolerância de Deus em face da iniquidade do mundo em que nós vivemos. Sem essa graça e misericórdia a humanidade teria sido apagada da face da terra à gerações atrás. Na verdade, a realidade é que Deus sempre salva os justos, pois o “justo Ló" (2 Pedro 2:7) foi salvo quando as duas cidades foram destruídas.

 

Destruição!

 

(4) Os terríveis acontecimentos que ocorreram em Sodoma está registado em Génesis capítulo 19, versículos 1-29. Podemos nos perguntar se a visita dos dois anjos foi o teste final. Se os homens daquela cidade se tivessem comportado de maneira diferente, Deus a teria destruído? Mas não havia remédio e assim tomando Ló, a sua esposa e as suas duas filhas, o anjo conduziu-os para fora da cidade. (Veja os versículos 16-22 para um outro exemplo da compaixão e condescendência de Deus.) O capítulo diz-nos que a mulher de Ló

olhou para trás e foi transformada numa estátua de sal (versículos 17 e 26). O versículo 17 deixa claro que “olhar para trás” não significa um olhar inquisitivo sobre o ombro. Eles haviam sido alertados para virar as costas a Sodoma e a tudo o que estava associado com essa cidade, ou eles morreriam com ela. Parece que a mulher de Ló tinha deixado o seu coração em Sodoma. Ela amava esse lugar; era onde ela pertencia e, por fim, ela  ficou para trás e olhou para a cidade cheia de saudades.

 

(5) O registo diz que ela foi transformado num pilar de sal. Tem-se observado que na área do Mar Morto, há muitos pilares de sal, alguns tão altos como 12 metros. O destino dela era ser engolida no cataclismo que afetou as cidades da planície. Ela ficou literalmente enterrada num “Pilar de sal” que posteriormente manteve-se como monumento à sua incredulidade.

 

Talvez, porém, ela tivesse feito mais do que olhar para trás com saudade do que tinha deixado para trás. Em Lucas 17, o Senhor Jesus refere-se à destruição de Sodoma e compara esse evento às circunstâncias que prevalecerão na terra por altura da seu segundo vinda:

 

Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar” (v. 28-30)

 

É impressionante que, nos dias de Noé (versículos 26 e 27), não foi a grande imoralidade das pessoas que foi enfatizada, mas sim a sua obsessão com as coisas da vida quotidiana. Essas são as coisas que em si são perfeitamente legítimas, mas, uma vez que Deus é negligenciado, buscando essas coisas leva a toda sorte de más ações (ver Ezequiel 16:49,50).

 

(6) Este aviso sobre os dias da segunda vinda do Senhor nos dá outra visão sobre o destino da esposa de Ló. Pois Jesus disse o seguinte:

 

Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lucas 17:31,32).

 

A implicação é clara. Ela não somente olhou para trás, ela voltou mesmo para trás e morreu com o ímpios daquele lugar. Os incidentes ficam portanto, como um aviso para nós na presente geração de como devemos nos comportar se somos paras escapar dos julgamentos de Deus, quando Ele enviar o Senhor Jesus Cristo de volta à Terra.

 

Outra Lição

 

(7) Podemos, no entanto, aprender um pouco mais a partir do exemplo de Ló. Na sua Segunda Epístola, o apóstolo Pedro descreve a vida à qual são chamados os crentes no Senhor Jesus Cristo (1:4-7).

 

Incentivar os crentes a viver vidas como a de Cristo, ele diz:

 

Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados”           (2 Pedro 1:8-9).

 

Então seriam como Ló – o homem com o véu sobre os olhos!

 

O capítulo 2 da carta passa a falar especificamente de Ló. Ele descreve como Deus finalmente tomou ação na época de Noé, e depois ele diz o seguinte sobre a destruição de Sodoma:

 

E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente; E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis(Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas);” (2 Pedro 2:6-8).

 

Note que “todos os dias” Ló afligia a sua alma com as obras injustas daqueles. Poderíamos dizer não há nenhuma sugestão disto no registo de Génesis, mas as palavras dos Sodomitas em Génesis capítulo 19 são testemunho do que Pedro escreveu. Eles disseram: “Como estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e quereria ser juiz em tudo?”(19:9).

 

Porquê, diziam, ele é apenas um estrangeiro (ou seja, um residente temporário).  Ele não é um de nós, mas ele está sempre a criticar o nosso modo de vida.

 

(8) As palavras de Pedro criam uma imagem da atitude dos homens justos e mulheres para a maldade humana que poderíamos não ter considerado. Então, Ló, sua esposa, os habitantes de Sodoma e os acontecimentos em que foram envolvidos falam-nos tanto da bondade como da severidade de Deus (Romanos 11:22). Eles advertem-nos da necessidade de odiar a maldade em todos as suas formas, e afastar-nos dela, se quisermos ser achados dignos de herdar a vida eterna no Reino de Deus.


Dudley Fifield

Tradução: S. Mestre

(Article: Lot goes to Sodom, Glad Tidings 1508, pag. 12-14)

Fé na Adversidade

S. Mestre, 23.07.10

 

O Novo Testamento foi escrito logo após que Jesus viveu na terra e foi concluído por volta do final do século primeiro. Os livros do Novo Testamento falam-nos sobre a vida e ensinamentos de Jesus e como que se espalhou esse ensino.

 

Os 66 livros do Antigo e Novo Testamentos em conjunto são “a Palavra de Deus”. Jesus deixou claro que para compreender o significado do seu ensino e da sua vida e morte, era necessário compreender “as Escrituras” (Lucas 24:25-27). Quando ele disse isso, “Escrituras” eram o Antigo Testamento. É importante, então, entendermos que o Novo Testamento é construído sobre a fundação do Antigo.

 

Um Homem de Fé

 

O Novo Testamento chama a nossa atenção para muitas pessoas do tempo do Antigo Testamento que mostraram fé preciosa perante adversidade. Tome José, filho de Jacó. Ele foi favorecido pelo seu pai porque ele era um filho temente a Deus. Os seus irmãos tinham ciúmes dele e o atacaram e quase o mataram. Em vez disso, ele foi vendido a alguns comerciantes que o levaram para o Egito. Lá ele se tornou escravo, servindo um oficial Egípcio. Ele provou ser fiel e consciencioso.  Mas um dia a mulher do oficial  acusou falsamente de tentar molestá-la. O resultado? Ele foi colocado na prisão. Apesar do facto de que tudo parecia estar dando errado de novo, José nunca perdeu a sua fé. Ele confiava que Deus estava desenvolvendo seu caráter através da provação, que Deus tinha algum propósito maior.

 

Isso ficou claro quando, mais tarde ele assistiu o Faraó no governo e armazenou cereal durante os anos de abundância para utilização durante os anos de fome. A própria família de José em Canaã foram forçados a ir ao Egito para comprar comida. Lá, numa série dramática de encontros, José revelou a seus irmãos que ele era aquele que ele tinham desprezado e vendido à escravidão muitos anos antes. Será que ele procurou a vingança? Não! Ele viu qual tinha sido o propósito de Deus:

 

Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós” (Génesis 45:5).

 

José queria que os seus irmãos enfrentassem o seu errado; mas ele queria avançar e trazê-los a um relação positiva com Deus. Ele mostra-nos claramente que a confiança em Deus nos ajuda a lidar com o que a vida nos apresenta. José acreditava firmemente nas promessas que Deus fizera ao seu bisavô, Abraão, ao seu avô Isaque, e ao seu pai Jacó. Essas promessas era uma garantia de que as pessoas que fazem parte do povo de Deus têm futuro. Por mais que falhem, por muito que entrem em dificuldades, a crença nesse futuro vai conduzi-los através disso tudo. Em seu leito de morte, ele pediu a seus filhos e netos para se apegarem às promessas.

 

Observe que José foi julgado e testado pelas circunstâncias da vida em Canaã e, em seguida, no Egito. Ele foi traído pelos seus irmãos, vendido para escravidão; injustamente acusado pela esposa do seu senhor; injustamente preso, e então esquecido até que a nação precisou dele. Não há qualquer registo de envolvimento satânico  ou demoníaco na sua vida. Ele estava sujeito aos perigos usuais e desafios da vida e ele sobreviveu a estes com um notável estado de espírito, com compreensão e maturidade. Deus usou as circunstâncias duras da sua vida para desenvolver o seu caráter e prepará-lo para tudo o que estava por vir. Porque ele tinha aprendido a controlar os seus próprios sentimentos ele acabou por ser o homem perfeito para controlar e regular o Egito através dos difíceis anos de abundância e fome que estava por vir.

 

A Adversidade Personificada

 

Muitos anos mais tarde, quando David era rei sobre a antiga nação de Israel, ele

também enfrentou muitas adversidades na sua vida. Ele era um homem que amava a Deus e orava por ajuda em qualquer situação. Isto é o que fazem os homens de fé. A sua compreensão da palavra de Deus é reforçada pela oração. A oração não funciona num vácuo; consiste escutar Deus, o que fazemos quando lemos a Bíblia, a Sua Palavra. Depois, quando expressamos que precisamos d'Ele , fazemo-lo com a consciência de que Ele sabe melhor, que a adversidade e provação têm um propósito, levando-nos mais perto d'Ele e aprofundando a nossa experiência de vida. Um conhecido Salmo de David expressa isso muito bem:

 

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre” (Salmo 23:4-6).

 

 

O salmo está escrito em linguagem poética. Sabemos que não existe na realidade um “Vale da sombra da morte”. O bordão e cajado são figuras de estilo(linguagem), lembretes dos instrumentos de um pastor. A associação entre pastor e Deus ajuda-nos a compreender que Deus é como um pastor que cuida das Suas ovelhas.

 

Oposição Retratada

 

O Antigo Testamento foi escrito na língua Hebraica e a linguagem pictórica é frequentemente usada para tornar as coisas mais vivas e memoráveis. A palavra Hebraica “Satanás” significa adversário - aquele que se opõe ou resiste, ou um acusador. Ela ocorre apenas por volta 30 vezes  nos 37 livros do Antigo Testamento, mas refere-se a toda uma gama de diferentes coisas que se opõem ao propósito de Deus. Numa ocasião “Satanás” é a palavra usada para descrever um anjo enviado por Deus para resistir a um profeta quer queria falar contra o povo de Deus:

 

 

Então, Balaão levantou-se pela manhã, albardou a sua jumenta e partiu com os príncipes de Moabe. Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário(satanás). Ora, Balaão ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele.” (Números 22:21,22).

 

Satãs Humanos

 

Noutras partes a mesma palavra é usada sobre vários adversários humanos. Aqui estão alguns exemplos:

 

“Não te ausentes de mim, ó Deus; Deus meu, apressa-te em socorrer-me. Sejam envergonhados e consumidos os que são adversários de minha alma; cubram-se de opróbrio e de vexame os que procuram o mal contra mim” (Salmo 71:12,13);

 

“Porém os príncipes dos filisteus muito se indignaram contra ele; e lhe disseram: Faze voltar este homem, para que torne ao lugar que lhe designaste e não desça connosco à batalha, para que não se faça nosso adversário no combate; pois de que outro modo se reconciliaria como o seu senhor? Não seria, porventura, com as cabeças destes homens?” (1 Samuel 29:4);

 

“Porém David disse: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que, hoje, me sejais adversários? Morreria alguém, hoje, em Israel? Pois não sei eu que, hoje, novamente sou rei sobre Israel?”(2 Samuel 19:22);

 

“Levantou o SENHOR contra Salomão um adversário, Hadade, o edomita; este era da linhagem real de Edom” (1 Reis 11:14).

 

Testados pela Vida

 

É importante perceber que em nenhum lugar na Bíblia, existe a ideia de que um anjo caído chamado Satanás que está trabalhando contra as pessoas para afastá-las de Deus. Isto será uma surpresa para muitas pessoas que acreditam neste ponto de vista popular. Mas quando lemos o Antigo Testamento vemos que os adversários (ou “satãs”, tal como está em Hebraico) aparecem de todas as formas e tamanhos. Eles podem ser soldados, camaradas de armas, inimigos - mesmo até anjos, que estão fazendo a vontade de Deus, como aquele que parou Balaão no seu caminho. Mas o adversário nunca é um anjo caído, porque os anjos não podem cair: eles são os servos totalmente fiéis de Deus no céu.

 

E lembre-se que existem apenas cerca de 30 ocorrências dessa palavra Hebraico no Antigo Testamento. Se houvesse realmente um “anjo caído”, como algumas pessoas acreditam, não seria referido com muito mais frequência? Podemos unicamente pedir-lhe que olhe para as provas com  uma mente aberta.

 

O ponto importante é este, como nós vimos quando olhamos para a vida de pessoas fieis como José ou David. Quando reconhecemos que a palavra “satanás” é a palavra Hebraica do Antigo Testamento que significa “adversário”, chegamos à conclusão que nas adversidades da vida não estamos sendo testados por algum monstro sobrenatural que tenta destruir as nossas vidas, arrastando-nos para destruição e desviando-nos de Deus.

 

A adversidade nos vem de pessoas, às vezes até mesmo do próprio Deus, para testar e desenvolver o nosso caráter. Deus quer que as pessoas mudem, que estejam dispostas a colocar a sua confiança n'Ele, venha o que vier na vida. Se fizermos isso, podemos ter certeza de que Ele ricamente no recompensará, se não nesta vida, então na que há de vir.

 

Michael Owen

Tradução: S. Mestre

(Article: Faith in the Face of Adversity, Glad Tidings 1513, pag. 11-13)

A Parábola do Homem Rico e Lázaro

S. Mestre, 22.07.10

Jesus certa vez contou uma parábola sobre um homem rico que não ligava a um mendigo que estava à sua porta. A situação inverteu-se, no entanto, quando ambos morreram e Jesus descreveu uma situação que é muito diferente daquela que as pessoas acham que vai acontecer após a morte. Leia a parábola por si mesmo em Lucas, capítulo 16, versículos 19 a 31, e depois veja o que David Budden tem a dizer sobre isso.

 

 

 

Introdução

 

Muitos encontram dificuldades nesta esta parábola e certamente apresenta problemas. No entanto, os seguintes pontos devem ser observados:

 

  • É a única parábola em que Jesus apresenta uma personagem com nome.
  • Há um inesperado detalhe - cinco irmãos! Porquê cinco?
  • A parábola era para os ouvidos dos Fariseus, que eram “avarentos” (Versículo 14), e estavam ridicularizando Jesus enquanto ele falava sobre a “verdadeira riqueza e os perigos da cobiça.”
  • Jesus ressuscitou Lázaro dos mortos, os fariseus tentaram destruir Lázaro, porque a sua própria existência era um poderoso testemunho do poder e autoridade de Jesus.

 

A ideia principal da parábola vem no verso final –  se as pessoas ser convencerem pela Palavra revelada de Deus, então mesmo uma ressurreição dos mortos não faria nenhuma diferença.

 

A História

 

A história é sobre um homem rico e um mendigo chamado Lázaro. O homem rico vivia em grande luxo, mas o mendigo à sua porta – um homem que ele conhecia por nome –  Estava numa situação lastimável, coberto de feridas que eram lambidas pelos cães. Ambos os homens morreram; Lázaro foi para o “Seio de Abraão”, mas o homem rico, tendo sido sepultado, foi para o”Inferno” (“Hades”), onde ele sofria dor extrema em chamas. Lá havia um grande abismo entre os dois, mas mesmo assim eles poderia falar uns com os outros e o homem rico pediu a Abraão para enviar Lázaro a ele com um pouco de água fria para acalmar a sua sede.

 

Abraão lembrou ao homem o passado, quando ele tinha ignorado o sofrimento do mendigo à sua porta, mas, para além disso, o grande abismo tornava impossível que Lázaro fosse ter com ele.O homem então se lembrou dos seus cinco irmãos e pediu que Lázaro fosse enviado para avisá-los da necessidade de arrependimento. "Eles têm suas Bíblias", respondeu Abraão. "Sim", respondeu o

o homem em sofrimento, “mas se um dos mortos for adverti-los, eles estariam avisados”. A resposta de Abraão foi: “Se ignoram a Palavra de Deus, então até mesmo um milagre será em vão”.

 

Comentário

 

Esta parábola não apresenta o ensinamento de Jesus sobre a vida para além da sepultura. A Bíblia é enfática, e Jesus ensinou, que os mortos “dormem” em suas sepulturas, totalmente inconscientes até o dia da ressurreição. (Veja João 11:11-14, 23-25 e Mateus 22:23-33).

 

Por muitos anos a Judeia tinha sido parte do império Grego e o pensamento Grego, com ideias de almas imortais, tinha penetrado o pensamento Judaico. A expressão “no seio”significa uma relação muito estreita –  Jesus usou o termo para expressar o seu relacionamento com seu Pai (João 1:18). No cenáculo, João – o discípulo a quem Jesus amava – estava reclinado no seio de Jesus. Então, os justos são considerados como estando “no seio de Abraão”, sendo Abraão o pai dos fiéis.

 

Jesus está fazendo uma paródia das falsas crenças que então existiam e, portanto, expõe os seus absurdos. Será que os justos realmente são capazes de ver os ímpios contorcendo-se em chamas eternas? Serão eles capazes de conversar entre si, mas estar impotentes para ajudar? Claro que não!

Nós precisamos de lembrar que Jesus estava falando aos fariseus que eram maus, os homens abraçavam essas ideias pagãs ridículas.

 

Mas porque é dado o detalhe sobre os cinco irmãos? Caifás era o Sumo Sacerdote na época e teve cinco cunhados, os quais foram sacerdotes. Aqueles escutando a parábola entenderiam que a parábola era, em primeiro lugar para as ouvidos de Caifás. Jesus, de facto, ressuscitara um homem chamado Lázaro dos mortos e devido a esse milagre muitas pessoas acreditavam em Jesus (João

11:45). A resposta dos Fariseus, que foi bastante diferente, pois eles “resolveram matar também Lázaro” (12:10).

 

Assim, as palavras de Jesus eram justificados. Aqueles que puseram os seus rostos contra a palavra de Deus não serão movidos nem mesmo por uma ressurreição dos mortos.

 

Conclusão

 

Estamos rodeados por milagres da natureza e a televisão nos permite testemunhar as maravilhas da complexidade e inter-dependência para além da nossa compreensão. Será que as pessoas são compelidas a glorificar Deus e apreciar o Seu poder infinito? Nada disso! Assim, tal como foi há dois mil anos, os que ignoram a Palavra escrita de Deus não podem ser demovidos por  qualquer evidência que eles vejam de um Criador interessado na terra que criou. Em vez disso, é provável que digam “Deus provavelmente não existe.” A sério!

 

David Budden

Tradução: S. Mestre

(Article: The Parable of the Rich Man and Lazarus, Glad Tidings 1509, pag. 10-11)

"Na Casa de Meu Pai Há Muitas Moradas ... "

S. Mestre, 22.07.10

Esta é uma passagem da Escritura, em João capítulo 14, versículo 2, que faz com que algumas pessoas acreditem que Jesus estava oferecendo um lugar no céu, mas, como Mark Buckler agora explica, o Senhor tinha algo muito diferente em mente.

 

Um Livro Judaico

 

Muitos de nós esquecerá, quando lemos a Bíblia, que é um livro judaico, escrito principalmente por escritores Judeus sobre o povo Judeu. É tão fácil para nós lê-lo com dois mil anos de ideias e interpretações em nossas mentes que nos esquecemos de fazer uma pergunta simples: O que os autores desta passagem entendiam que ela queria dizer, quando a escreveram e o que os seus leitores ou ouvintes entenderiam dela?

 

Assim, quando Jesus falou sobre as muitas moradas na casa do seu Pai, o que ele quis dizer com isso e o que os seus ouvintes teriam entendido? Aliás, esta é uma passagem que é frequentemente lida na igreja em serviços funerários e hoje é pensado que é uma promessa de uma herança com Deus no céu. É isso o que Jesus queria dizer?

 

Casa de Deus

 

A expressão “casa de meu Pai”, assim como é utilizada nos Evangelhos sempre se refere ao Templo de Jerusalém. Por exemplo, quando Jesus visitou o Templo, um menino de doze anos, o seu comentário às questões dos seus pais foi: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”(Lucas 2:49). Ou quando Jesus purificou o Templo, ele disse: “Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.”(João 2:16).

 

Assim, Jesus estava dizendo aos seus discípulos: em João capítulo 14, que havia muitas moradas no Templo, e que ele iria voltar e viver com eles sobre a terra de uma forma semelhante à como os sacerdotes viviam perto de Deus, porque eles viviam no Seu Templo – na Casa de Deus. Mas era mesmo assim? Era o Templo uma casa para as pessoas, ou apenas a Casa de Deus?

 

A Estrutura do Templo

 

 

Na descrição da construção do primeiro Templo por Salomão, é mencionado a construção de câmaras construídas em três andares nos três lados do templo:

 

Contra a parede da casa, tanto do santuário como do Santo dos Santos, edificou andares ao redor e fez câmaras laterais ao redor. O andar de baixo tinha cinco côvados de largura, o do meio, seis, e o terceiro, sete; porque, pela parte de fora da casa em redor, fizera reentrâncias para que as vigas não fossem introduzidas nas paredes”(1 Reis 6:5,6).

 

Estes quartos eram para os sacerdotes viverem enquanto estavam de serviço no Templo, assim, quando Jesus se refere às “muitas moradas” na " Casa do Pai ", os discípulos teriam podido visualizar as inúmeras salas construídas no lado do Templo, e teriam entendido logo,o que ele queria dizer.

 

“Voltarei...”

 

Isto foi o que Jesus prometeu.

 

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”(João 14:1-3).

 

Ele estava prestes a morrer como sacrifício para os pecados, mas ele se levantaria novamente e, oportunamente, iria para o céu, para se sentar à mão direita do Pai. Mas quando chegar a hora certa, ele voltará à terra, para viver com o seu povo – como num templo. Havia alguma situação semelhante em que os discípulos poderiam pensar que fosse semelhante ao que estava prestes a

acontecer?

 

Pensando sobre as atividades que tinham lugar no templo, os discípulo se lembrariam que diariamente os sacerdotes entravam no Santo Lugar e que uma vez por ano o Sumo Sacerdote passava através do segundo véu, e entrava no Santo dos Santos como representante do povo. Depois de fazer sua oferta ele saia de novo para o povo, tendo feito expiação por eles.

 

O Grande Sumo Sacerdote

 

Jesus ia fazer a mesma coisa pelo o seu povo  – mas muito mais ainda! Ele estava indo para a presença real de Deus, não apenas até uma representação de Sua presença, como acontecia no Templo. Este é um tema totalmente  desenvolvido pelo apóstolo Paulo, quando escriveu aos Hebreus, que diz:

 

Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hebreus 9:24-26).

 

No caso de Jesus, quando ele morreu Deus mostrou a Sua aprovação total do seu sacrifício ao rasgar o véu do Templo de Jerusalém, de cima a baixo – para mostrar que uma novo caminho tinha sido aberta para a Sua presença, e que não somos mais dependentes de um sacerdócio terrestre.

 

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10:19-22).

 

Novamente, a imagem que os discípulos teriam obtido destas palavras estaria baseada nas suas próprias experiências da vida daquele tempo. Que significado diferente obtemos quando olhamos para uma passagem das Escrituras e consideramos as características da época em que foi escrita. Se nós não fizermos isso estamos sempre em perigo de impor as nossos próprias ideias, dos tempos atuais, tentando assim fazer com que as Escrituras ensinem o que nós queremos que elas digam!

 

Mark Buckler

Tradução S. Mestre

(Article: “In My Father’s House are Many Mansions…”, Glad Tidings 1508, pag. 15-16)

PÃO E PEIXE

S. Mestre, 21.07.10

Mais de uma vez Jesus comparou a pregação do Evangelho com pesca. Mais de metade dos seus primeiros seguidores eram pescadores, e para quatro deles, pelo menos esta era a sua subsistência.

 

O seu convite para eles era caracteristicamente colorido:

 

“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.”(Mateus 4:18-20).

 

Mar da Galileia

 

Este é um dos vários nomes para o maior lago, na terra de Israel. Ele ainda tem alguns peixes, mas nos tempos bíblicos ele mantinha por volta de uns 230 barcos de pesca cujas tripulações forneciam dezenas de pequenas cidades e aldeias ao redor de suas costas. O peixe era preparado e enviado para todo o país.

 

A partir destas cidades da Galileia e de mais longe, milhares de homens, mulheres e crianças se reuniam para ouvir Jesus, como se fossem um cardume de peixes com fome que viesse a uma fonte de boa comida! Eles estavam habituados sermões secos e legalistas dos rabinos, mas o ensino de

Jesus era emocionante e compreensível e oferecia uma esperança real, assim como é para nós nos dias de hoje. O relato histórico diz que:

 

“A sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.

E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam” (Mateus 4:24-25).

 

Profecia sobre o Messias

 

Jesus não anunciou abertamente que ele era o Filho de Deus, o prometidoMessias; em vez disso, ele começou a fazer  as coisas que o Antigo Testamento disse que o Messias faria quando viesse.As pessoas poderiam então chegar à conclusão de sobre quem ele era, assim como nós temos que fazer.

Um exemplo foi Isaías 25:6 que disse:

 

O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados.

 

As palavras estão cheias de simbolismo, claro, mas no início do ministério de Jesus ele tinha demonstrado o seu poder de prover vinho, e era vinho da melhor qualidade (João 2:1-11).Agora a oportunidade chegou para mostrar que ele poderia proporcionar bom alimento também.

 

Quando Jesus estava em qualquer lugar próximo, as pessoas esqueciam de comer e ouviam-no

durante horas. Quando ele mudou-se para outra aldeia a multidão seguiu-o de perto. Mateus diz-nos:

 

“Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer. Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. Então, ele disse: Trazei-mos. E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.” (Mateus 14:15-21).

 

Poder de Deus

 

Dois peixes e cinco pães foram multiplicados para que fossem suficientes para alimentar cerca de

cinco mil famílias. Processos que continuam todos os anos nos mares, rios, lagos e campos aconteceram em minutos, nas mãos do Filho de Deus. A oferta era tão abundante que doze

cestos de sobras foram recolhidos pelos discípulos de Cristo. Este milagre é tão importante que foi registado em todos os quatro Evangelhos, e de cada um nós podemos aprender coisas diferentes. O apóstolo João diz-nos como Jesus salientou que o poder não era seu, mas de seu Pai Celestial:

 

“Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5:19).

 

Foi, naturalmente, uma demonstração maravilhosa que o poder de Deus, trabalhando

através de Jesus, pode fornecer todas as necessidades físicas da humanidade, e que foi intencional. Jesus é o único que pode corrigir os erros do mundo, e ele vai fazer “o ermo exultará e florescerá como o narciso”, quando ele retornar para governar como Rei (Isaías 35). A multidão percebeu o que ele podia fazer e queria aclamá-lo como Rei aí e depois também (João 6:15).

 

Mas o alimento físico não é tudo para a existência humana. Jesus viera para chamar as pessoas para

ser cidadãos de um futuro Reino, não para criá-lo instantaneamente. No início de sua história, Deus ensinou a isto ao povo Judeu quando Moisés disse:

 

“Ele (Deus) te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem” (Deuteronómio 08:03).

 

A Nossa Maior Necessidade

 

Estas verdades espirituais não são óbvios aos homens e as mulheres cujas mentes estão centradas na rotina diária. Durante a noite houve uma grande tempestade, mas Cristo e os seus apóstolos tinham atravessado para o outro lado do lago. A sua audiência no entanto conseguiu localizá-lo e reuniram-se perto dele novamente no no dia seguinte. Muitas delas estavam mais interessados num almoço grátis do que em levar a sério o que ele queria que eles aprendessem sobre os caminhos e propósitos de Deus. Jesus sabia disso, e de uma forma que surpreenderia muitas pessoas cujas ideias sobre Jesus vieram só de ouvir superficial trechos sobre ele, deliberadamente ele peneirou os buscadores da verdade a partir dos simples interesseiros.

 

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (João 6:26-27).

 

Tão importante como o milagre tinha sido em aliviar as dores da fome imediata, e também fornecer um vislumbre das bênçãos do futuro Reino, era ainda mais importante como uma parábola. Jesus passou a dizer coisas difíceis, não se esforçando para tornar o seu significado mais fácil, porque ele queria que seus ouvintes pensassem seriamente sobre as coisas espirituais.

 

Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede... Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6:35-56).

 

Palavras Duras

 

O resultado desse ensino na sinagoga em Cafarnaum, foi que muitos dos  pretensos discípulos –  aqueles que só queriam pães e peixes – abandonaram Jesus. Aqueles que tomaram suas palavras sem refletir sairam abanando a cabeça. Apenas uns poucos estavam dispostos a compreender que pelo seu “sangue” e sua “Carne”, ele queria dizer a sua vida, o seu verdadeiro eu, tudo para o que tinha vivido – e que se o tomamos em nossas vidas dessa forma e permitimos ser alimentados espiritualmente por ele, nos será concedida a vida eterna, quando ele voltar à terra.

 

Jesus uma vez contou uma parábola sobre o momento em que ele vai voltar do céu para julgar o mundo. Novamente ele irá corrigir o que está mal e separará os seus verdadeiros seguidores daqueles que são realmente indiferentes ao seu ensino. Ele usou a experiência de um pescador para descrever o processo que vai ter lugar:

 

“O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos” (Mateus 13:47-49).

 

Se queremos estar com Jesus através das eras da eternidade, precisamos segui-lo agora por todas as razões certas. Não é apenas o que ele pode fazer por nós, mas também o que podemos fazer por ele.

 

John Woodall

Tradução: S. Mestre

(Article: Loaves and Fishes,  Glad Tidings 1515, pag. 14 - 16)

O QUE A BÍBLIA REALMENTE DIZ SOBRE SATANÁS E DEMÓNIOS

S. Mestre, 15.07.10

 

O MAL VEM DE SATANÁS?

Em toda a Bíblia, Deus é descrito como sendo a única fonte sobrenatural de desastres e mal: Juízes 9:23, 1 Samuel 16:14-23, 2 Samuel 24:1 e 1 Crónicas 21:1, 1 Reis 22:22-23, 2 Crónicas 18:21-22, Jó 1:12, 16, 21; 2:6, 9, 20; 5:17; 6:4; 9:4; 10:2; 11:5-6; 19:21; 27:2; 42:21; Salmo 78:49; Isaías 45:7, Amós 3:6; Miqueias 1:12, 2 Coríntios 12:7, Romanos 1:25-32, 2 Tessalonicenses 2:11-12.

 

Não se consegue encontrar ninguém no Antigo Testamento que acreditasse num mal sobrenatural chamado 'Satanás': Por exemplo, todos os indivíduos no livro de Jó criam que todos os males que lhe sobrevieram vinham de Deus, incluindo o próprio Jó (Jó 1:21; 2:10; 6:4; 10:2; 19:21; 27:2), o servo de Jó (Jó 1:16), a mulher de Jó (Jó 2:9), os três amigos de Jó (Jó 5:17; 8:4; 11:5-6), os conhecidos e familiares de Jó (Jó 42:11), e o próprio adversário de Jó (Jó 1:12; 2:6).

 

E EM RELAÇÃO A SATANÁS?

Em Hebraico a palavra 'satan' não é um nome pessoal: É uma palavra que significa 'adversário'. É usada para definir diferentes adversários em lugares diferentes. Em números 22:22 é usada para definir um anjo obediente, em 1 Reis 11:14, 23-25 e Salmo 109:6 - 8,20,29 define homens mortais, em 1 Crónicas 21:1 é usada para definir um enimigo da nação, e em Mateus 16:23 e Marcos 8:33 é usada para definir Pedro quando se opôs a Jesus.

 

E O DIABO?

A Bíblia diz que o diabo foi destruido por Jesus. Jesus pela sua morte, desatruiu o diabo (Hebreus 2:14-18), e o diabo é o que tem o poder da morte, que é o pecado (Romanos 7:8-11, e 1 Coríntios 15:56-57). Isto mostra-nos que 'o diabo' é um termo usado para descrever a tendência naturar do homem para pecar.

 

A palavra 'diabo' é algumas vezes usada para descrever governantes maus ou reinos: 1 Pedro 5:8 (citando Provérbios 20:2; 28:15), Apocalipse 12:9 (citando Daniel 7:7, 19-23).

 

ACERCA DE EXORCISMOS?

Na Bíblia encontramos um 'espírito mau' que foi tirado com música: 1 Samuel 16:14-23.

 

Na Bíblia encontramos 'demónios' que são tirados com o poder de Deus através de uma ordem: Mateus 12:28, Marcos 3:15; 16:17, Lucas 11:20.

 

As pessoas nos dias de hoje que acreditam em demónios não seguem estes métodos. Se usam métodos diferentes destes, não estão seguindo o que diz a Bíblia. Se não conseguem curar uma pessoa que dizem estar possuída por demónios, não estão seguindo a Bíblia. Se estas pessoas podem ser curadas com a medicina, então não estavam possuídas por demónios. Muita gente que acredita em demónios não conseguem sequer dizer se a pessoa está doente por causa natural ou se tem um demónio. Isto significa que não podem ajudar ninguém. As ideias deles não vêm da Bíblia.

 

MAS OS EVANGELHOS FALAM DE DEMÓNIOS E ESPÍRITOS MAUS

Os registos do Evangelho foram escritos para não Cristãos ou para Cristãos imaturos, por isso usam linguagem que lhes era familiar. Não tenta convertê-los das suas falsas crenças, simplesmente mostram que não se deve ter medo de demónios nem de espíritos maus.

 

No evangelho de João, e nas cartas dos apóstolos, que foram escritas para crentes Cristãos maduros, não são mencionadas pessoas possuídas por demónios. Demónios são descritos como deuses pagãos. Curas são descritas como fazendo as pessoas ficarem bem. Não existe menção de nenhumas curas requerendo a expulsão de demónios ou espíritos maus das pessoas. Cristãos maduros não mais mantinham essas falsas crenças.

 

Para mostrar que os 'demónios' e 'espíritos maus' não falavam na realidade, os evangelhos às vezes falam de pessoas como se fossem os próprios demónios: Marcos 3:11, 5:9-10, Lucas 8:30-31; 11:14.

 

As pessoas que era pensado estarem possuídas por demónios foram tratadas por Jesus e pelos apóstolos como pessoas doentes: Mateus 8:16-17; Lucas 6:17-18, 7:21, 8:2, 19:32; Actos 5:16; 19:12.

 

O QUE SÃO ESPÍRITOS MAUS?

No Antigo Testamento, uma atitude perversa ou pensamento anormal, que pode ser uma enfermidade:

 

  • O espírito mau envidado por Deus entre Abimeleque e os homens de Síquem (Juízes 9:23);

  • O espírito mau enviado por Deus a Saul (1 Samuel 16:14-23);

  • O 'espírito mentiroso' enviado por Deus aos falsos profetas do rei de Israel (1 Reis 22:22-23 e 1 Crónicas 18:21-22).

 

No Novo Testamento, são enfermidades ou uma titude perversa ou pensamento anormal como resultado de uma enfermidade (mas que as pessoas pensavam ser um ser sobrenatural mau):

 

Lucas 7:21, "curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos"

 

Lucas 8:2, "também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades"

 

Actos 19:12, "as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam."

 

O QUE SÃO ESPÍRITOS IMUNDOS?

No Antigo Testamento, uma atitude perversa ou pensamento anormal, associado com a adoração de ídolos:

 

Zacarias 13:2, "eliminarei da terra os nomes dos ídolos... também removerei da terra os profetas e o espírito imundo."

 

No Novo Testamento, são uma atitude perversaa ou pensamento anormal, algumas vezes como resultado de uma enfermidade (mas que as pessoas pensavam ser um ser sobrenatural mau):

 

Mateus 12:43, "Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra."

 

Lucas 4:33, "Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo"

 

Lucas 6:17-18, "vieram para o ouvirem e serem curados de suas enfermidades; também os atormentados por espíritos imundos eram curados.

 

O QUE SÃO DEMÓNIOS?

No Antigo Testamento, deuses falsos pagãos ou ídolos feitos pelos homens:

 

Deuteronómio 32:17, "Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a deuses que não conheceram"

 

2 Crónicas 11:15, "Jeroboão constituiu os seus próprios sacerdotes, para os altos, para os sátiros(demónios, RC) e para os bezerros que fizera."

 

Salmo 106:36-37, "deram culto a seus ídolos, os quais se lhes converteram em laço; pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios"

 

No Novo Testamento, são deuses falsos pagãos, não uma enfermidade (mas que as pessoas pensavam ser um ser sobrenatural mau):

 

1 Coríntios 10:20, "Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus"

 

Apocaplipse 9:20, "Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar"

 

SUMÁRIO:

Todas as ideias acerca de 'satanás' e 'demónios' como sendo seres espírituais malignos são somente ideias falasa e falsos deuses. São criados pelo homem, assim com os ídolos:

 

 

 

Outros deuses

Ídolos

Demónios

Criados pelos homens:

 

2 Reis 19:18, Isaías 37:18-19; 44:9-10, Jeremias 16:20

Criados pelos homens:

 

Isaías 37:18-19; 44:9-10, Apocalipse 9:20

Criados pelos homens:

 

2 Crónicas 11:15, Apocalipse 9:20

São adorados:

 

Êxodo 20:23.

Deuteronómio 4:28; 32:16-17, Isaías 37:18-19, Jeremias 16:20

São adorados como deuses:

 

Êxodo 20:23; Deuteronómio 4:28; 32:16, Salmo 96:5, 106:36, Isaías 37:18-19; 44:9-10, Jeremias 16:20, Apocalipse 9:20

São deuses:

 

Levítico 17:7, Deuteronómio 32:17, 2 Crónicas 11:15, Salmo 96:6; 106:37, Actos 17:18, 1 Coríntios 10:19-20, Apocalipse 9:20

 

Jonno Burke

Tradução: S. Mestre

Tiro - Prova das Profecias da Bíblia

S. Mestre, 15.07.10

Nos tempos antigos, comerciantes fenícios navegaram o Mediterrâneo com os produtos da sua civilização avançada - Madeiras nobres, tecidos tingidos, vidro e metais preciosos.

 

No centro da sua rede comercial estava o próspero porto de Tiro, de onde navegaram os navios mercantes o comprimento do Mediterrâneo. Hoje Tiro é conhecido pelo nome Sur, uma cidade no Líbano a 80 quilómetros a sul de Beirute.

 

Deparamo-nos com Tiro em diversos livros do Antigo Testamento. Por volta de 1000 a.C., o rei Hirão de Tiro, forneceu materiais para a construção do Templo de Salomão. Mais tarde, lemos acerca da notória Jezebel, esposa do Rei Acabe de Israel: ela era a filha de um rei de Tiro.

 

Por volta de de 580 a.C., no entanto, Tiro sofreu o ataque de Nabucodonosor rei de Babilônia, que aplainou a velha cidade e fez os moradores tomarem refúgio numa ilha no mar. Mais tarde, outro invasor, o grego Alexandre, o Grande, colocou um espetacular cerco à ilha, levando ao fim da era dourada de Tiro.

 

Predições Detalhadas

 

A coisa surpreendente sobre os cercos de Tiro por Nabucodonosor e Alexandre é que foram anunciados em considerável detalhe por um dos profetas da Bíblia, Ezequiel. Deus fez com que Ezequiel predissesse coisas terríveis contra vários vizinhos de Israel – Amom, Moab, Edom, Filistia, Tiro, Egito – e mesmo contra o próprio Israel. Os julgamentos sobre Tiro ocupam os capítulos 26 a 28. Deus revela a Ezequiel como o poderoso rei da Babilônia (que altura ameaçava toda a região) lançaria um ataque contra Tiro:

 

Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonosor, rei da Babilônia, desde o Norte, o rei dos reis, com cavalos, carros e cavaleiros e com a multidão de muitos povos. As tuas filhas que estão no continente, ele as matará à espada; levantará baluarte contra ti; contra ti levantará terrapleno e um telhado de paveses. Disporá os seus aríetes contra os teus muros e, com os seus ferros, deitará abaixo as tuas torres” (26:7-9).

 

E é precisamente isso que aconteceu! Não muito tempo depois que o profeta havia falado, o exército de Nabucodonosor invadiu Tiro, e - depois de um cerco aparentemente que durou 13 anos - a orgolhosa e bela  cidade foi transformada em escombros, deixando uma extensão de rocha nua, como o profeta tinha dito.

 

E se isso era tudo, seria um notável cumprimento da profecia bíblica; Mas havia mais. Deus tinha dito que Ele iria fazer  “subir contra ti muitas nações, como faz o mar subir as suas ondas. ... Roubarão as tuas riquezas, saquearão as tuas mercadorias.” (26:3,12). Mais de dois séculos passaram, o Império Babilônia dá lugar ao dos Medos e Persas, e depois aos Gregos, e outro conquistador coloca os olhos em Tiro.

 

 

Alexandre, o Grande

Era o ano de 332 a.C., quando as forças de Alexandre, o Grande cumpriram à letra os versículos 12 a 14:

 

Derribarão os teus muros e arrasarão as tuas casas preciosas; as tuas pedras, as tuas madeiras e o teu pó lançarão no meio das águas... Farei de ti uma penha descalvada; virás a ser um enxugadouro de redes, jamais serás edificada, porque eu, o SENHOR, o falei, diz o SENHOR Deus.

 

A cidade continental foi deixada assolada, e os restantes Tírios mudaram-se para a ilha perto da costa. Alexander portanto, tinha um problema: como itia ele atacar uma cidade ilha cercada por altos muros? Os historiadores registam que Ele carregou os escombros da cidade velha para o mar (assim como o profeta de Israel, tinha predito) e construiu uma ponte quase com um quilómetro de comprimento.

 

Ao se aproximar da ilha, ele usou atiradores de pedras enormes e torres de cerco móveis de 48m de altura, das quais os seus arqueiros podiam atirar sobre as paredes. Por último, apesar de baixas - e se abrigando todo o tempo dos projéteis lançados pelos homens de Tiro - Ele derrubou as paredes com aríetes.

 

Levou apenas 7 meses para que a alegadamente inexpugnável cidade-ilha de Tiro se rendesse; milhares foram mortos e muitos dos que sobreviveram foram vendidos como escravos. Em Ezequiel capítulos 27-28 nós temos um lamento comovedor por Tiro.

 

Mais invasões

 

Os céticos, por vezes, levantam a objeção de que a declaração de Ezequiel, “jamais serás edificada” (26:14), não se cumpriu – Por outras palavras, a cidade continuou a existir. Depois da vitória de Nabucodonosor, a cidade foi reconstruída sobre a ilha, e apesar da destruição de Tiro por Alexandre , ser total, o lugar mais tarde foi repovoado em uma menor escala.

Dito isto, porém, durnte o séculos outros conquistadores vieram e destruíram Tiro: os Sírios em 315 a.C.; califado muçulmano em 638 d.C.; Crusadod em 1124 d.C. e, finalmente, os Sarracenos, que deixaram as ruínas que podemos ainda ver hoje. Aliás a calçada(ponte) de Alexandre nunca foi levada pelo mar: simplesmente assoreou e o que era uma vez a ilha de Tiro, é agora uma península ligada ao continente.

 

A profecia de Ezequiel foi bem testada. As suas palavras foram literalmente cumpridas e ficamos maravilhados com o incrível poder da palavra de Deus. E esta é apenas uma das inúmeras profecias na Bíblia que têm vindo a se cumprir  exatamente como as Escrituras predisseram: eventos foram anunciados, e as gerações posteriores testemunharam os resultados previstos.

 

Um aviso para Hoje!

 

E o que dizer das profecias na Bíblia que ainda não foram cumpridas? Segundo o tempo designado por Deus elas virão a se cumprir como previsto: as últimas profecias de Ezequiel; as palavras proféticas de Jesus no Monte das Oliveiras (Mateus 24), por exemplo. O facto de que uma profecia como Ezequiel 26 tenha sido cumprida nos dá total confiança que as profecias relacionadas com o nosso tempo - os últimos dias antes da vinda de Cristo para estabelecer o seu reino - serão cumpridas.

 

“Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”(Amós 3:7).

 

Há uma outra reflexão sobre Tiro, um aviso para qualquer um que possa pensar que, não obstante o interessante que tudo isto possa ser como questão histórica, não tem eventualmente, qualquer importância para nós. De certa maneira, as previsões terríveis de Deus sobre Tiro se aplicam a cada cidade, cada civilização, que se orgulha do sucesso e se recusa a reconhecer a Deus.

 

Muitas cidades e países do nossa mundo são assim, e Deus deu-lhes uma advertência. O livro do Apocalipse no final da nossa Bíblia regista visões de julgamentos que virão sobre a terra - e alguma da linguagem realmente tem ecos do julgamento de Tiro:

 

Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar... e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande....e caíram as cidades das nações...Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados” (Apocalipse 16:17-20).

 

Depois disso, porém, Deus estabelecerá o Seu reino que jamais será destruído. Essa é a boa notícia sobre a qual podemos basear a nossa fé em Deus e no Seu propósito.

 

John Morris

Tradução: S. Mestre

(Article: Tyre - Proof of Bible Prophecy, Glad Tidings 1515, pag. 8 - 10)

O QUE A BÍBLIA REALMENTE DIZ ACERCA DE JESUS?

S. Mestre, 12.07.10

QUE ENSINARAM OS PROFETAS

Os profetas do Antigo Testamento ensinaram que o Messias (Jesus), seria um homem como eles, o filho e servo de Deus: Deuteronómio 18:15-18 (citado em Atos 3:22,23), 2 Samuel 7:12-14 (citado em Atos 2 : 30), Isaías 42:1-7, (citado em Mateus 12:18-20)


QUE ENSINARAM OS APÓSTOLOS

Os apóstolos sempre ensinaram que Jesus era um homem que foi enviado por Deus, e através do qual Deus operou milagres e sinais: Atos 2:22-23; 3:22-23 (citando Deuteronômio 18:15-18); 7:37 (citando Deuteronômio 18:15-18); 17:30-31, 1 Timóteo 2:5-6


ERA JESUS COMO NÓS?

Os apóstolos ensinaram que Jesus foi criado com mesma natureza daqueles que ele veio para salvar e, por essa razão pode simpatizar com as nossas tentações e provações: Romanos 8:3, 1 Timóteo 2:5-6, Hebreus 2:17-18 ; 4:14-15


O “diabo” em Hebreus 2:17-18 refere-se aos nossos desejos naturais. O "diabo" também é usado às vezes para designar governantes ou reinos: 1 Pedro 5:8 (citando Provérbios 20:2, 28:15), Apocalipse 12:9 (citando Daniel 7:7, 19-23)


JESUS ERA IGUAL A DEUS?

Jesus sempre disse que Deus era maior que ele, e que ele não podia fazer nada sem o seu Pai, que era o seu Deus: João 5:26-27, 30; 14:10, 28; 20:17


Jesus disse que o Pai era o único Deus verdadeiro, e que ele era o filho de Deus que fazia as obras e falava as palavras de Deus: João 10:34-36, 14:10, 17:03


Os apóstolos disseram que Jesus era o filho e servo de Deus, e que Deus operou através de Jesus para trazer a salvação aos homens:


Atos 10:42, “[Jesus] foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos”

 

Atos 17:31, “[Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos”

 

Romanos 6:23 “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus

 

Tito 3:5-6, “o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,

que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”

Gálatas 3:15 “para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo”

 

Hebreus 13:20-21 “Ora, o Deus da paz... operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo

 

Hebreus 10:10 “temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo

 


O PODER QUE JESUS TINHA ERA SEU?


Não, todo o poder e autoridade que Jesus tinha lhe foi dado por Deus, seu Pai, para atuar como representante de Deus: Mateus 9:6, 28:18, João 5:22, 26, 27, 30, 17:2, Atos 10:42; 17:31


JESUS MORREU?

Sim, Jesus realmente morreu, e teve de ser salvo da morte por Deus, assim como qualquer outro homem: Mateus 27:50, Marcos 15:37, Lucas 23:46, Atos 2:23-24, 3:14-15; 4:10, 5:30, 7:52 , Hebreus 2:14, 5:7, Apocalipse 1:18


PORQUE MORREU JESUS?

Jesus não morreu para satisfazer a ira de Deus, ele viveu uma vida santa e morreu em obediência a Deus, para tocar a nossa consciência para que possamos nos arrepender (morrer para o pecado), e seguir o seu exemplo de serviço voluntário e amoroso (vivendo para Deus), para fazermos parte da família de Deus em Cristo: Mateus 9:13, João 3:16-18, 13:15, Romanos 5:08, 10; 8:32, 1 Coríntios 11:1, 2 Coríntios 5:19-21, Efésios 5:2, Philippians 2: 5, 1 Timóteo 1:15-16, 1 Pedro 2:21-25, 1 João 2:06, 3:16, 4:9-10, 19


Jesus, pela sua morte, destruiu o diabo (Hebreus 2:14-18), e o diabo é o que tem o poder da morte, que é o pecado (Romanos 7:8-11, 1 Coríntios 15:56-57).


Aqueles em Cristo, vivem uma vida santificada livre da escravidão do pecado e da morte, e partilham da confiança da vida eterna: Romanos 5:6-11; 7:15-25; 8, 1 João 4:17-18

JESUS RESSUSCITOU-SE A SI MESMO?

Não, os apóstolos ensinaram que Deus ressuscitou Jesus, como Ele lhe prometera: Atos 2:24-28, 32; 3:15, 26, 5:30, 13:33, Romanos 4:24, 6:4, 8:11, 1 Coríntios 6:14, 2 Coríntios 4:14, Gálatas 1:1, Efésios 1:20, Colossenses 2:12, 1 Tessalonicenses 1:10, Hebreus 13:20, 1 Pedro 1:21

 

O QUE DEVO FAZER PARA SER SALVO?

 

Porque Ele nos amou, Deus enviou Jesus para nos salvar de nossa antiga vida de pecado e da morte: João 3:16-18, Romanos 5:6-11; 18-21, 1 João 4:19

 

A salvação é um dom pela graça de Deus através de uma fé amorosa e ativa no Evangelho, que é as coisas concernentes ao Reino de Deus e nome de Jesus Cristo: Mateus 1:21, 4:23, Marcos 16:15-16, João 11:25, 15:4 , Atos 4:12, 3:21, 8:12,25; 26:6-7; 28:20, Romanos 1:16, 6:16, 15:8-9, Gálatas 3:8, 27-29


Santidade, viver corretamente, e o desejo de agradar a Deus na vida diária são parte de uma verdadeira vida santificada e dedicada em Cristo, a marca de um verdadeiro crente cristão do evangelho: Zacarias 14:20, Romanos 6:19, 2 Coríntios 7:1, Filipenses 4:8, Colossenses 3:8, 1 Tessalonicenses 3:13, 4:7, 1 Timóteo 2:15, Tito 2:12


Para aqueles que estão em Cristo, há a esperança da vida e recompensa após a morte - a ressurreição: Jó 19:26-27, Daniel 12:1-2, Lucas 14:14-15, João 5:28-29; 11:23 -24, Atos 4:1-2, 24:15, Hebreus 6:1-2, 11:35, 39-40, Filipenses 3:10-11

 

 

A crença no evangelho, o arrependimento do pecado, e batismo (pela imersão completa) em Cristo, fazem todos parte do processo de salvação: Mateus 28:19, Marcos 16:16, João 3:23, Atos 2:38, 10: 47; 16:31-32; 22:16, Romanos 6:1-6, Gálatas 3:27-29, Colossenses 2:12, Efésios 4:5, 1 Pedro 3:21


Há um corpo de crentes, que são um com Cristo, porque compartilham do verdadeiro evangelho verdadeiro, uma vida santificada em Cristo, o ensino dos apóstolos, batismo, e no partir do pão: Atos 2:42; 3:12-16; 7 :2-56; 10:34-36, 43; 26:17, 18, 20, 23, Romanos 12:3-5, 1 Coríntios 10:16-21, 12:11-31, Gálatas 3:26-29, Efésios 4:1-6, Colossenses 3:15, 1 João 1:1-4


Aqueles em Cristo serão recompensados com a vida eterna no retorno de Cristo, para viver no Reino de Deus: Mateus 5:3, 10; 7:21, 13:40-43, 19:28-29, 25:8-10, 31-34, Marcos 15:43, Lucas 6:20, 12:32, 23:39-42, 51, Atos 14:22, 2 Tessalonicenses 1:5, Tiago 2:5


ONDE ESTÁ JESUS AGORA?

Jesus está no céu, sentado à direita de Deus, seu Pai, até seu retorno: Atos 2:33, 5:31, 7:55-56, Romanos 8:34, Efésios 1:20, Colossenses 3:1, Hebreus 1:13, 8:1; 10:12, 12:02, 1 Pedro 3:22


JESUS VAI MESMO RETORNAR?


Sim, Jesus voltará visivelmente, e no seu retorno, ele vai julgar aqueles que conheceram a lei de Deus: Daniel 12:1-2, Mateus 7:21-23, 10:14-15, 11:22-24, 12: 36-37; 13:28-50; 13:24-27; 16:27, 19:28-30, 24:37-51, 25:1-46, Atos 17:30-31, 24:24-25 , Romanos 2:5, 14:10-12, 2 Coríntios 2:9-10, 1 João 4:17, Apocalipse 11:18


Jesus vai se sentar num trono literal, o trono de seu antepassado o rei David, em Jerusalém: 2 Samuel 7:12-16, Salmo 89:19-37, Isaías 9:6-7; 33:17, Ezequiel 21:26, Daniel 7:27, Sofonias 2:11, Zacarias 12:10, Mateus 16:28, 25:31-32, Marcos 13:26, 14:62, Lucas 13:35 , 21:27, Atos 1:11, Apocalipse 01:07, 2:27


Ele estabelecerá o Reino de Deus na terra, e aqueles admitidos por Cristo reinarão com Ele sobre a terra durante o Milênio, que é de 1000 anos de paz na Terra: Isaías 2:2-4; 9:6-9, 11: 1-9; 61:1-11, Salmo 72, Daniel 2:44, 7:14, 27, Zacarias 9:10, Lucas 1:30-33, Atos 3:21 5:10, Apocalipse, 20:06


Jerusalém será a capital do mundo durante o reinado de Jesus Cristo: Salmo 48:2, Isaías 2:1-4, 33:20, 60:14, Jeremias 3:17, Joel 3:16, Miquéias 4:2-8, Zacarias 1:17; 8:22, 14:16, Mateus 5:34-35, Luke 19:42


QUE MAIS DEVEREI SABER?


Há somente um Deus, que é uma pessoa, o Pai e Criador de tudo, que não tem igual e governa sobre tudo: Deuteronómio 6:4, 2 Samuel 7:22, 1 Reis 8:23, 1 Crónicas 17:20, Salmo 86:10, Isaías 44:8, 45:5-7; 46:5, Marcos 12:29 , Lucas 1:35, João 17:3, Atos 1:8, 1 Coríntios 8:6, Efésios 4:6 , 1 Timóteo 1:17; 2:5


O homem é pecador diante de Deus quando ele conhece a lei de Deus, e escolhe quebrá-la: Romanos 4:15, 5:13, 6:12-13, 1 Coríntios 15:56, 1 João 3:4


Deus ama o mundo, e quer que todos os homens se juntem a Ele no Seu propósito, que é encher a terra com o Seu caráter glorioso: Números 14:21, Salmos 72:19, Isaías 11:9, Habacuque 2:14, Mateus 6: 19, 2 Coríntios 4:6

 

 

 


Jonno Burke

 

Tradução: S. Mestre

 

As Testemunhas de Jeová refutadas pela Bíblia - "Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles."(Isa. 8:20)

S. Mestre, 08.07.10

 

CONVITE

 

Pedimos a todos, incluindo os aderentes da seita chamada Testemunhas de Jeová que leiam atentamente o conteúdo deste livrete, e que considerem as Escrituras citadas com a própria Bíblia. Se o leitor achar que as nossas declarações não são observações justas, ou que os argumentos que usamos não são apoiados por um cândido apelo à Bíblia, então convidamos que se ponha em contato connosco pessoalmente em ração a este livrete. Se necessário, estamos preparados para debater as doutrinas que aqui são consideradas.

 

É importante, para a salvação eterna de uma pessoa, reconhecer e manter as verdades da Palavra de Deus que é a salvação. A Bíblia claramente revela que a salvação está ligada a Ele e que Dele é dependente. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo” escreveu Paulo, “pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). O que acontece então se alguém está em ignorância em relação ao Evangelho ou interpreta-o mal? Obviamente não é “o poder de Deus para salvação” de tais – sendo a Bíblia testemunho disso. Cristo declarou que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (João 4:23). Logo, é importante discernir entre o que é verdadeiro e o que é errado, e ao apoiarem o que é errado repudiam o que é verdadeiro.

 

Temos confiança que o leitor reconhece a importância de fazer o que os de Bereia fizeram, pois estes “receberam a palavra, examinando nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11). Ao examinarem as escrituras chegaram até Cristo e a esperança de vida eterna a ser recebida na vinda de Cristo (1 Coríntios 15:20-23). Encorajamos o leitor a tomar a mesma linha de ação da dos de Bereia.

 

 

E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.

E assim somos também considerados como FALSAS TESTEMUNHAS DE DEUS”

1 Coríntios 15:14,15.

 

______________________

 

A declaração acima citada mostra que é possível que um indivíduo ou um Movimento, sinceramente afirme seguir Cristo, e no entanto, devido a ensinos erróneos, ser provado como “falsa testemunha de Deus”.

 

Infelizmente, a Bíblia revela que a seita, chamada Testemunhas de Jeová, estão nessa categoria.

 

Ao constarmos isto, não pomos em questão a sinceridade e zelo dos seus membros. De facto, eles são notáveis nesse aspecto. A sua organização de publicações inundou o mundo com uma sucessão de folhetos, panfletos e livros proclamando as suas doutrinas; usou extensivamente o rádio para emitir as suas ideias; e os seus membros são incansáveis no seu zelo na pregação.

 

Isto tudo seria louvável se as coisas pregadas estivessem de acordo com a Verdade Divina, mas se não, as palavras de Jesus são aplicáveis: “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” (Mateus 6:23). Mais que sinceridade, zelo e fervor na pregação é preciso agradar a Deus. Ele requer adoradores que “o adorem em espírito e verdade” (João 4:24). Paulo referiu-se a alguns que tinham “zelo de Deus, mas não com conhecimento” (Romanos 10:2). Estes percorriam “o mar e a terra para fazer um prosélito” somente para levá-lo a mais erros (Mateus 23:15).

 

Infelizmente, como iremos demonstrar, a energia das Testemunhas de Jeová tem sido utilizada para o erro e não para a verdade.

 

As verdadeiras Testemunhas de Deus

 

As Testemunhas de Jeová não hesitam em mostrar os erros de outras seitas para que todo o mundo o veja, e em classificar as outras denominações religiosas como parte “da organização de Satanás”. A seita que lida tão asperamente com as opiniões e ensinos das outras deve, ela própria, estar preparada para ter as suas ideias examinadas de maneira impiedosa. Não tem nada a temer se elas estão baseadas na Rocha da Verdade; mas se não, os seus membros são aconselhados a seguir o exemplo dos de Bereia que, quando ouviram o Evangelho de Jesus Cristo: “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11). Num livro amplamente distribuído pelas Testemunhas de Jesová, o autor constata:

 

Para chegar à verdade devemos rejeitar os preconceitos religiosos do coração e mente. Devemos deixar Deus falar por Si próprio. Qualquer outra atitude levaria somente a mais confusão” (Que Deus seja Verdadeiro).

 

No entanto, é triste dizer que, este mesmo livro revela que as Testemunhas de Jeová não estão preparadas para fazer o que pedem aos outros. Passagens Bíblicas são citadas frequentemente fora de contexto, ou mal aplicadas para apoiar as doutrinas propagadas pela seita que são contraditas pelo verdadeiro ensino da Bíblia, como mostraremos.

 

Não estamos sós ao constarmos isto.

 

Um dos seus próprios membros, numa publicação chamada “De volta à Bíblia” (Vol. 1, N.º 4), descreve como ele foi de porta em porta com o livro da Sociedade, Que Deus seja Verdadeiro, mas sendo pressionado pela necessidade de explicar como Jeremias 32:37-44 poderia se aplicar ao Israel espiritual(como está constatado naquele livro), ele não conseguiu encontrar uma explicação satisfatória. Isto forçou-o a examinar o uso de outras referências mais cuidadosamente, por isso agora publicamente confessa que ele “não mais pode oferecer o livro ao público!”

 

Este uso errado das Escrituras é a causa de uma grande instabilidade das doutrinas manifestadas pela seita. Pois é um facto significativo, que embora a Verdade não varie com o tempo, as Testemunhas de Jeová, a têm revisado e alterado ao longo dos anos. Um exemplo é o seu ensino acerca dos Judeus. C. T. Russell, o fundador do Movimento, ensinou que o cumprimento de profecias Bíblicas exigia que os Judeus deviam voltar à sua terra ancestral(veja Que Deus seja Verdadeiro publicado pelas Testemunhas de Jeová). Os seus ensinos deste tema foram apoiados pelo seu sucessor J. Rutherford. Mas mais tarde as Testemunhas de Jeová mudaram de ideias e repudiaram a doutrina que antes apoiavam e proclamavam como verdade primária. Desde então, os Judeus retornaram à sua terra em cumprimento profético, como os Cristadelfianos sempre defenderam que se cumpriria. Ezequiel declarou que Deus haveria de “espalhá-los entre os gentios, e serem dispersos pelas terras”, e que nesses lugares “profanariam o santo nome de Deus”. Mas, nos últimos dias, Ele os reuniria, e os traria de novo para a sua terra (Ezequiel 36:19-24).

 

Estas profecias (veja também Jeremias 31:10-11; Ezequiel 37:21-22) estão a ter um cumprimento parcial no nossos dias. Em face de incríveis dificuldades, e hostilidade incessante, os Judeus retornaram à sua nação restabelecida na terra prometida aos seus antepassados. Isto é exatamente como Deus, através de Ezequiel o profeta, declarou que fariam:

 

Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles... E nunca mais se contaminarão com os seu ídolos...” (Ezequiel 37:21-23)

 

Isto obviamente se refere ao povo Judaico como tal, pois Deus declarou que a nação que Ele dispersou pelas nações seria a que Ele prometeu restaurar. Mas as Testemunhas de Jeová tentam contornar este facto ao “espiritualizarem” os versículos, afirmando que eles se referem ao Israel espiritual! Da mesma maneira, eles aplicam os versículos, e as profecias a eles próprios! Mas será que as Testemunhas de Jeová constituem-se “uma nação na terra, nos montes de Israel” como requer a profecia? Claro que não! Somente uma interpretação tendenciosa, obviamente errada, poderia ver nesses versículos alguma referência às Testemunhas de Jeová, ou a qualquer outra seita. Os versículos referem-se ao povo Judeu. Paulo, de acordo com o Antigo Testamento ensinou que Israel como nação haveria de ser salva(Romanos 11:26). O contexto da sua afirmação claramente mostra que ele tinha em mente o povo Judeu que nessa altura estavam terrivelmente contra os cristãos; pois ele continua:

 

Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição(nação escolhida por Deus), amados por causa dos pais.”

 

O termo “dos pais” refere-se aos pais da nação Israelita: “Abraão, Isaque e Jacó, a quais Deus fez promessas maravilhosas em relação ao futuro dos seus descendentes. É por causa destas promessas que a desobediente nação de Israel não foi destruída, e a razão pela qual foi vivificada nos últimos dias(nossos dias). Referindo-se à restauração de Israel, Deus declarou:

 

Não é por respeito a vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes” (Ezequiel 36:22).

 

A restauração de Israel como nação, entusiasticamente endossada pelas Testemunhas de Jeová como essencial para as profecias Bíblicas é hoje em dia vigorosamente contrariada pela seita. No entanto a Bíblia, em uma centena de lugares, claramente proclama o propósito de Deus de estabelecer o Seu futuro Reino a nível mundial com base na restaurada Nação de Israel. O povo Judeu será humilhado, disciplinado e posto em sujeição para esse propósito.

 

De acordo com a verdade, foi prometido à mãe do Senhor Jesus que o seu Filho um dia “Se sentará no trono de Davi, seu pai... E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” (Lucas 1:32-33). Como é que o Senhor Jesus pode fazer isso? O “trono de Davi” tem que ser outra vez estabelecido em Jerusalém onde já esteve; e a “casa de Jacó” tem que ser formada outra vez nas suas doze divisões como em tempos antigos. Nós acreditamos que até mesmo as Testemunhas de Jeová não identificam “Jacó” com o Israel espiritual. Como termo, ou título refere-se a Israel segundo a carne.

 

O presente reviver de Israel como nação, e o retorno parcial dos Judeus à sua terra, são o cumprimento de profecias Bíblicas. São passos em direção à consumação da profecia de Ezequiel:

 

Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles” (Ezequiel 37:21-22).

 

A profecia de Ezequiel requer em primeiro lugar a restauração do povo; segundo, um reviver da nação; e finalmente, o restabelecimento da monarquia. Duas partes desta profecia de três partes já se cumpriram, e os Cristadelfianos ansiosamente antecipam o cumprimento da terceira parte, que é “um rei será rei de todos eles”. Este “um rei” é o Senhor Jesus Cristo. A ele foi-lhe dado o título Rei dos Judeus no seu nascimento e morte(Mateus 2:2; 27:27), mas nunca foi aceite como tal. No entanto, ele será reconhecido como Rei, quando a promessa aos doze apóstolos se cumprir:

 

Vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vós assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” (Mateus 19:28).

 

O moderno reviver de Israel como nação testemunha a verdade da palavra profética de Deus. Com respeito a isso, o povo Judeu são as Suas verdadeiras testemunhas (Isaías 43:10), embora eles se mantenham, como a Bíblia prediz que estariam, cegos em relação à verdade em Cristo Jesus(Romanos 11:25).

 

A rejeição por parte das Testemunhas de Jeová deste básico ensinamento Bíblico, isto é, que o propósito de Deus requer a restauração completa da antiga nação e da monarquia de Israel por Jesus Cristo, mostra que todo o sistema de religião anunciado por eles é suspeito.

 

O que é mais notável é o facto de que eles já ensinaram que a profecia Bíblica requer a restauração dos Judeus à sua terra mas hoje em dia rejeitam isso. Pode alguma confiança ser depositada numa seita que revoga os seus ensinos tão drasticamente? Esta mudança doutrinária foi acompanhada por mudanças de nome. A seita era primeiramente conhecida como “A Alvorada Milenar”, mais tarde, como Os Estudantes da Bíblia Internacionais, e desde 1931 por Testemunhas de Jeová.

 

Entre os princípios promulgados pelas Testemunas de Jeová alguns (como a mortalidade do homem) são verdadeiros, mas outros são falsos; alguns pertencentes somente a eles, e outros que foram importados de outros sistemas religiosos. Eles são declaradamente contra o Catolicismo Romano, no entanto eles aderem a alguns ensinamentos daquele sistema. Ambos mantêm a falsa ideia de que o diabo é um anjo caído do céu; ambos ensinam um Jesus que existiu antes de nascer; ambos colocam a morte do Senhor como substituto em vez de representativa. Ambos endossam doutrinas que estão claramente contra o ensino Bíblico.

É nos impossível refutar minuciosamente todos os erros propagados pelas Testemunhas de Jeová neste pequeno livrete. Propomos comentar alguns que são peculiares a esta seita, como o espaço permita, reconhecendo que muito mais poderia ser dito àqueles que examinamos. Não fazemos isto meramente para sermos contenciosos, mas porque a vida eterna está ligada a uma aceitação das verdades da Palavra de Deus, das quais depende a salvação (João 17:3; Romanos 1:16; 1 Coríntios 15:1-2). É responsabilidade pessoal de cada um interessado na sua salvação eterna examinar as verdades da palavra de Deus, das quais depende a salvação. O Senhor Jesus Cristo ensinou:

 

Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos: e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:21-32).

 

Um estudo cuidadoso e respeitoso da Bíblia libertará a pessoa do erro, e a levará a abraçar a Cristo em Verdade através do batismo. Dessa maneira se libertará do pecado através do misericordioso perdão de Deus (Atos 2:38).

 

Negada a Ressurreição corpórea de Jesus

 

Uma negação adicional da verdade básica da Bíblia é revelada no ensino das Testemunhas de Jeová em relação à ressurreição de Cristo. Praticamente para todos os efeitos negam a ressurreição corpórea do Senhor.

 

A sua negação é de tal maneira séria que merecem o título que Paulo dá aqueles que rejeitam a ressurreição corpórea do Senhor: Falsas testemunhas de Deus (1 Coríntios 15:12-15).

 

Claro que eles irão rejeitar a acusação que fazemos mas pergunte-lhes: O corpo de Jesus que foi colocado no túmulo, alguma vez voltou à vida? A resposta será: Não!

 

Não é isto de facto, uma negação da ressurreição do Senhor? Claro que é! Eles afirmam que ao Senhor lhe foi dado outro corpo, um “corpo espiritual”, invisível aos olhos mortais, enquanto que o seu corpo terreno manteve-se no estado de morte ao qual foi reduzido pela crucificação! Quando se protesta que o Senhor ressuscitado mostrou as feridas a Tomé, as feridas das mãos e do lado (João 20:26-27). Eles afirmam que isto foi um milagre temporário somente para confirmar a sua ressurreição. Isto, de facto, significa que não eram as feridas reais!

 

Mas Cristo teve o cuidado de convencer os seus discípulos do contrário. Convidou-os a examinar as suas mãos e seu lado onde as marcas da crucificação, e da lança, podiam ser vistas (João 20:29). Disse, “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24:39)*

 

Um discípulo, Tomé, que não estava presente aquando destas primeiras demonstrações, estava tão incrédulo a respeito da ressurreição, que declarou: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” Oito dias depois, o Senhor apareceu a Tomé, e convidou-o a satisfazer a sua falta de fé de essa mesma maneira. Tomé ficou convencido! Mas o Senhor replicou: “Porque me viste, Tomé, creste, bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:24-29). No entanto hoje em dia, as Testemunhas de Jeová, enquanto que se gabam dos milhões de livros que publicaram proclamando a verdade, negam que o corpo que Tomé viu era o que anteriormente estava morto no túmulo! Com efeito, acusam o Senhor de alguma forma de truque.

 

Um dos seus escritores expressou assim a sua opinião:

 

O corpo humano do nosso Senhor, no entanto, foi sobrenaturalmente removido do túmulo... Não sabemos nada sobre o que lhe aconteceu, exceto que não se deteriorou nem se corrompeu (Lucas 2:17-31). Se continua preservado em algum lugar como grande memorial do amor de Deus, da obediência de Cristo, e da nossa redenção, ninguém sabe”.

 

Ensinar que o corpo morto do Senhor, o corpo que foi colocado no túmulo, nunca voltou à vida, é negar uma doutrina fundamental da Bíblia! E isso é muito grave!

 

Paulo ensinou:

 

Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (1 Coríntios 15:17).

 

Se, como as Testemunhas de Jeová ensinam, o corpo morto do Senhor nunca voltou à vida, então ele nunca foi levantado, porque a palavra “ressurreição” significa levantar-se de novo. A palavra demanda a volta à vida do corpo morto.

 

Porque será que eles insistem que o corpo morto do Senhor nunca voltou à vida? Devido à falta concepção da doutrina da expiação. Afirmam que o Senhor pagou com a sua vida o resgate, e tendo feito isso, não poderia ser levantado de novo. É verdade que o Senhor morreu como resgate, mas não num sentido legalista como eles ensinam. Ele não morreu em vez dos crentes, se assim fosse estes não morreriam – mas morrem! Ele morreu “por eles”, como representante e ideal. Logo, assim como ele foi levantado dos mortos, assim também eles o serão (veja Romanos 5:4).

 

Contrariamente ao ensino das Testemunhas de Jeová, a Bíblia expõe o levantamento para a vida do corpo do Senhor que morreu na cruz, como absolutamente vital ao propósito de Deus, e para a salvação de indivíduos. Paulo ensinou que: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3-4). O que ressuscitou dos mortos? O que morreu na cruz! Mas isto as Testemunhas de Jeová negam. Embora Paulo aponte que mais de 500 testemunhas “viram” o Cristo ressuscitado (v. 6)! Ele declarou: “E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos” (Atos 13:29-30). O que Deus ressuscitou dentre os mortos? Obviamente, o que tinha sido colocado no sepulcro: o corpo morto do Senhor.

 

A linguagem de Pedro é bastante clara, nós aconselhamos as Testemunhas de Jeová a pensar sobre isto. Ao pregar o Evangelho, ele declarou:

 

Sendo, pois, ele(David) profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que DO FRUTO DE SEUS LOMBOS, SEGUNDO A CARNE, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo...” (Atos 2:30-31).

 

O que é que Pedro ensinou que ressuscitou dentre os mortos? O fruto dos lombos de David segundo a carne! Esse corpo, uma vez morto, foi ressuscitado para a vida eterna. Isso é agora a esperança de todos aqueles “em Cristo” (veja Romanos 6:4-5; 1 Coríntios 15:23; Filipenses 3:20-21). O corpo carnal de Cristo tendo sido ressuscitado dentre os mortos foi revestido de imortalidade. Logo, ele possui um corpo tangível e visível, sendo o Apóstolo Pedro testemunha disso. Uma seita que ensina contradizendo este ensino explicito da Bíblia merece o título: “Falsas testemunhas de Deus” (1 Coríntios 15:15).

 

A afirmação das Testemunhas de Jeová de que o Senhor apareceu numa outra forma, enquanto que o seu antigo corpo permaneceu morto, é uma tolice. Às mulheres que visitaram a sepultura esperando encontrar o corpo do Senhor foi-lhes dito:

 

Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia” (Mateus 28:5-7).

 

Quando os Judeus pediram a Jesus um sinal que testificasse a sua missão Divina, ele respondeu: “Derribai este templo, e em três dias o levantarei.” Os Judeus imaginaram que ele falava do templo de Herodes, que tinha levado 46 anos a ser construído, mas o registo plenamente constata: “Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2:19-21). João continua: “Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito” (v, 22).

 

As Testemunhas de Jeová mantêm que Jesus entregou a sua vida como um sacrifício de substituição a Deus, e que assim ele não podia ser levantado(dentre os mortos) outra vez. Afirmam que a ressurreição física era para ele uma impossibilidade e que ele apareceu de uma forma diferente(veja Que Deus seja verdadeiro). Mas esta linha de raciocínio está baseada em uma falsa premissa, e é contradita pelo próprio Senhor, que declarou:

 

Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Tenho o poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10:17-18).

 

Nós aconselhamos a qualquer membro da seita que venha a ler este artigo, que examine de novo as Escrituras em relação a esta doutrina crucial, que é o fundamento da fé Cristã. As evidências que apoiam a ressurreição corpórea e visível do Senhor são esmagadoras; e a sua importância é assinalada em 1 Coríntios 15. Manter a doutrina que o corpo de Jesus não voltou à vida é tomar o lado do anti-Cristo (1 João 4:3; 2 João 7). Em confirmação da ressurreição do corpo carnal do Senhor, Pedro citou uma profecia do Antigo Testamento referente a Cristo: “Também a minha carne repousará segura, pois não deixarás a minha alma(corpo) no inferno(sepultura), nem permitirás que o teu santo veja corrupção” (Salmo 16:8-11). Em explicação deste profecia, Pedro ensina: “Neta previsão, disse(o profeta) da ressurreição de Cristo, que a sua alma(corpo) não foi deixada no inferno(sepultura), nem a sua carne viu corrupção. Deus ressuscitou a ESTE JESUS, do que todos nós somos testemunhas” (Atos 2;24,26,27,31,32).

 

Paulo ensinou que alguém que afirme seguir Cristo, e que no entanto negue a sua ressurreição física , prega Jesus “em vão” (1 Coríntios 15:14).

 

A Segunda Vinda de Cristo Distorcida

 

O erro fundamental das Testemunhas de Jeová acima referido, leva a outros erros destrutivos da verdade. Apesar do tremendo peso das evidências de um Jesus ressuscitado de maneira visível e corpórea, que permitiu aos seus discípulos “ser tocado e ser visto” e que foi visto por mais de 500 testemunhas que não eram nem loucos nem mentirosos, as Testemunhas de Jeová mantêm que Jesus Cristo foi morto na carne e que ressuscitou como uma criatura espiritual invisível; logo, “o mundo não o virá mais” (Que Deus seja Verdadeiro).

 

Em completa contradição com este ensino, a Bíblia declara que “Todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram” (Apocalipse 1:7). As Testemunhas de Jeová afirmam que estas palavras se cumprem no povo que discerne a presença nas nuvens de problemas à sua volta (Que Deus seja Verdadeiro), mas até que isto fosse reconhecido (o que não é), como poderia ser dito que “os que o trespassaram” irão vê-lo se é invisível? Cristo claramente disse àqueles Judeus que foram seus juízes, e que injustamente o condenaram à morte faz 1900 anos, que eles seriam ressuscitados para serem acusados e condenados na sua presença (Lucas 19:27). Nesse dia, eles “o virão” como ele declarou (Mateus 26:64), mas nessa altura estará investido de poder e glória.

 

O retorno visível do Senhor à terra está claramente testificado na mensagem dos anos, àqueles discípulos que testemunharam a sua ascensão ao céu:

 

ESSE Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir ASSIM COMO PARA O CÉU O VISTES IR” (Atos 1:11).

 

Esta linguagem é tão clara como seria de esperar. Não existe ambiguidade, nem metáfora, nem simbolismo acerca dela. É literal e verdadeira. “ESSE Jesus”, significa o mesmo Jesus com quem os discípulos falaram, e que tocaram e viram, e que tinha comido o peixe que eles tinham preparado para ele (Mateus 28:9; Lucas 24:39-43). Ele é para voltar assim como eles viram ele partir: visível ao olho humano. Em Zacarias 13:6 é profetizado que na sua segunda vinda ele revelará a sua identidade aos Judeus incrédulos aos mostrar-lhes as suas chagas nas mãos, com o resultado que eles se convencerão da sua cegueira. Eles “olharão para aquele a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão” devido à sua cegueira (12:10).Isto ainda não aconteceu. Isto espera a segunda vinda do Senhor quando ele assumir a sua posição de direito como Rei dos Judeus, e Monarca do mundo, e suprimirá a revolta contra si de há 1900 anos atrás (João 18:37; Lucas 19:27).

 

Mas as Testemunhas de Jeová ensinam que Cristo já voltou em 1914, e que a ressurreição do que eles chamam “a organização celestial” ocorreu em 1918.

 

Quando pressionados para darem provas, explicam que é invisível ao olho humano. Cristo voltou, mas ninguém o viu!, a ressurreição ocorreu, mas ninguém notou porque, na verdade nenhum morto voltou à vida!

 

Com evidências tão fúteis, como estas, nada pode ser provado. Que o leitor que está preocupado com a sua salvação, examine as muitas referências ao retorno de Cristo, e verá que falam da sua presença, visível ao mundo da humanidade. “O veremos”, declarou João (1 João 3:2). “Vereis”, disse Jesus aos Judeus descrentes (Mateus 26:64). “Na revelação da sua glória”, declarou Pedro (1 Pedro 4:13). “Aparecerá”, escreveu Paulo (Hebreus 9:28). “Verão vir o Filho do homem”, declarou o Senhor (Mateus 25:31); Marcos 13:26; Lucas 21:27). Nenhuma quantidade de maneiras de baralhar as palavras poderá destruir o ensino Bíblico da presença visível do Senhor na sua Segunda vinda.

 

A Vinda ou “Parousia” do Senhor

 

As Testemunhas de Jeová tentam reforçar a sua posição da presença invisível de Cristo pelo uso da palavra parousia. O argumento é mais ou menos este: “A palavra Grega traduzida “vinda” é parousia, e significa “presença”, e não “vinda””. Tanta coisa é apoiada nesta palavra parousia que muitos membros da seita parecem ter uma concepção inteiramente errada acerca do seu significado. Em discussão com alguns deles, pareceu que eles pensam que a palavra invaravielmente significa uma presença invisível; no entanto, um argumento deste tipo não é oficialmente apresentado nos livros distribuídos pela seita, pelo menos foi o que descobrimos até agora.

 

Como é então usada essa palavra nas Escrituras? Em 1 Coríntios 16:17 Paulo escreve “Folgo, porém, com a vinda(parousia) de Estéfanas”. Em 2 Coríntios 7:6 ele escreve da “vinda(parousia) de Tito”. Em Filipenses 1:26 ele faz referência à “nova ida(parousia) a vós”. Claramente, o Apóstolo usou a palavra para denotar uma presença visível e corpórea. A palavra Parousia é formada pela conjunção de duas palavras Gregas: para que significa “com, ” e ousia que significa “estar” do verbo eimei, ser. Logo a palavra Parousia significa “estar com.” A volta de Cristo, ou parousia, significa assim a sua presença corporal na companhia daqueles para os quais ele vem. É absurdamente falso alegar(como fazem as Testemunhas de Jeová) que Cristo retornou em 1914, e que foi estabelecido o céu reino!

 

De facto, Cristo advertiu os seus seguidores que tivessem atenção com aqueles que afirmariam que Cristo tinha voltado mas não de uma maneira manifesta. Ele declarou:

 

Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da cas; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 26:26-27).

 

Isto é claramente um aviso contra aqueles que afirmam que Jesus está presente mas não pode ser visto. Cristo irá voltar para derrubar todas as formas de governo presentes, e estabelecer o seu próprio governo justo. O efeito desta intervenção nos assuntos mundiais será abertamente manifesta. As Escrituras declaram:

 

O Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído... esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44).

 

O efeito da presença e do governo de Cristo será evidente a todos. Mas se ele está presente desde 1918, como ensinado pelas Testemunhas de Jeová, a sua influência tem sido extremamente ineficaz; não realizou nada em relação a reformas mundiais como as Escrituras ensinam que ele realizará. Certamente, não tem sido surpreendentemente evidentes como Jesus declarou que haveriam de ser nas referências acima citadas.

 

O que é uma prova positiva que o ensino das Testemunhas de Jeová é contrário ao da Bíblia!

 

A Bíblia declara que na sua vinda “todo o olho o verá”, o que não é certamente o caso nos nossos dias.

 

Para além disso, a Bíblia ensina que quando o Senhor voltar, os seus crentes serão reunidos a ele para julgamento (2 Timóteo 3:1). Refere-se à “vinda do nosso Senhor Jesus Cristo”, e “pela nossa reunião com ele” (2 Tessalonicenses 2:1). Para esse propósito, “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).

 

E é bastante óbvio que a ressurreição ainda não aconteceu porque o Senhor ensinou que em consequência desse evento maravilhoso as pessoa verão “Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus” (Lucas 13:28). Era a esperança de Paulo ser bendito “com o crente Abraão” (veja Gálatas 3:9,29).

 

De passagem, deverá ser notado que a palavra parousia não denota somente “presença”, mas também sem certas ocasiões, presenças oficiais. Moulton e Milligan, coautores da obra Vocabolário do Grego do novo Testamento declaram:

 

O que, no entanto, nos preocupa especificamente em conexão com o uso no Novo Testamento de parousia é a quase força técnica da palavra desde tempos Ptolomaico e daí em diante que denota a “visita” de um Rei, Imperador, ou de outra pessoa com autoridade, o carácter oficial da visita sendo ainda mais enfático pelos impostos ou pagamentos que eram extorquidos para os preparativos de uma tal visita.”

 

Portanto o termo, quando usado em relação a Cristo, não somente denota a sua presença, mas na sua categoria de Rei também.

 

Cristo voltará como rei para reinar na terra (Apocalipse 20:6; 5:9-10).

 

 

Era J. Rutherford Mais Importante Que Abraão?

 

As Testemunhas de Jeová dividem o Reino de Deus em duas partes: celeste e terrena. Aqueles merecedores de alcançar um lugar na “organização celestial” reinam com Cristo no Céu, e estão limitados a 144.000 Testemunhas de Jeová especialmente escolhidas para tal. Enquanto que os restantes permanecem na terra, e incluem o que é chamado de “Jonadab”, ou classe serviçal. Esta crença espantosa introduz assim uma distinção entre os eleitos, que desaprova preciosidades como Abraão, o “amigo de Deus” e “pai dos crentes,” e David “o homem segundo o coração de Deus”, pois afirma que as Testemunhas de Jeová, como C. Russell e J. Rutherford, ganham um lugar mais elevado/importante no Reino de Deus que aqueles homens de fé. No livro amplamente distribuído, Que Deus seja verdadeiro, homens como “Abraão, David, Daniel e outros que “param a boca de leões, etc.”” são referidos como sendo inferiores no Reino de Deus em relação a homens como C. Russell, J. Rutherford e outras Testemunhas de Jeová. É afirmado que estes últimos nunca morreram realmente, pois na altura da morte são mudados, e ascendem ao céu para reinar com Cristo. Logo, uma posição de importância é lhes conferida em vez de a Abraão, David e outros homens de fé, que, esta seita ensina que têm que esperar o tempo da ressurreição, e serão revestidos de uma forma de vida menos importante, na terra!

 

Afirmar que as Testemunhas de Jeová (não importa quão alta seja a sua posição na organização) receberão uma recompensa melhor que Abraão, David ou Daniel, é presunção, a estupidez disto tudo é evidente. Mas se a evidência Bíblica é procurada, será encontrada em quase todas as páginas da Bíblia. Paulo, tendo constatado “combati o bom combate, e acabei a carreira, guardei a fé.” Declarou:

 

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, MAS TAMBÉM A TODOS OS QUE AMAREM A SUA VINDA” (2 Timóteo 4:1,8).

 

As Testemunhas de Jeová alegam que a recompensa a ser dada a Paulo é aquela vida especial reservada para os 144.000 especialmente escolhidos como é requerido pela sua teologia, mas o Apóstolo ensinou que a sua recompensa seria a herança comum recebida “por todos” os merecedores. Cristo ensinou o mesmo (Mateus 19:28-29). Ele orou por todos aqueles que acreditariam nele que “Todos sejam UM, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós... para que eles sejam perfeitos em unidade” (João 17:20-23). Em Gálatas 3:9 Paulo plenamente contradiz a ideia de que Abraão irá herdar uma posição inferior no Reino, como alegado pelas Testemunhas de Jeová. Ele ensina, “De sorte que os que são da fé são benditos COM o crente Abraão.” No versículo 29 ele declara que a esperança de todos os Cristãos é tornarem-se herdeiros da promessa feita a Abraão (v.16). No entanto as Testemunhas de Jeová afirmam que alguns dos seus membros receberão uma herança melhor que Abraão, aquem Paulo descreve como o “pai dos crentes” (Romanos 4:16). Isto não é o testemunho da verdade Divina ,as sim o cúmulo da estupidez.

 

Os Apóstolos esperavam a mesma recompensa que foi prometida a Abraão. Paulo constatou “E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais estou aqui a ser julgado” (Atos 26:6). Ele fereria-se a Abraão, Isaque, Jacó, os pais de Israel. Noutra passagem, ele disse, “Pela esperança de Israel estou com esta cadeia” (Atos 28:20). Aos Coríntios ele escreveu, “sabendo que aquele que levantou a Jesus também levantará a nós, junto com Jesus, e nos apresentará junto convosco” (2 Coríntios 4:14). Citamos esta passagem na forma como ela aparece na Tradução do Novo Mundo distribuída pelas Testemunhas de Jeová. Em qualquer tradução esta passagem mostra de maneira conclusiva que Paulo ensinava que a sua esperança era a esperança comum de todos os crentes. Ele não se considerou à parte como acima de todos os outros, reivindicando uma herança “celestial”, enquanto que os outros receberiam uma “terrestre”. Ele, “junto convosco”, os Coríntios, esperanvam o tempo em que todos juntos seriam trazidos à presença do Senhor. Não há distinções de classes no “(um) corpo de Cristo)”. Contrário ao ensino das Testemunhas de Jeová, a esperança de todos os remidos é estarem com Cristo (João 14:1-3; 1 João 3:2), e “reinar na terra” (Apocalipse 5:10).

 

As Testemunhas de Jeová têm sido desviadas da verdade por um entendimento erróneo do simbolismo Bíblico que denota o agregado dos remidos, um número que “ninguém podia contar”, pelo total figurativo de 144.000 (veja Apocalipse 7:4,9). Uma vez mais, uma interpretação errada de uma passagem simbólica das Escrituras levou-os a um erro grave.

 

Existe Algum Futuro Para Jerusalém?

 

A Bíblia aponta Jerusalém como “a cidade do grande Rei”, Jesus Cristo (Mateus 5:35). A partir dela emanarão as leis justas de Cristo para a humanidade (Isaías 2:2-4). Isto mostra que o propósito de Deus enviar Cristo para reinar de lá sobre um mundo em paz (Atos 3:19-21); Daniel 2:44); Miqueias 4:1-4; Zacarias 14:9). Embora no princípio o os homens possam-se se opor à obra de Cristo, serão finalmente forçados a submeterem-se ao governo de Cristo (Salmo 2), pois toda a autoridade e poder vão estar sujeitos a ele. Ele não será somente rei dos Judeus, mas Rei de toda a humanidade, e reinará para a glória de Deus e para o benefício da humanidade. Reinando com ele estarão os fiéis; assim como ele, levantados de entre os mortos e tendo recebido imortalidade (Apocalipse 5:9-10).

 

O reino milenar de Cristo foi o assunto de uma maravilhosa promessa feita ao rei David. Foi-lhe dito que Deus haveria de prover-lhe um descendente que haveria de reinar para sempre sobre Israel no seu trono em Jerusalém (2 Samuel 7:11-16). Esta cidade tornar-se-á então na metrópole de um Reino de paz a nível mundial:

 

Naquele tempo chamarão Jerusalém, o trono do SENHOR, e todas as nações se ajuntarão a ela, em nome do SENHOR, em Jerusalém; e nunca mais andarão segundo o propósito do seu coração maligno” (Jeremias 3:17).

 

...quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus anciãos(Abraão, Isaque, Jacó, etc.) gloriosamente.” (Isaías 24:23).

 

E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras... E o SENHOR será rei sobre toda a terra” (Zacarias 14:4,9).

 

O ensino claro destas passagens é que Cristo reinará desde Jerusalém em associação com os seus “anciãos”, aqueles que foram aprovados como fiéis a Deus antes do seu(de Jesus) nascimento, faz 1900 anos, como também aqueles que depois creram nele, e obedeceram aos seus preceitos.

 

Zedequias foi o último rei que reinou no trono de David. Ele foi provado como insatisfatório para Deus, e assim foi retirado da sua posição de autoridade, e o próprio trono derrubado, “até que” como Deus disse ao rei, “venha aquele a quem pertence de direito; a ele a(coroa/reino) darei” (Ezequiel 21:27). Assim sendo, no nascimento de Jesus, foi dito à sua mãe: “Este será grande, e será chamado filho do Altissímo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lucas 1:32).

 

Com base nisto, e em outras numerosas Escrituras, homens de fé são capazes de esperar pelo tempo em que as fortes e infalíveis mãos de Cristo tomarem as rédeas dos assuntos desta terra; quando ele reinar desde Jerusalém, e sujeitar todas as nações a Deus. Esta gloriosa verdade reveste o futuro de substância e esperança. Mas é destruído pelo ensino das Testemunhas de Jeová que acreditam que o Senhor já está entronizado invisivelmente no céu, no trono de David que está supostamente lá localizado! No livro Que Deus Seja Verdadeiro é alegado que “se Jesus tivesse que se sentar no trono de David na terra, então seria menos importante que os anjos.” Isto é inteiramente falso. As Escrituras não dizem que Jesus se sentaria no trono de David na fraqueza da mortalidade, mas sim “na glória do seu Pai” (Mateus 25:31). E quanto ao trono de David ser comparado ao poder dos Gentios, até mesmo nos dias em que homens mortais reinaram lá, era chamado de “trono do SENHOR” (1 Crónicas 29:23; 28:5). Este trono será restaurado e o “homem Jesus Cristo”, atualmente mediador “entre Deus e os homens” (1 Timóteo 2:5) lá reinará, não na fraqueza como homem mortal, mas como o divino(embora visível) e poderoso Filho de Deus.

 

Depois disto voltarei(diz Jesus), e reedificarei o tabernáculo de Davi, QUE ESTÁ CAÍDO, LEVANTÁ-LO-EI DAS SUAS RUÍNAS, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque os Senhor” (Atos 15:16-17).

 

Termos como “caído”, “suas ruínas”, não se pode aplicar a um trono que está nos céus como é ensinado pelas Testemunhas de Jeová. O trono de David estava em Jerusalém, e os profetas ensinam que Jerusalém será chamada de “trono do SENHOR, e todas as nações se juntarão a ela” (Jeremias 3:17). Obviamente não será no céu! Zacarias revela que durante o milénio de paz que Cristo estabelecerá na terra, representantes de todas as nações deverão ir de ano em ano a Jerusalém para adorarem diante do Rei (Zacarias 14:16). Certamente não ascenderão, todos os anos, ao céu!

 

Guerra No Céu

 

As Testemunhas de Jeová têm tendência para falar mais acerca do diabo do que de Deus. Ao fazerem isso, obviamente frequentemente interpretam de maneira literal as declarações simbólicas da Bíblia, enquanto que dão um sentido parabólico àquelas que deveriam ser entendidas literalmente!

 

Isto leva a erros graves.

 

Por exemplo, profecias que estão relacionadas com o retorno dos Judeus, que formam uma ampla secção das Escrituras proféticas, são interpretadas no sentido figurativo, e aplicadas à sua própria Organização; enquanto que o simbolismo do livro de Apocalipse são tratados literalmente.

 

Um caso notável disto é o ensino em relação a uma guerra o céu. Afirmam que no céu deu-se uma batalha entre Cristo e o Diabo. Foi resolvida de maneira favorável a Cristo, terminando com a expulsão do seu inimigo diabólico do céu para a terra.

 

Uma ideia de uma guerra no céu é repulsiva de argumentar, e é derivada de interpretar literalmente as Escrituras, que obviamente deviam ser tratadas de maneira simbólica. Apocalipse 12:7-9 diz:

 

E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão... E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra...”.

 

À primeira vista isto parece apoiar o ensino das Testemunhas de Jeová. Mas ao interpretarem assim os versículos, as Testemunhas de Jeová falham ao não terem em conta ouro ensino Bíblico de grande importância. Por exemplo, a ideia

 

Tradução: S. Mestre